Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

Um grupo de amigos de Belo Horizonte conversava, em Pedro Leopoldo, sobre as responsabilidades da palavra escrita, comentando a leviandade de muita gente que usa o lápis e a pena no campo da maldade e da calúnia... Daí a instantes, quando os nossos confrades entraram em oração, junto do Chico, apareceu o Espírito da poetisa Carmen Cinira, endereçando-lhes a seguinte mensagem:

 

Quem escreve

 

Quem escreve no mundo

É como quem semeia

Sobre o solo fecundo...

A inteligência brilha sempre cheia

De possibilidades infinitas.

Planta uma ideia qualquer onde te agitas,

Sem ela essa ideia pecadora ou santa,

E vê-la-ás, a todos extensiva,

Multiplicar-se milagrosa e viva.

Sem tanger as feridas e as arestas,

Conduze com cuidado

A pena pequenina em que te manifestas!

Foge à volúpia das maldades nuas,

Não condenes, não firas, não destruas...

Porque o verbo falado

Muita vez é disperso

Pelo vento que flui da Fonte do Universo.

Mas a palavra escrita

Guarda a força infinita,

Que traz resposta a toda a sementeira,

Em frutos de beleza e de alegria

Ou de mágoa sombria,

Para os caminhos de uma vida inteira.

(Carmen Cinira)

 

Do livro Lindos casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.



 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita