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por Rogério Miguez

 

Hora de seguir o Mestre


Dizem que a vida de Jesus Cristo foi tema do maior número de biografias já escritas sobre qualquer personagem na história da Humanidade. Muito se fala e, se escreve, sobre a passagem Dele na Terra, durante poucos anos, dessa figura ímpar que, para muitos, dividiu a nossa contagem do tempo em dois períodos: antes e depois de sua vinda.

Contudo, apesar de ser amplamente reconhecido como uma das mais ilustres e sábias personagens que já viveu na Terra em todos os tempos; apesar de contar com bilhões de seguidores espalhados pelo planeta; apesar do cristianismo representar a maior religião do mundo em número de seguidores; apesar dos fatos marcantes de sua vida serem por demais conhecidos, através de filmes, livros, peças de teatro; seus exemplos, que Ele fez questão de deixar muito bem delineados para a posteridade, infelizmente, não são corriqueiramente revividos, pois, se o fossem de verdade, grande parte da Humanidade não estaria nesta encruzilhada, sem saber qual estrada tomar, entre as tantas possíveis.

Nesta hora de grande indecisão que paira na atmosfera do orbe, não seria oportuno começar a seguir realmente as pegadas do Meigo Rabi?

Cremos que sim, pois, há dois milênios estamos reencarnando seguidamente, neste, e, talvez em outros orbes, contudo, ainda não atingimos o grau de compreensão da imortal mensagem crística, ao contrário, temos vivido segundo padrões distanciados da brandura, misericórdia e pacificação; bem como da benevolência, indulgência e do perdão, tão bem demonstrados e ensinados por Ele.

Hoje, segundo as estatísticas, há no Brasil dezenas de milhões de cristãos, representados pelos católicos, protestantes e os esclarecidos espíritas, dentre outros. Imaginemos se todos estes alegados seguidores estivessem alinhados segundo pensamentos, atos e palavras, com as máximas do Cristo? Certamente, o cenário seria outro, e mais, se boa parte da Humanidade, que conta com mais de 2 bilhões de cristãos, estivesse buscando, nos exemplos do Cristo, padrões para suas próprias condutas no cotidiano, o mundo estaria transformado pelas vibrações de amor e compreensão irradiadas por todos os cristãos.

Porém, como sabemos que este sonho ainda não se realizou, o resultado é este que estamos submetidos há bom tempo: guerras, conflitos, armas, fome, miséria, tanto sofrimento e dor desnecessários, quanta injustiça e arbítrio ainda vigoram na Terra.

Entretanto, apesar deste cenário preocupante, podemos e devemos agir, mesmo que através de migalhas na nossa participação. Considerando que já estamos próximos dos 8 bilhões de almas espalhadas pela superfície da Terra, nesta hora, alguém poderia indagar: o que uma minúscula gota de luz no mar de iniquidades em que estamos imersos poderia realizar?

Respondemos: muito!

A nossa participação ativa nesta mudança, no modo de pensar e agir, deveria iniciar necessariamente dentro do ambiente familiar, no seio da família, a célula básica das sociedades, compondo as diversas culturas do mundo. Transformando estas pequenas unidades compostas por alguns poucos Espíritos - afins ou não - em singelos pontos de luminosidade, o conjunto ganharia, aos poucos, em pacificação, e, se forem muitos focos de luz, o ambiente na Terra e sua atmosfera psíquica mudariam para melhor, tornando as nossas existências mais produtivas, ajudando o processo de regeneração do planeta a se tornar realidade, o mais rápido possível.

E, para nos ajudar e mostrar como realizar esta transformação, os trabalhadores da última hora – os espíritas - possuem a Codificação à sua inteira disposição. Milhares de páginas cuidadosamente escritas por Allan Kardec, aguardando-nos para serem lidas, meditadas, refletidas, e, ganhando mais conhecimento através da compreensão das lições imortais tão bem explicadas pela sabedoria do Mestre de Lyon e dos luminares que o auxiliaram nesta hercúlea tarefa, poderemos, efetivamente, promover esta mudança de atitude diante dos muitos desafios que a vida nos traz.

Aliás, aqueles que já seguem Jesus mais de perto atravessam com mais tranquilidade as regulares tempestades do caminho, mormente o furacão intitulado Corona vírus.

Lembremos ainda, há dois milênios um Espírito de alta envergadura moral – João Batista -, quando estava empenhado em cumprir a sua relevante missão de batizar com a água os seus seguidores, ao ver Jesus pela primeira vez, disse sem hesitação: Eis o cordeiro de Deus, e, após esta constatação, dois de seus próprios discípulos passaram a segui-Lo, incondicionalmente.

Já se contam muitos séculos desde que João Batista indicou a chegada do Mestre na Terra - o seu Governador -, e, muitos passaram, desde então, a acompanhá-Lo mais de perto.

Já não estaria mais do que na hora de passarmos a segui-Lo também?


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita