De: Regina Bergamo (São Paulo, SP)
Quinta-feira, 29 de outubro de 20202 às 16:31
Assunto: O CONSOLADOR edição 459 de 03/04/16
Boa tarde.
Me chamo Regina Bergamo e sou trabalhadora do Grupo Espírita Batuíra, localizado no Bairro das Perdizes em São Paulo.
Eu e algumas amigas estamos estudando a Doutrina Espírita e o tema da Reencarnação veio à tona sob o enfoque abordado na edição referida acima, ou seja, "é possível que haja a coordenação dos Espíritos das trevas no processo reencarnatório?"
Ao lermos sua respeitável revista “O Consolador”, na edição 459, tivemos a oportunidade de conhecer também a visão do nosso brilhante irmão Divaldo Franco (Joanna de Ângelis) sobre o tema. Contudo, confesso que ficamos todas perplexas com a resposta e angustiadas, uma vez que jamais poderíamos imaginar que a Bondade Divina permitisse tal situação, apesar de sempre haver a presença de Benfeitores por detrás desta permissão.
Gostaríamos que o senhor, se possível, nos fornecesse fontes doutrinárias fidedignas para que possamos concluir nossos entendimentos e serenar nossos corações.
Desde já, agradecemos sua atenção.
Um abraço fraterno
Regina
Resposta do Editor:
Além do que dissemos no texto publicado na edição 459, citado pela leitora, que os interessados podem acessar clicando aqui, lembramos o que dissemos oportunamente a uma leitora de Porto Alegre (RS) sobre o mesmo assunto, ou seja, que nada existe nas obras fundamentais da doutrina espírita que embase a ideia de que os Espíritos das trevas possam comandar livremente o processo reencarnatório de seus pares. Quando isso aparentemente se dá, há por trás do fenômeno a ação oculta dos benfeitores espirituais, mostrando que a ninguém é dado agir à revelia das leis soberanas que regem a vida.
Na mesma oportunidade, reproduzimos o que Divaldo Franco disse, em entrevista publicada na edição 51 desta revista, ao responder à seguinte pergunta: “Para haver gravidez, independentemente do desejo dos pais e do reencarnante, existe necessidade de autorização das autoridades espirituais?”
Divaldo declarou: “Certamente que sim, porquanto no mapa da reencarnação dos futuros pais já se encontram delineados os filhos que devem, que podem ou que queiram ter. Graças a isso, ocorrem as facilidades na concepção ou os grandes impedimentos que vêm sendo vencidos pela ciência, através dos tempos, facultando a ocorrência sempre sob supervisão espiritual”. Para ler na íntegra a entrevista, clique neste link |
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De: Jefferson Fernando Ribeiro Cabral (Taubaté, SP)
Quinta-feira, 29 de outubro de 2020 às 22:42:26
No capítulo XXVI, item 10, de ”O Evangelho segundo o Espiritismo”, temos:
“A mediunidade é coisa santa, que deve ser praticada santamente, religiosamente. Se há um gênero de mediunidade que requeira essa condição de modo ainda mais absoluto é a mediunidade curadora. O médico dá o fruto de seus estudos, feitos, muita vez, à custa de sacrifícios penosos. O magnetizador dá o seu próprio fluido, por vezes até a sua saúde. Podem pôr-lhes preço. O médium curador transmite o fluido salutar dos bons Espíritos; não tem o direito de vendê-lo. Jesus e os apóstolos, ainda que pobres, nada cobravam pelas curas que operavam.”
A dúvida é quanto ao magnetizador, haja vista que recebe auxílio espiritual. É licito pôr preço?
Obrigado.
Jefferson
Resposta do Editor:
Allan Kardec não usava o termo “médium passista”, tão comum em nosso meio. O termo por ele usado é “médium curador”, ou seja, o indivíduo que atua na ação magnética humano-espiritual, ou magnetismo misto, a que ele se refere no capítulo XIV, item 33, do livro A Gênese:
“33. - A ação magnética pode produzir-se de muitas maneiras:
[...]
3º pelos fluidos que os Espíritos derramam sobre o magnetizador, que serve de veículo para esse derramamento. É o magnetismo misto, semiespiritual, ou, se o preferirem, humano-espiritual. Combinado com o fluido humano, o fluido espiritual lhe imprime qualidades de que ele carece. Em tais circunstâncias, o concurso dos Espíritos é amiúde espontâneo, porém, as mais das vezes, provocado por um apelo do magnetizador.”
Nessa modalidade de ação magnética – que no Brasil sob o nome de passe é bastante difundida nos centros espíritas – não cabe cobrança de nenhuma espécie.
Quanto aos magnetizadores profissionais, que nenhum envolvimento têm com a Casa Espírita, não existe a mesma restrição. É a eles que o texto citado pelo leitor se refere. São profissionais e como tal podem pôr preço no serviço que prestam. |
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De: Adehercio Souza (Belo Horizonte, MG)
Sexta-feira, 30 de outubro de 2020 às 11:05:57
Para o Espírito puro, o perispírito se funde com o Espírito tornando-se um só? Eu não consigo crer na extinção do perispírito. Estou correto nessa forma de pensar?
Adehercio
Resposta do Editor:
Sim, o leitor está certo.
O Espírito, em qualquer fase ou grau do processo evolutivo, está sempre revestido de um envoltório fluídico, também chamado de perispírito ou corpo espiritual. Em artigo publicado na Revista Espírita de 1864, Edicel, pp. 138 e 139, Kardec fez importante distinção entre alma – um ser simples, invisível, imponderável – e Espírito – um ser duplo, constituído por alma e perispírito. O pensamento de que os Espíritos Puros não possuem perispírito não passa, pois, de um equívoco que algumas pessoas repetem por ignorarem o que diz a questão 186 d´O Livro dos Espíritos, abaixo reproduzida:
186. Haverá mundos onde o Espírito, deixando de revestir corpos materiais, só tenha por envoltório o perispírito?
“Há e mesmo esse envoltório se torna tão etéreo que para vós é como se não existisse. Esse o estado dos Espíritos puros.”
Corroborando a informação acima, Kardec diz-nos em O Livro dos Médiuns, item 55, que o Espírito, em qualquer grau em que se encontre, está sempre revestido de um invólucro ou perispírito, cuja natureza se eteriza à medida que ele se purifica e se eleva na hierarquia. O perispírito faz, então, parte integrante do Espírito, como o corpo faz parte integrante do homem. |
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De: Eliane Cavalheiro (Porto Alegre, ES)
Sábado, 31 de outubro de 2020 às 17:06:55
Assunto: Especial 353 - Por que a população da Terra aumenta se os Espíritos que vão e vêm são os mesmos?
Texto bem claro mas tenso. É um texto bem abrangente, amplo e deve ser lido mais de uma vez.
Grata pela oportunidade de poder participar deste excelente veículo.
Eliane |
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De: Delvania Martins de Paiva (São Paulo, SP)
Domingo, 1º de novembro de 2020 às 14:28:39
Acabei de ler o livro “Sexo e Obsessão”, para conclusão do estudo mediúnico que já venho fazendo há 7 anos. Despertou-me a curiosidade de conhecer o Lar das Crianças que Padre Mauro fundou aqui no Brasil.
Onde posso conseguir mais informações sobre onde fica e se pode ser visitado?
Enfim, agradeço.
Abraços.
Delvania
Resposta do Editor:
Não temos nenhuma informação relacionada com o caso e, por isso, não podemos atender à solicitação da leitora. |
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De: Aécio Emmanuel César (Sete Lagoas, MG)
Quinta-feira, 29 de outubro de 2020 às 07:17
Assunto: Alienação Mental
Mesmo que aparentemente se comporte o homem como uma pessoa normal diante da sociedade, tem nele certo gene em estado germinativo que, em algumas situações no dia a dia, pode aflorar, através da invigilância, uma alienação mental. Sabemos que viemos de um passado delituoso. E é tanto que a Lei do Esquecimento é fator imponderável no sentido de saldar os erros, anonimamente, a ferro e fogo. Não somos ainda anjos, pois correntes de sombras nos impedem de nos libertar, mas temos todas as possibilidades de conquistar equilíbrio e razão na sua estruturação mais realista.
Com relação ao título dessa semana, vamos analisar bem o que o Instrutor Calderaro diz a André Luiz enquanto eles se encontravam em um manicômio na Terra, relatado em seu livro “No Mundo Maior”, no capítulo 16, intitulado “Alienados Mentais” através da mediunidade de Chico Xavier. Vejamos: “Em verdade, na alienação mental começa a descida da alma às zonas inferiores da morte”. Sem a espiritualização do próprio espírito enclausurado em corpos mais densos, difícil a assimilação de valores que enaltecem a Centelha Divina em processo de crescimento, de autoburilamento, de construção psíquica onde a alma é a nossa mentora que merece, de todos nós, respeito digno.
Nesse mundo que ora permutam sentimentos os mais diversos entre comunidades de encarnados e desencarnados, lutam e relutam os homens no sentido de se encaixarem na ordem da Criação. O corpo que lhe sustenta o espírito ainda que materializado nas suas entranhas, não consegue respirar o Hausto de Deus na sua essência mais pura, pois que se encontra aterrado no pântano da fantasia e do materialismo ilusório.
Mais adiante o Instrutor elucida: “Quanto às perturbações que acompanham a alma no renascimento ou na infância do corpo, na juventude ou na senilidade, é mister reconhecer que o desequilíbrio começa na inobservância da Lei, como a expiação se inicia no crime”. Todo mal tem suas consequências. Hoje desvia-se do bem ou alimenta-se do mal sabendo dos seus resultados. Ignorando a Justiça Divina, vem os detratores da Lei agindo copiosamente contra o seu semelhante no sentido de tudo ganhar esquecendo que, na Terra, tudo a que se perder, inclusive o próprio corpo.
Renascendo em mundo de dissabores, o homem necessita encontrar nele um campo iluminado em que a estrutura familiar seja mas bem espiritualizada. Sem esse alicerce, difícil o espírito recalcitrante encontrar meios que o fortaleça em seus mecanismos mnemônicos fracionados, ligados a um passado de delitos e que lhe impulsione a rever, com discernimento, todo o seu apanhado de deslizes e de desequilíbrios a serem urgentemente corregidos enquanto ainda está na Luz.
“Conhecereis a Verdade e ela vos libertará”, disse-nos Jesus. No momento, a Verdade é a prática do Evangelho em nossas vidas. É deixar um pouco de nós e se preocupar mais com o próximo ainda tão distante dos nossos braços. Se temos todo o apanhado do bem a servir, porque demoramos tanto na palavra que o vento leva deixando sempre insaciado nosso coração? A prece, apenas, faz parte do contexto de cristianização. Mas sem a enxada do trabalho a separar o joio do trigo abençoado, difícil suprir lágrimas de remorso e de revolta.
Vamos, portanto, trabalhar quanto antes nesse sentido, Leitor Amigo?
Aécio César |
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