Brasil
por Maria Rachel Coelho Pereira

Ano 14 - N° 695 - 8 de Novembro de 2020

Com palestra de Tatiane Bellieny, o CEJA Barra retomou as palestras com público


O CEJA Barra, uma das casas espíritas mais importantes do Rio de Janeiro (RJ), retomou no mês passado a realização das palestras presenciais, em que o público se fez presente adotando as normas de segurança sanitária conhecidas, inclusive o uso de máscaras.

A palestra, realizada no dia 17 de outubro pela psicóloga Tatiane Bellieny, versou sobre o tema “Mágoas e Ressentimentos Familiares: Liberte-se”.

Psicóloga, Tatiane Bellieny é membro da AME-Rio (Associação Médico-Espírita do
Estado do Rio de Janeiro) e uma das expositoras do Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB).

Ela iniciou sua fala chamando atenção para a necessidade de ouvirmos o que falamos para os outros, como se fosse para nós mesmos. A seguir, convidou a todos para juntos lerem a Oração da Serenidade.

Ressaltou que aceitar é não questionar e que devemos confiar, cientes de que o que aconteceu conosco veio para o nosso aprimoramento.

Dando o exemplo das sementes citou que, quando soube que estava grávida de sua filha Lara, percebeu que havia uma semente dentro dela. E, interagindo com o público presente, mostrou a sequência das diversas etapas do plantio e dos cuidados com as sementes, até que se tornem frutos sazonados, contribuindo com o planeta na obra da Criação.

Citando o Dr. Jorge Andréa - Fiações Espirituais na Ciência -, lembrou que "pelo desfile existencial, nosso arcabouço psicológico encontra-se envolvido em numerosos instintos ainda sem as devidas correções; somente as experiências reencarnatórias poderão oferecer estágios mais avançados, descortinando novos horizontes, mais iluminados pelos valores da disciplina, do trabalho edificante do bem comum e de um amor mais intenso".

Na sequência, provocou o auditório com a seguinte pergunta: “O que tenho a aprender com isso?”

Lembrou, então, a história de Francisco Cândido Xavier que, orientado por Emmanuel, perdoou o envenenamento de sua cadelinha, mostrando a importância da aceitação dos fatos que nos tornam irmãos em humanidade. Frisou que cada um de nós tem as suas potencialidades e interpreta as ações de acordo com os próprios filtros (hábitos, costumes e valores apreendidos). O que o outro faz comigo passa pela minha interpretação; devemos, pois, utilizar o autoperdão sem 'roupa de gala e sim, de camiseta, short e chinelos'.

Citando Allan Kardec - Céu e Inferno, capítulo 7 (Código Penal da Vida Futura, item 16º) -, lembrou que o perdão e o processo de regeneração passam por três fases, a saber: arrependimento; expiação e reparação.

Cada um de nós responde por aquilo em que se comprometeu. Lembrou que a dor do ressentimento, da mágoa, do ódio aprisiona mais do que o amor. O amor liberta-nos com a Lei de causa e efeito.

Concluiu com uma escala que sintetizou o estudo, apontando que a não aceitação dos fatos promove a raiva, a culpa, a tristeza, a angústia, a mágoa, o ódio e o desejo de vingança e até mesmo o suicídio. Trata-se de uma degeneração do amor, enquanto que a aceitação conduz à compreensão, ao entendimento, ao autoconhecimento, ao autoperdão, à liberdade, à alegria e à felicidade, à verdadeira claridade e, por conseguinte, à conquista do amor. É que, quando tiramos o foco da dor e o transferimos para a solução, conseguimos ter energia para vencer o que nos é apresentado.
Concluindo a palestra, ela a fechou com Adélia Prado: "Deus é mais belo que eu, ele não é jovem, isso sim é consolo".

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita