Com palestra de Tatiane Bellieny, o CEJA Barra retomou
as palestras com público
O CEJA Barra, uma das casas espíritas mais importantes
do Rio de Janeiro (RJ), retomou no mês passado a
realização das palestras presenciais, em que o público
se fez presente adotando as normas de segurança
sanitária conhecidas, inclusive o uso de máscaras.
A palestra, realizada no dia 17 de outubro pela
psicóloga Tatiane Bellieny, versou sobre o tema “Mágoas
e Ressentimentos Familiares: Liberte-se”.
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Psicóloga, Tatiane Bellieny é membro da
AME-Rio (Associação Médico-Espírita do
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Estado do Rio de Janeiro) e uma das
expositoras do Instituto de Cultura Espírita
do Brasil (ICEB). |
Ela iniciou sua fala chamando atenção para a necessidade
de ouvirmos o que falamos para os outros, como se fosse
para nós mesmos. A seguir, convidou a todos para juntos
lerem a Oração da Serenidade.
Ressaltou que aceitar é não questionar e que devemos
confiar, cientes de que o que aconteceu conosco veio
para o nosso aprimoramento.
Dando o exemplo das sementes citou que, quando soube que
estava grávida de sua filha Lara, percebeu que havia uma
semente dentro dela. E, interagindo com o público
presente, mostrou a sequência das diversas etapas do
plantio e dos cuidados com as sementes, até que se
tornem frutos sazonados, contribuindo com o planeta na
obra da Criação.
Citando o Dr. Jorge Andréa - Fiações Espirituais na
Ciência -, lembrou que "pelo desfile existencial,
nosso arcabouço psicológico encontra-se envolvido em
numerosos instintos ainda sem as devidas correções;
somente as experiências reencarnatórias poderão oferecer
estágios mais avançados, descortinando novos horizontes,
mais iluminados pelos valores da disciplina, do trabalho
edificante do bem comum e de um amor mais intenso".
Na sequência, provocou o auditório com a seguinte
pergunta: “O que tenho a aprender com isso?”
Lembrou, então, a história de Francisco Cândido Xavier
que, orientado por Emmanuel, perdoou o envenenamento de
sua cadelinha, mostrando a importância da aceitação dos
fatos que nos tornam irmãos em humanidade. Frisou que
cada um de nós tem as suas potencialidades e interpreta
as ações de acordo com os próprios filtros (hábitos,
costumes e valores apreendidos). O que o outro faz
comigo passa pela minha interpretação; devemos, pois,
utilizar o autoperdão sem 'roupa de gala e sim, de
camiseta, short e chinelos'.
Citando Allan Kardec - Céu e Inferno, capítulo 7
(Código Penal da Vida Futura, item 16º) -, lembrou que o
perdão e o processo de regeneração passam por três
fases, a saber: arrependimento; expiação e reparação.
Cada um de nós responde por aquilo em que se
comprometeu. Lembrou que a dor do ressentimento, da
mágoa, do ódio aprisiona mais do que o amor. O amor
liberta-nos com a Lei de causa e efeito.
Concluiu com uma escala que sintetizou o estudo,
apontando que a não aceitação dos fatos promove a raiva,
a culpa, a tristeza, a angústia, a mágoa, o ódio e o
desejo de vingança e até mesmo o suicídio. Trata-se de
uma degeneração do amor, enquanto que a aceitação conduz
à compreensão, ao entendimento, ao autoconhecimento, ao
autoperdão, à liberdade, à alegria e à felicidade, à
verdadeira claridade e, por conseguinte, à conquista do
amor. É que, quando tiramos o foco da dor e o
transferimos para a solução, conseguimos ter energia
para vencer o que nos é apresentado.
Concluindo a palestra, ela a fechou com Adélia Prado:
"Deus é mais belo que eu, ele não é jovem, isso sim é
consolo".