Cinco-marias

por Eugênia Pickina

Educação ambiental começa em casa


... precisamos de florestas e ambientes naturais porque eles nos dão um profundo senso psicológico
. Jane Goodall


O convívio no planeta depende de uma boa relação com os ambientes naturais e isso deve começar em casa – e desde os anos iniciais.

Com a ajuda dos pais, as crianças necessitam incorporar em seus hábitos atitudes simples, porém capazes de sustentar o equilíbrio entre sociedade e natureza. Não jogar lixo na rua, economizar água e energia são atos cotidianos, singelos, mas que podem contribuir com um estilo de vida mais eficiente e solidário, por exemplo.

Educar uma criança com consciência ecológica pressupõe um processo gradativo e, por isso, é fundamental que as boas práticas socioambientais sejam incentivadas na infância e os pais, principalmente, precisam dar bons exemplos para os filhos.

De forma pontual, uma maneira de orientar a relação das crianças com o meio ambiente é fazendo-as participar de situações em que elas entendam o valor das atitudes do ponto de vista ecológico. Por isso, nos contextos domésticos, procurar sempre conversar sobre as consequências dos hábitos equivocados, do mau uso dos recursos. Confira algumas atitudes que fazem parte da educação ambiental das crianças:

Lugar de lixo é no lixo

A conscientização das crianças tem início com exemplos dos pais e dos pequenos gestos, como não jogar papel no chão. Explicar os motivos pelos quais é importante  jogar lixo apenas nas lixeiras ou separar os resíduos faz com que a criança entenda a responsabilidade sobre o destino dos resíduos que dia a dia produzimos.

Procure criar nos filhos o hábito de guardar o lixo consigo quando não houver lixeiras por perto!

Reciclagem faz toda a diferença

A reciclagem é um processo que transforma os materiais usados que foram descartados em novos produtos para serem reutilizados. E explicar isso às crianças é uma ótima forma de contribuir com o meio ambiente.

Há várias formas de destinar o lixo que geramos para reciclagem. Em princípio, se um produto for reciclável (latas de alumínio, por exemplo),  basta descartá-lo de forma correta nos cestos apropriados.

As reciclagens mais comuns são de resíduos sólidos, como metal e plástico. Porém, é possível estimular, e de maneira divertida, a reciclagem com destino à criação de brinquedos – do papelão pode surgir uma casinha; da garrafas pet, um engenhoso robô…

Consumo consciente ensina felicidade

O consumo sustentável está diretamente ligado à diretriz dos 3 erres (R’s):

Reduzir: eliminação e redução da geração de resíduos sólidos ou da sua toxicidade;

Reutilizar: utilização dos bens de consumo tantas vezes quanto possível, para o uso a que se destinam originalmente ou para outros usos;

Reciclar: processamento dos materiais descartados para que possam retornar ao ciclo produtivo como matérias-primas.

Orientando-se nessas diretrizes, procure estimular as crianças a não comprar o que não precisa e, ainda, ao invés de adquirir um novo brinquedo, incentive a troca de brinquedos usados entre amigos ou entre os colegas na escola (feiras de brinquedos usados). Assim, o seu filho também estará treinando o aprendizado da simplicidade, da generosidade e da empatia, bem como cooperando para a redução da geração de resíduos.

Apreço pelo contato com a natureza

Brincar e fazer passeios ao ar livre criam memórias afetivas e ao mesmo tempo geram senso de responsabilidade nas crianças. Quem não tem uma história bonita da infância dos momentos vividos em um sítio, em um jardim?

Sempre que possível, faça passeios/excursões com as crianças em ambientes naturais. Assim,  ela crescerá consciente da importância de desfrutar do mundo natural para ter (também) fortaleza psicológica.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita