Chico Xavier estava às voltas com memorandos bovinos
quando chegou às livrarias a segunda edição do Parnaso
de Além-Túmulo, em 1935.
O volume, quase três vezes maior do que o da primeira edição,
era festejado no prefácio pelo vice-presidente da Federação
Espírita Brasileira, Manuel Quintão.
Responsável pela primeira versão do livro, o filólogo espírita
festejava as novas aquisições (Olavo Bilac, por exemplo) e
transformava em estandarte o texto escrito por Humberto de
Campos (espírito). No artigo, intitulado "De Pé, os Mortos", o
escritor reafirmava a autenticidade dos poemas ditados pelos
espíritos ao matuto de Pedro Leopoldo. Quintão estava
entusiasmado. O crítico João Ribeiro disse que o médium não
traiu nenhum dos poetas. Ora, esta concisa sentença de J.
Ribeiro vale por todos os estultilóquios e paparroteadas que a
crítica de papo-amarelo improvisou a propósito de quanto se
afaste do seu clássico palmo de nariz.
Do livro As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior.
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