A
identificação do Mestre
Clamava, pois, Jesus no
Templo, ensinando e
dizendo: Vós
conheceis-me, e sabeis
donde sou; e eu não vim
de mim mesmo, mas aquele
que me enviou é
verdadeiro, o qual vós
não conheceis. Mas eu
conheço-o, porque dele
sou e ele me enviou.
(João, 7:28 e 29)
Orientava o Alto a João
sobre como ele
identificaria Jesus.
Muitos já haviam sido os
sinais dados à
Humanidade, no sentido
de que o Céu está atento
e ativo em nosso meio.
Basta apenas olharmos o
Velho Testamento, onde
encontraremos inúmeros
acontecimentos nesse
sentido. Este,
entretanto, revestia-se
de singular importância,
pois enquanto os outros
serviam de preparação
para a vinda de Jesus,
neste era o próprio
Mestre que se
apresentaria ao
conhecimento de João
Batista. "Eis o que tira
os pecados do mundo",
disse João ao
reconhecê-lo.
Várias foram as
interpretações ao longo
do tempo, sobre esta
afirmativa. Alguns
acharam que Jesus havia
carregado consigo todas
as mazelas de nossos
atos, ao se retirar
deste mundo. Outros há
que consideram que basta
apenas crermos nele,
entretanto, o mundo está
aí mostrando-nos que os
atos menos nobres
continuam a existir. Tal
como na época de Sua
estada, entre nós as
guerras continuam, a
criminalidade jamais
deixou de existir e o
ser humano não abdicou
ainda do seu lado
violento.
Dentro desse quadro,
como poderíamos entender
então as palavras de
João Batista ao nos
dizer que Jesus é quem
tiraria os pecados do
mundo?
Sem dúvida alguma, não
nos faltou com a verdade
ao nos fazer tal
afirmativa, porém, o
pecado só será tirado do
mundo quando aprendermos
a não errar, e foi para
isso que o Mestre veio.
Não nos encaminhou Jesus
para o comodismo de
aceitarmos que tudo o
que fizermos de errado
seria por ele apagado,
pois estaria negando os
fatos e pregando a
perpetuação do erro.
Como supremo orientador
das Almas, trouxe-nos a
solução para que nós
mesmos colocássemos um
basta à falta de amor em
nosso comportamento.
Trouxe-nos o Evangelho
como norma de conduta, e
só se pautarmos os
nossos atos nestes
ensinamentos é que
poderemos erradicar o
"pecado" do nosso
mundo.
Agindo, mostrou-nos como
devemos proceder.
Orientando, deixou-nos a
lição imorredoura.
Amando-nos, ampara-nos
nas quedas e espera a
nossa decisão ao seu
convite. Compete-nos a
cada um de nós a
extirpação do mal ainda
enraizado em nosso
íntimo, para que o Bem
triunfe em nós e à nossa
volta.
"Amai-vos uns aos
outros, eis a
Lei", disse-nos.
Ouçamo-lo.
Jesus é a chave da
nossa evolução -
Será que vocês me
conhecem? Perguntou o
Mestre aos que o ouviam.
Será, de fato...?
Provavelmente muitos não
saberiam dizer e, se uns
o queriam matar,
outros o seguiam,
guiados pelo seu
magnetismo e pela força
de seus ensinamentos.
Não se interessavam em
saber quem era e de onde
vinha. Sabiam apenas que
o que dizia transcendia
em muito o que estavam
habituados a receber da
sociedade em que viviam
e o que dele recebiam
era bálsamo para suas
dores e força a
aumentar-lhes a
esperança.
Necessitados de tudo,
sentiam íntima segurança
na sua presença.
Singulares reações
aconteciam no íntimo de
cada um. Sentiam estar
próximos de belo e
imenso remanso a dar
descanso às suas almas.
Esqueciam-se de suas
vicissitudes enquanto o
ouviam. Não sabiam quem
era, mas tinham a
certeza de que o que
lhes trazia provinha de
lugar muito acima da
Terra dolorida que
conheciam.
Sabeis quem sou? Eu sou
o Caminho, a Verdade e a
Vida. Eu sou a vida.
Vida melhor, menos
áspera, menos sofrida.
Caminhos sem tropeço,
iluminados pelo amor.
Verdade que não fere e
que orienta a todos para
sendas plenas de luz,
onde a compreensão e o
entendimento ameno,
através da doação
espontânea e sem
exigência, estão sempre
presentes.
Eu sou aquele que veio
não só dizer-vos:
amai-vos uns aos outros,
mas também mostrar-vos
na prática que isso é
possível.
Eu sou a chave da vossa
evolução espiritual,
pois há nos meus
ensinamentos um conteúdo
tal que, se vós o
seguirem, fará com que
alcanceis páramos
siderais que jamais
podereis imaginar, onde
reina a paz e a doçura e
se enchem de
felicidade.
Estais cansados das
lutas acerbas? Vinde a
mim e eu vos aliviarei.
As dores morais são
imensas? Vinde a mim e
eu saberei
compreender-vos. Há
desorientação? Vinde a
mim que saberei
orientar-vos. Estais
temerosos? Vinde a mim
que vos restaurarei a
confiança. Sentis
solidão? Vinde a mim e
sentireis a minha
presença constante ao
vosso lado.
Eu sou aquele que não
desiste de vos ajudar a
alçar voo mais alto.
Ajudarei a libertar-vos
da matéria que vos
mantém na retaguarda e
vos encaminharei para as
belezas inenarráveis que
o Pai vos reserva.
Sim, eu sou aquele que o
Pai enviou para
dizer-vos que a vida é
muito mais do que estais
vivendo no momento. Que
cada segundo é sagrada
oportunidade de
aprendizado.
Sim, eu sou o amigo de
todas as horas, que tem
o dom de acalmar as
tempestades. Vinde a
mim.