Desafiando o dogma
materialista do “caos”, nada sucede sem o consentimento
de Deus
Há 5 séculos a moderna ciência ocidental pavimentou as
sendas para os estudos de Copérnico, Galileu, Kepler,
Bacon e Descartes, resultando no paradigma mecanicista
do processo científico. Posteriormente, tal padrão
científico foi corroborado por Newton, que observou as
leis do movimento, criando uma realidade determinista
regida por leis físicas e matemáticas, onde tudo era
“exato”, “absoluto” e “inalterável”.
O funcionamento do mundo físico passou a ser visto como
o de um relógio, através de movimentos lineares e
precisos. Todavia, no final do Século XIX, o pesquisador
Poincaré desafiou, pela primeira vez, esta visão
determinista dos sistemas, revelando os desempenhos
irregulares e não previsíveis deste sistema newtoniano,
portanto, desvendando os comportamentos caóticos na
dinâmica da vida.
Atualmente há respeitáveis estudos, análises, debates e
críticas sobre a famosa “teoria do caos”. Para alguns, é
uma das teorias mais importantes do Universo, presente
na essência em quase tudo o que nos cerca. Seus
causídicos afiançam que variações insignificantes no
início de um determinado evento (mudança climática, por
exemplo) podem gerar transformações profundas no futuro,
o que tornaria o sistema (ou eventos) caóticos e
impossíveis de serem previstos.
O termo caos, assim traduzido para o português, é
originado da palavra grega “chãos", que significa vasto
abismo ou fenda. Através dos romanos, passou a ter a
conotação de desordem. A “teoria do caos” também está
relacionada com as variações do mercado financeiro e com
o crescimento populacional e, como vimos, com a
concepção de impossibilidade de previsões climáticas a
longo prazo.
No século XX, durante um evento científico ocorrido em
Washington, em 1972, o meteorologista Eduard Norton
Lorenz, fundamentado em seus estudos, formulou equações
que demonstravam o “efeito borboleta”. Para isso
apresentou um artigo intitulado “Previsibilidade: o
bater de asas de uma borboleta no Brasil desencadeia um
tornado no Texas?”. Criando tal adágio, traduziu ideias
de que pequenas causas podem provocar grandes efeitos,
independentes do espaço e do tempo.
O físico Stephen Hawking também anotou o seguinte: "Uma
borboleta batendo as asas em Tóquio pode causar chuva no
Central Park de Nova Iorque". [1] Hawking explicou que
não é o bater das asas, ingênua e meramente, que
provocará a chuva, mas a influência deste pequeno
movimento sobre outros eventos em outros lugares é que
poderá levar, por fim, a influenciar o clima.
Com base em tais afirmativas observa-se que o tema é
instigante, por esta razão abreviaremos o debate apoiado
nas argumentações dos Benfeitores espirituais. O
espírita tem consciência de que o “acaso” não existe. Na
produção de certos fenômenos como os ventos, as chuvas,
os trovões, os raios e as tempestades, os Espíritos se
reúnem em multidão. Alguns deles [Espíritos] agem às
vezes com conhecimento de causa, outros não, sobretudo
os Espíritos mais atrasados, entretanto, quando sua
inteligência estiver mais desenvolvida também comandarão
e dirigirão alguns fenômenos naturais. [2]
Para o restabelecimento do equilíbrio e da harmonia das
forças físicas da natureza, os Espíritos na condição de
agentes da vontade do Criador precisam exercer ação
sobre a matéria e sobre os elementos, a fim de agir,
presidir e dirigir certos fenômenos. Até porque Deus não
exerce ação direta sobre a matéria. Para isso o Criador
encontra agentes (Espíritos) dedicados em todos os graus
da escala dos mundos.
Portanto, os fenômenos naturais têm uma finalidade
providencial, não ocorrem por causas aleatórias.
Naturalmente tudo tem uma razão de ser e nada [nos
fenômenos naturais] acontece sem a permissão de Deus.
[3]
Referências bibliográficas:
[1] HAWKING, Stephen. O Universo Numa
Casca De Noz. SP: Ed. Nova Fronteira, 2002.
[2] KARDEC, Allan. O Livro dos
Espíritos, RJ: Ed. FEB, 1999, questões 539, 540.
[3] Idem, questão 536.
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