Cartas

Ano 14 - N° 707 - 7 de Fevereiro de 2021

De: Leo Martins (Cidreira, RS)

Terça-feira, 2 de fevereiro de 2021 às 11:30:01
Com referência aos portadores de Síndrome de Down, isso ocorre em razão da idade avançada dos pais ou houve proposta, quando da ocasião da preparação reencarnatória?

Leo


Resposta do Editor
:

Se essa – idade avançada dos pais - fosse a causa, por que nasceriam crianças com Down filhas de pais jovens? O assunto é bem mais complexo do que aparenta e, além das causas físicas, não podemos ignorar as causas espirituais, como o médico e estudioso espírita Americo Domingos Nunes Filho observa no artigo intitulado “Síndrome de Down e Espiritismo”, publicado na edição 119 desta revista. Para acessá-lo, clique aqui

 

De: Maria Luiza Oliveira (São Paulo, SP)

Quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021 às 23:00:24

Assunto: Parábola da Porta Estreita

Por favor, seria possível me enviar uma explicação sobre a parábola A Porta Estreita?

Abraços.

Maria Luiza


Resposta do Editor
:

O tema citado pela leitora é comentado por Allan Kardec no cap. XVIII, itens 3 a 5, d’O Evangelho segundo o Espiritismo, em que ele diz que larga é a porta da perdição, porque são numerosas as paixões más e porque o maior número envereda pelo caminho do mal. E é estreita a da salvação, porque a grandes esforços sobre si mesmo é obrigado o homem que a queira transpor, para vencer suas más tendências, coisa a que poucos se resignam.

Sobre o assunto, Emmanuel escreveu a mensagem abaixo, que a leitora pode encontrar no livro Vinha de Luz, cap. 20, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier:

 

Porta estreita  


"Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar, e não poderão." - Jesus. (Lucas, 13:24.)


Antes da reencarnação necessária ao progresso, a alma estima na "porta estreita" a sua oportunidade gloriosa nos círculos carnais.

Reconhece a necessidade do sofrimento purificador.

Anseia pelo sacrifício que redime.

Exalta o obstáculo que ensina.

Compreende a dificuldade que enriquece a mente e não pede outra coisa que não seja a lição, nem espera senão a luz do entendimento que a elevará nos caminhos infinitos da vida.

Obtém o vaso frágil de carne, em que se mergulha para o serviço de retificação e aperfeiçoamento.

Reconquistando, porém, a oportunidade da existência terrestre, volta a procurar as "portas largas" por onde transitam as multidões.

Fugindo à dificuldade, empenha-se pelo menor esforço.

Temendo o sacrifício, exige a vantagem pessoal.

Longe de servir aos semelhantes, reclama os serviços dos outros para si.

E, no sono doentio do passado, atravessa os campos de evolução, sem algo realizar de útil, menosprezando os compromissos assumidos.

Em geral, quase todos os homens somente acordam quando a enfermidade lhes requisita o corpo às transformações da morte.

"Ah! se fosse possível voltar!..." - pensam todos.

Com que aflição acariciam o desejo de tornar a viver no mundo, a fim de aprenderem a humildade, a paciência e a fé!...

Com que transporte de júbilo se devotariam então à felicidade dos outros! ...

Mas... é tarde. Rogaram a "porta estreita" e receberam-na, entretanto, recuaram no instante do serviço justo. E porque se acomodaram muito bem nas "portas largas", volvem a integrar as fileiras ansiosas daqueles que procuram entrar, de novo, e não conseguem.

 

De: Aécio Emmanuel César (Sete Lagoas, MG)

Quinta-feira, 28 de janeiro de 2021 às 07:00

Assunto: Bactérias e micróbios

Mesmo conquistando a razão, não passamos ainda de bactérias e micróbios sedentos de luz e paz no coração. Que mesmo sabendo dessas fontes de refrigério, ainda procuramos nos saciar – em vão – nos charcos dos vícios que paralisam nossa jornada rumo ao Foco Perfeito de onde fomos criados. E assim caminha a Humanidade desfalecendo-se diante dos tropeços e quedas do caminho por vontade própria.
Diante desse meu pensamento, vem o Ministro Flácus fortalecê-lo com a seguinte citação do livro “Libertação” no capítulo 1, denominado “Ouvindo Elucidações”, relatado por André Luiz através da mediunidade de Chico Xavier: “... não passamos, por enquanto, de bactérias controladas pelo impulso da fome e pelo magnetismo do amor. Entretanto, guindados a singelas culminâncias da inteligência, somos micróbios que sonham com o crescimento próprio para a eternidade”.
Como podemos analisar a citação acima, ainda há muito chão para caminhar diante da eternidade que nos envolve em seu magnetismo, que do Amor, fomos criados. Agora, compreender esse Amor Paternal ainda nos carece de muita análise, muito conhecimento espiritual e, principalmente desenvolver esse amor que existe pulsante dentro de nós.  
Deus está intimamente conosco dando-nos vida em abundância, mas ainda desejamos ficar no marasmo em que a materialidade dos instintos nos faz pastejar nos cômoros da ignorância sem displicência, sem acuro sentimental e sem docilidade sentimental alguma.
Mesmo conseguindo andar com duas pernas ainda nos arrastamos no pântano das imperfeições indiferentes aos conselhos que a nossa consciência – sempre vigilante – nos assenhoreia todos os nossos pensamentos. Até então não queremos mudanças e reformas pois elas se nos retirará do comodismo que há muito tempo estamos mergulhados. É difícil desejar Luz, se se encontramos nas trevas mesmo sabendo do seu doce magnetismo que se faz presente no nosso respirar.
Nosso crescimento não se dá tão somente através do desenvolvimento orgânico de que estamos submetidos, porém, necessitamos de algo espiritual para que esse nosso lado seja e esteja acima das nossas incoerências existenciais materialistas.
Mesmo que a eternidade nos aguarde ante nossas decisões as mais arbitrárias, ela se nos oferece campo propício para adentrar nesse composto dimensional em que por ora estagiamos em um mundo de provações acerbas. E mesmo nesses pântanos de sofrimentos a presença divina dos Cristos de Deus se manifestam socorrendo piedosamente a quem quer que comece ficar incomodado com as pesadas sombras a tentar ingeri-los voluntariamente. Como vemos, poderemos mudar o quanto antes esse modo de ver a vida eterna, mas depende do nosso discernimento em desejar e procurar reformar-se ardentemente acendendo em nós aquela nossa luz interior saindo dessa fase de bactérias e micróbios astrais que ainda somos. Prossigamos, pois. Comigo, Leitor Amigo?

Aécio César

 

De: Jornal Mundo Maior (Santa Adélia, SP)

Terça-feira, 2 de fevereiro de 2021 às 21:17

Assunto: Ir para o céu.

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Acesse o site do Jornal Mundo Maior - website mundo maior - e leia mensagens espíritas como esta que adiante transcrevemos:

“O instinto de conservação é bastante forte no ser humano.

Naturalmente, ele visa preservar ao máximo a existência terrena.

Entretanto, o advento da morte do corpo físico constitui uma certeza inexorável.

A ideia de morrer suscita um certo temor generalizado.

Muitos evitam falar e mesmo pensar nesse tema.

Mas a Espiritualidade Superior costuma estimular reflexões em torno do término da experiência física.

Com frequência, toma-se a morte como um fenômeno renovador e redentor.

Há quem afirme que morrer é descansar.

Em momentos de angústia, muitos dizem desejar a morte para parar de sofrer.

É como se ela automaticamente transformasse a natureza humana.

Nessa linha, ao morrer, todas as mesquinharias e vícios humanos cessariam.

As almas com alguma sorte iriam para o céu, viver de forma beatífica e ociosa.

Ocorre que só se leva da vida a vida que se leva.

Hábitos longamente cultivados compõem a essência do ser e o acompanham aonde quer que vá.

A morte não transforma homens em anjos ou demônios.

Eles persistem qual se construíram ao longo do tempo.

Alguém que não soube construir a própria paz não se pacificará apenas porque cessou a vitalidade de seu corpo de carne.

Almas torturadas de vícios seguem viciosas, enquanto não se depurarem.

Para quem carrega um inferno no peito, trocar de endereço é irrelevante.

Na carne ou fora dela, o Espírito é o mesmo.

Somente suas sensações são mais fortes quando liberto dos grilhões da matéria.

No plano espiritual, a vida moral é muito mais intensa.

O júbilo pela consciência tranquila constitui algo maravilhoso.

Por outro lado, remorsos, ciúmes e desgostos íntimos tornam-se lancinantes.

Os Espíritos realmente se dirigem a alguns locais, após o evento da morte.

Eles se agrupam conforme seu merecimento e suas afinidades de gostos e tendências.

Contudo, o relevante não é o local.

Como o céu e o inferno residem no íntimo do ser, o primordial é pacificar-se e purificar-se.

Para isso, viver de forma honrada constitui o único meio eficaz.

As tormentas da vida não são tragédias e nem castigos.

Elas representam santas oportunidades de redenção.

Nos longos embates, é possível lentamente modificar a própria visão de mundo.

Por entre subidas e descidas, o homem pode compreender sua fragilidade e tornar-se generoso com o próximo.

Ele pode entender a imensa bobagem que é viver ofendido e magoado e valorizar em excesso coisas transitórias.

Assim, não espere morrer para ir para o céu.

Construa um céu em sua consciência e viva nele desde já.

Trata-se do único caminho para a verdadeira felicidade.

Pense nisso.” (Redação do Momento Espírita)

Saudações.

Jornal Mundo Maior

 


 
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