Evolução,
racismo, bullying, ideologia e mídia
Quem estuda linguística ou mesmo só etimologia, sabe que
há uma grande diferença entre o significado de um
substantivo e de um adjetivo. Substantivo designa um
ser. Já o adjetivo dá apenas uma qualidade ao ser
propriamente dito. O que importa mais é, pois, o
substantivo. O adjetivo lhe dá somente uma ideia
secundária, por exemplo, de medida, de cor, porém, o
substantivo, quando se trata de um ser vivo, ele designa
a sua espécie. Exemplos: a espécie humana e a espécie
bovina. São espécies diferentes.
Quando eu era escolar do antigo primário, entre os meus
sete e doze anos, em Lafaiete (MG), quase todos os
alunos tinham apelidos. E era dito que a gente, não se
incomodando com o apelido, ele não ia em frente. E a
maioria não se incomodava mesmo com os apelidos, que
acabavam realmente desaparecendo, salvo raras exceções.
Por que será que muitos se incomodam hoje tanto com
apelidos nas escolas? Seria por exagero da mídia nas
suas abordagens sobre eles? Foi até criado o nome de
bullying para eles! E até parece que, nisso, em vez de
evoluirmos, andamos para trás, criando um mal que,
antes, não existia!
E, quanto ao racismo, mais frequente entre os jogadores
de futebol, criou-se uma grande confusão. E seria também
por culpa da mídia?
No Brasil, o racismo é, geralmente, fruto de um
desentendimento momentâneo, sem ódio premeditado. Nos
Estados Unidos, ele é frequentemente com ódio, pois
ainda recebe influência da Guerra Civil Americana de
Secessão. E tanto o do Brasil como o dos Estados Unidos
são também envenenados pela mídia, e, às vezes, por
questões ideológicas. O Presidente Trump dos Estados
Unidos perdeu a sua reeleição, em parte, por causa das
manifestações contra o racismo e a direita. E alguns
veículos da mídia brasileira parecem que querem fazer,
também do racismo brasileiro, que, como vimos, é muito
diferente do americano, um meio político ideológico para
prejudicar o Presidente do Brasil.
Dissemos que o substantivo é diferente do adjetivo. Com
isso, queremos dizer que todas as pessoas negras,
brancas e amarelas etc. pertencem ao substantivo que
designa a ‘espécie humana’. Todas as pessoas têm, pois,
qualquer que seja a sua raça ou cor, a certeza absoluta
de que são seres da ‘espécie humana’ e de que a sua cor
é apenas uma questão secundária, adjetiva, que não as
descaracteriza como seres humanos da nossa espécie.
Então, se alguém nos chama de branquelo, negrão ou
amarelão, por que nós nos preocuparmos tanto com esses
adjetivos? Por acaso, quando somos criticados ou
xingados com o uso deles, nós deixamos de pertencer ao
substantivo da nossa superior ‘espécie humana’?
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