Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

Chico Xavier despediu-se do Padre Sebastião Scarzelli mais uma vez depois que foi embora de Pedro Leopoldo. Logo após os primeiros contatos com o Espiritismo, voltou à igreja de Pedro Leopoldo, para dar-lhe notícias de sua nova situação. Só podia vê-lo, nesse dia, no confessionário. Para lá se dirigiu. Ajoelhou-se, como sempre fazia, e contou-lhe tudo o que se passara, a cura de sua irmã, sua emoção ao conhecer as ideias espíritas, os livros de Allan Kardec que estava lendo, as melhoras de seu estado íntimo…

O padre não o condenou, disse apenas que não lera até aquela ocasião qualquer obra do Espiritismo e por isso nada podia dizer… Disse-lhe que a Igreja não aprovava o Espiritismo e que era muito jovem para assumir compromissos e tomar decisões.

Chico respondeu-lhe que, apesar de respeitá-lo muito, ia estudar o Espiritismo e dedicar-se à mediunidade. Ele permaneceu calado. Então, disse ao padre que não queria separar-se dele, que fora sempre tão bondoso para ele, deixando-o contrariado. Pediu que lhe desse a mão, ele estendeu a mão direita. Depois de beijá-la, pediu que o abençoasse. Ele, então, lhe disse: “Seja feliz, meu filho. Eu rogarei à nossa Mãe Santíssima para que te abençoe e te proteja…” Chico se levantou e saiu, mas sabendo que havia tomado a decisão de praticar a mediunidade. Quando chegou à porta de saída, voltou para vê-lo ainda uma vez e notou que ele, mesmo de longe, o acompanhava com o olhar e lhe sorria.

 

Do livro No Mundo de Chico Xavier, de Elias Barbosa.


 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita