Chico Xavier não é apenas o médium, o meio para a
comunicação dos Benfeitores Espirituais, mas, também, o
zeloso guardião desse tesouro espiritual, atento e
vigilante em todos os instantes, para que a obra não
seja atingida. O mandato mediúnico e, no caso de Chico
Xavier, o mediunato, é muito mais abrangente do que se
poderia supor. O mediunato confere ao médium a
responsabilidade de ser copartícipe de toda uma
planificação do Mundo Maior. Ele não será somente o
instrumento, mas parte integrante de um programa que a
Espiritualidade Superior traçou, portanto plenamente
identificado com os objetivos a serem alcançados e pelos
quais labora de comum acordo e sintonia com os que, na
esfera espiritual, também sejam partes dessa
programação. O médium torna-se o representante dos
Espíritos Benfeitores no plano terrestre. Assim, desde o
instante em que os ensinamentos vertem do Mais Alto e
pelos canais mediúnicos se expressem nas dimensões
terrenas, ele — o médium — torna-se-lhe o guardião, o
depositário, que terá, a partir desse momento, de cuidar
para que a obra projetada tenha o curso esperado. Para
que isto se dê, evidentemente, outros companheiros são
convocados à colaboração entre os encarnados, cada um
deles com tarefas definidas e que somarão seus esforços
para que o programa seja executado. Assim sendo, Wantuil
de Freitas chega na hora certa à presidência da Casa de
Ismael. O trabalho mediúnico de Chico Xavier se
ampliava. A partir daquela data, livros e mais livros
sairiam de suas mãos abençoadas, transmitidos pelos
Espíritos de Luz, para que a missão do Consolador
Prometido por Jesus se estendesse e, sobretudo, se
tornasse mais acessível a todas as criaturas.
Do livro Testemunhos de Chico Xavier, de Suely Caldas
Schubert.
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