De: Lucrecia Calixto Bezerra Guimaraes (Guarani, MG)
Quarta-feira, 17 de março de 2021 às 12:41
Assunto: Gestação sem alma (O Livro dos Espíritos, questão 356)
Caro amigo, boa tarde.
Estamos estudando aqui através de lives - pela internet - sistematicamente às seg., ter., sábados. No sábado passado, ao estudarmos a questão 356 do Livro dos Espíritos surgiram algumas dúvidas.
O Maurício incentivou-nos a buscar outras fontes para esclarecermos o assunto.
Então, se puder ajudar, agradecemos sua colaboração...
1) como pode ser gerado um corpo sem o modelo organizador biológico? Já que não há espírito destinado para a reencarnação...
2) O Espírito pode gerar o corpo através do seu perispírito mesmo não tendo a permissão de reencarnar?
3) Pode a mãe, através do seu perispírito, organizar o corpo do feto em seu útero mesmo sem a programação reencarnatória?
Essas foram as dúvidas, entre outras, que surgiram para nós durante o estudo...
Um abraço fraterno,
Obrigada!
Lucrecia
Resposta do Editor:
As dúvidas apresentadas pela leitora já foram tratadas nesta revista, na edição 164. Para acessar a resposta dada na ocasião, clique aqui
Como foi dito naquela oportunidade, André Luiz tratou do assunto em seu livro Evolução em Dois Mundos, 2ª parte, cap. XIII, no qual nos transmite as informações abaixo:
1. Em todos os casos em que há formação fetal, sem que haja a presença de entidade reencarnante, o fenômeno obedece aos moldes mentais maternos.
2. Dentre as ocorrências dessa espécie há, por exemplo, aquelas em que a mulher, em provação de reajuste do centro genésico, nutre habitualmente o vivo desejo de ser mãe.
3. Ela impregna as células reprodutivas com elevada percentagem de atração magnética, pela qual consegue formar, com o auxílio da célula espermática, um embrião frustrado que se desenvolve, embora inutilmente, na medida da intensidade do pensamento maternal.
4. Seu pensamento opera por meio de impactos sucessivos condicionando as células do aparelho reprodutor, que lhe respondem aos apelos segundo os princípios de automatismo e reflexão. |
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De: Ruy Ermelindo Nogueira Barbosa (São Paulo, SP)
Terça-feira, 16 de março de 2021 às 09:11:41
Assunto: O Espiritismo responde
Prezados confrades:
Sabemos que o Espírito faltoso não retrograda. Poderá, sim, permanecer estacionário, enquanto persistir no erro.
Minha pergunta: Nos mundos regeneradores, se um cidadão que lá chegou em razão de suas virtudes, mas que passa a cometer erros, poderá ser enviado novamente para mundos de "expiação e provas"?
Fraternalmente.
Ruy
Resposta do Editor:
Para esclarecimentos de nossos leitores, é bom reproduzir o que está dito no item 4 do cap. III d´O Evangelho segundo o Espiritismo, a respeito da classificação dos mundos conforme os ensinos espíritas:
“4. Nos mundos intermédios, misturam-se o bem e o mal, predominando um ou outro, segundo o grau de adiantamento da maioria dos que os habitam. Embora se não possa fazer, dos diversos mundos, uma classificação absoluta, pode-se contudo, em virtude do estado em que se acham e da destinação que trazem, tomando por base os matizes mais salientes, dividi-los, de modo geral, como segue: mundos primitivos, destinados às primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e provas, onde domina o mal; mundos de regeneração, nos quais as almas que ainda têm o que expiar haurem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal; mundos celestes ou divinos, habitações de Espíritos depurados, onde exclusivamente reina o bem. A Terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão por que aí vive o homem a braços com tantas misérias.”
Com respeito aos mundos de regeneração, lemos no item 18 do mesmo capítulo acima mencionado:
“18. Mas, ah! nesses mundos, ainda falível é o homem e o Espírito do mal não há perdido completamente o seu império. Não avançar é recuar, e, se o homem não se houver firmado bastante na senda do bem, pode recair nos mundos de expiação, onde, então, novas e mais terríveis provas o aguardam.”
Em face do exposto, a resposta à pergunta do leitor é afirmativa: se o indivíduo voltar a cometer erros, poderá, sim, reencarnar em um mundo de provas e expiações. |
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De: Luís Carlos Freitas Queiroz (Rio de Janeiro, RJ)
Segunda-feira, 15 de março de 2021 às 21:22:59
Assunto: Cartas – edição 712
Fico muito feliz e agradecido pela resposta sincera. Prometo não perturbá-los mais. Deixo com vocês minhas dúvidas cruéis, a grande guerra que batalho comigo, sem uma resposta concreta e racional:
1a. Se o Dr. Waldo Vieira estivesse mesmo fascinado por sua criação, acho que seria bem louvável que os Amparadores o esclarecessem quanto ao perigo e não ser coniventes no sentido de ajudá-lo no seu intento.
2a. Reza a Doutrina Espírita que só há um Deus, Criador Incriado. Depois de passarmos por tantos Deuses será que algum espírito por mais evoluído que seja pode garantir com absoluta segurança que não há outros Deuses? Já temos tantos universos e dimensões. Por que não? A questão crucial maior sem dúvida é de que maneira ELE se fez... Bem não se fez é claro, como surgiu.
3a. Não aguento mais as pessoas dizerem que a vida no planeta Marte é espiritual ou subcrostal. Ramatis afirmou que a vida que lá existe é de carne e osso, embora a NASA já nos provou com fatos e dados o equívoco. E aí vão surgindo nas pessoas a descrença, a indiferença e principalmente a perda da Fé.
Um abraço em todos e muito obrigado.
Luís Carlos
Resposta do Editor:
Sinteticamente, considerando as dúvidas apresentadas pelo leitor, podemos dizer, com base na doutrina espírita:
1º - Nos processos obsessivos os protetores espirituais procuram ajudar de todas as formas a pessoa influenciada, mas sua libertação depende dela, de modo que existe um entendimento entre os autores espíritas sérios de que no tratamento da obsessão (e a fascinação é uma de suas formas) o melhor médico é a própria pessoa. Se ela não quiser libertar-se, isto é, se não fizer sua parte no processo, dificilmente se libertará.
2º - Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. A doutrina espírita é monoteísta e não temos nenhum motivo para acolher as doutrinas politeístas, que nos parecem totalmente superadas.
3º - A existência ou não de vida humana em Marte ou em outros planetas é assunto pertinente à ciência, e não à religião ou à filosofia. Qualquer notícia de origem espiritual sobre o tema pode ser ou não verdade. Por isso, em assuntos assim é preciso sempre aguardar a confirmação baseada nos fatos. |
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De: Madalena P. Duarte (Blumenau, SC)
Sexta-feira, 12 de março de 2021 às 15:40:29
Caro irmão, Paz e Bem!
Peço sua autorização para uso do texto "Evolução do Princípio Espiritual dos Animais", em livro que estou elaborando na condição de organizadora, tendo como tema principal a assistência espiritual aos irmãos animais na Casa Espírita.
Grata pela atenção.
Fraternalmente,
Madalena P. Duarte
Resposta do Editor:
De nossa parte não existe restrição nenhuma ao aproveitamento dos textos que publicamos. Mas, nesse caso específico, é necessário que seja consultado o autor ou autora do artigo.
Como foram vários os textos sobre o tema publicados na revista, precisamos que a leitora nos informe qual o nome do autor da matéria que pretende utilizar. |
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De: Jornal Mundo Maior (Santa Adélia, SP)
Terça-feira, 16 de março de 2021 às 21:19
Assunto: O ano em que nos descobrimos
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Acesse o site do Jornal Mundo Maior - website mundo maior - e leia mensagens espíritas como esta que adiante transcrevemos:
“O ano de 2020 se foi. Foram nove meses de isolamento social, intercalados por lockdown, toque de recolher, hospitais sem vagas para os infectados com a COVID.
Talvez nossos avós e bisavós tenham experienciado alguma dessas questões, de forma semelhante, na gripe espanhola que manteve o mundo em polvorosa por dezoito meses.
Muitos afirmam que esse ano foi perdido. Não valeu nada. São os pessimistas, aqueles que somente conseguem ver o que é ruim, desastroso, mau.
Os que temos olhos de ver, ouvidos de ouvir, com certeza nos demos conta do quanto crescemos nesses meses. Para sobreviver, tivemos que nos reinventar, criando formas diferentes de vender nosso produto.
Nosso pão caseiro, bolachas, nossas hortaliças passaram a ser ofertadas pelo site que elaboramos. Nosso pequeno negócio precisou se adequar a regras de controle: álcool gel, máscara, circulação contida.
Entrega a domicílio. Inauguramos nosso próprio delivery. Cada um de nós a seu modo, do seu jeito, conquistando clientela.
Os religiosos, com nossos templos de portas cerradas, criamos atendimento on-line para os necessitados da alma. E horários diversificados para a entrega das cestas básicas aos carentes do corpo.
Passamos a utilizar as plataformas digitais que estavam aí, há tanto tempo. Descobrimos os seus grandes benefícios.
Nosso Evangelho no lar, feito portas familiares adentro, se estendeu para o mundo. Convidamos amigos, parentes para participarem, enchendo as janelinhas de uma ou outra plataforma digital. E a dimensão foi se ampliando, amigo enviando a amigo até perdermos a conta de quantos participam dessa nossa atividade.
Nosso estudo em grupo, de trinta a quarenta pessoas, em uma sala, tomou a dimensão de dezenas e mais dezenas de pessoas que aderiram. Aprendemos a nos comunicar pelas janelinhas, a debater ideias, apresentar vídeos, criar maravilhas, ofertar a nossa poesia, o nosso canto.
Avaliemos o quanto crescemos, o quanto fizemos, demonstrando que quando a adversidade se apresenta, acionamos nosso potencial criativo e a superamos.
Superamos a distância, o isolamento, a vontade de abraçar. Aprendemos a sorrir pelos olhos porque a máscara nos cobre o nariz e a boca.
Foi nesse ano de tantas dores, de tantas mortes, de tantas perdas, que aprendemos a olhar para os invisíveis. Para os lixeiros que nunca deixaram de vir fazer a coleta, nos dias e horas precisos. Para tantos atendentes em postos de saúde, enfermeiros, cuidadores. Aprendemos a aplaudir os médicos, dedicados e exitosos. Reconhecemos a importância do trabalho dos garis que limpam as ruas das nossas cidades.
Alguns, mais sensíveis, como uma garota de dez anos, de uma cidade do Tocantins, resolveu fazer algo mais. E preparou para esses invisíveis, de todos os dias, um supercafé da manhã. Um dos agraciados com a gentileza de Cinthya afirmou: Precisamos olhar mais para o próximo. Que continue sempre assim.
Convenhamos: esse ano foi desafiador. Alguns sofremos grandes perdas de amores, de valores amoedados. Mas crescemos. E aqui estamos no novo ano. Podemos afirmar: vencemos. E prosseguiremos.” (Redação do Momento Espírita)
Saudações.
Jornal Mundo Maior |
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De: Salatier Buzetti (Ilha Solteira, SP)
Sábado, 13 de março de 2021 às 22:01:39
Assunto: Cartas – edição 712
Em resposta às minhas dúvidas, o editor iniciou a resposta assim: “A primeira pergunta parte de uma premissa equivocada”, mas não mostrou o equívoco, e ainda, não respondeu o que foi perguntado: Se o elemento material é modificação do FCU, por que esse elemento material sem o FCU estaria em perpétua dispersão?
Eu entendo que o fluido universal desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por ser a matéria demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela, mas a dúvida persiste: seria, talvez, o FCU um campo de forças e quando constituída a matéria, tal matéria ficaria dependente deste campo?
Em relação à segunda pergunta, consta na tradução de Herculano Pires: “É assim que tudo serve, tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, pois ele mesmo começou pelo átomo”. Veja o que está em: A Gênese, XI: item 10 – União do princípio espiritual à matéria: “Como a matéria é, ao mesmo tempo, objeto e instrumento do trabalho, Deus, em vez de unir o Espírito à pedra rígida, criou, para seu uso, corpos organizados, flexíveis, capazes de receber todas as impulsões da sua vontade e de se prestarem a todos os seus movimentos”. A pedra rígida é um agregado de minerais, uma sequência de átomos, portanto, o princípio espiritual iniciou sua trajetória evolutiva bem depois do átomo primitivo, considerando-o como matéria. Em Evolução em dois mundos, cap. 6, Evolução e sexo, item: Genealogia do Espírito, consta: “O princípio inteligente gastou, desde os vírus e as bactérias das primeiras horas do protoplasma da Terra, mais ou menos 15 milhões de séculos, a fim de que pudesse, como ser pensante, embora em fase embrionária da razão, lançar as suas primeiras emissões de pensamento contínuo para os Espaços Cósmicos”. Isto dá ideia de que o início do princípio inteligente se deu no vírus, da época, e bactérias e não no átomo primitivo material. Há também uma dissertação de Mestrado abordando este assunto, onde é relatado: “Assim como a matéria que existe em gradações desconhecidas por nós, o princípio espiritual existe em estágios que vão desde o átomo primitivo até o arcanjo, que também começou pelo átomo (Carvalho, E. V. de. A natureza do ser: visão espírita. Dissertação de mestrado, Paraíba, PB, 2.011, 92p.).
Neste sentido, gostaria que tais observações fossem analisadas e publicadas pelo corpo editorial deste veículo de divulgação para que também outras ideias possam ser manifestas a respeito do assunto.
Salatier Buzetti
Resposta do Editor:
Em sua anterior mensagem, transcrita na edição 712, o leitor escreveu:
“1.) Se o elemento material é modificação do FCU, por que esse elemento material sem o FCU estaria em perpétua dispersão, se ele, o elemento material, é formado pelo próprio FCU? Então, a minha dúvida é: se o elemento material é formado pelo próprio FCU, porque essa matéria não se manteria agregada sem o FCU, se ela é constituída pelo próprio FCU?”
Dissemos, reproduzindo a questão 27 d´O Livro dos Espíritos, que a pergunta partiu de uma premissa equivocada. Por que equivocada? O equívoco do leitor está contido na seguinte afirmação feita por ele: “o elemento material é formado pelo próprio FCU”, o que não corresponde à verdade. Matéria e Espírito são os elementos gerais do Universo. O fluido cósmico universal – que se distingue por propriedades especiais – serve de intermediário entre Matéria e Espírito. E, além de intermediário, é ele o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá, como é dito, com toda a clareza, na questão do L.E. acima referida.
A 2ª pergunta formulada naquela mesma mensagem é esta:
“2.) É assim que tudo serve, tudo se encadeia na natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, pois ele mesmo começou pelo átomo (LE: 540, tradução de Herculano Pires). Pergunto: esse átomo primitivo é princípio material ou princípio espiritual? Se for princípio material, isto quer dizer, que está junto a ele o princípio espiritual, pois o princípio espiritual não tem como origem o princípio material. Mas, esse átomo primitivo pode ser o princípio espiritual, o que vocês acham?”
Em resposta, dissemos que o vocábulo átomo é usado aí como sendo a menor partícula em que a matéria se apresenta, uma ideia própria da época em que a obra foi publicada. É claro que a referência, no caso, é feita à matéria propriamente dita e nenhuma relação tem com o princípio inteligente ou espiritual. Não mencionei naquela oportunidade, porque entendemos que não havia necessidade disso, uma informação citada no artigo A evolução do Espírito no reino mineral, de autoria do dr. Alessandro Viana Vieira de Paula, publicado na edição 236 desta revista - clique aqui para acessar - em que o benfeitor espiritual Camilo, pelas mãos de Raul Teixeira, afirma o que nós dissemos ao prezado leitor. Aqui está o trecho a que nos reportamos:
“Assim sendo, percebemos a exatidão da informação dos benfeitores espirituais quando, na questão nº 540 de ‘O Livro dos Espíritos’, dizem que ‘... É assim que tudo serve, tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, pois ele sempre começa pelo átomo’.
Enfatize-se que o benfeitor espiritual Camilo, na obra ‘Nos Passos da Vida Terrestre’, no capítulo I, através da mediunidade do confrade José Raul Teixeira, além de ratificar a informação de que o princípio espiritual desenvolve-se em contato com as forças do reino mineral, ainda nos esclarece que o átomo primitivo referido na questão acima é o átomo da matéria cósmica primitiva, ainda ignorado pelos estudos humanos.” (negritamos)
Concluindo, deixamos aqui abertas ao público e aos nossos colaboradores as outras questões apresentadas pelo estimado leitor, muitas das quais já foram examinadas nesta revista, embora os autores sérios entendam que as informações idôneas sobre o tema são escassas, mas as especulações, sem nenhuma base em fatos, são inúmeras. |
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