Psicologia transpessoal com
vistas a uma vida feliz
Aquele que santifica as horas com o Cristo
jamais caminhará ao desamparo
“(...) sigamos, pois, as coisas que contribuem
para a paz e para a edificação de uns para com
os outros.” - Paulo.
(Ro., 14:19.)
Falando sobre as
capacidades e limitações da humanidade em
absorver as alcandoradas mensagens da Boa Nova,
Emmanuel, através da luminosa e abendiçoada
mediunidade de Chico Xavier, ensinou: “(...)
não podemos esperar, por enquanto, que o
Evangelho de Jesus obtenha vitória imediata no
espírito dos povos. A influência dele é
manifesta no mundo, em todas as coletividades;
entretanto, em nos referindo às massas humanas,
somos compelidos a verificar que toda
transformação é vagarosa e difícil.
Não acontece o mesmo, porém, na esfera
particular do discípulo. Cada Espírito possui o
seu reino de sentimentos e raciocínios, ações e
reações, possibilidades e tendências,
pensamentos e criações. Nesse plano, o ensino
evangélico pode exteriorizar-se em obras
imediatas. Bastará que o aprendiz se afeiçoe ao
Mestre”.
Joanna de Ângelis
desenha com
prodigalidade o perfil desse discípulo
mencionado por Emmanuel, quando se refere à vida
do Apóstolo dos Gentios: “Paulo, o excelente
apóstolo lúcido e nobre, além de invulgarmente
inspirado, era um profundo conhecedor da alma
humana. Suas epístolas desvelam-no e
apresentam-no como um psicólogo portador de
conhecimentos que, na atualidade, ainda mantêm
seu caráter de terapia preventiva quão curadora
para os mais variados males.
Vivendo em uma época de violência e
agressividade, na qual predominavam o abuso do
poder e o desprestígio da criatura humana, suas
palavras, repassadas de sabedoria, são ricas de
otimismo, estabelecendo regras para a própria
identificação de cada indivíduo, bem como para o
seu amadurecimento psicológico, graças aos quais
se pode autoliberar.
Austero consigo mesmo e doce ante o dever, não
regateava concessões ao erro gerador de
desequilíbrio da mente e do corpo, convidando os
conversos a uma atitude renovada, com real
abandono das paixões e emoções perturbadoras,
que são matrizes dos sofrimentos que
desarmonizam os homens”.
Podemos pinçar
das formosas cartas de Paulo uma enorme
quantidade de normativos que devem constituir o “modus
vivendi” do verdadeiro discípulo do Cristo.
Eis algumas dessas importantes diretrizes de
segurança: “por isso, consolai-vos
reciprocamente e edificai-vos uns aos outros,
como o estais fazendo. Mas vos rogamos, irmãos,
que conheçais bem aqueles que trabalham entre
vós, sobre vós presidem no Senhor e vos
admoestam, e que os prezeis muito em amor por
causa do seu trabalho. Tende paz entre
vós; nós vos
exortamos a que admoesteis os insubordinados,
consoleis os desanimados, suporteis os fracos e
sejais longânimes para com todos. Vede que
ninguém retribua a outrem mal por mal, antes
segui sempre o que é proveitoso entre vós e para
com todos. Alegrai-vos sempre; orai sem cessar;
em tudo dai graças, porque esta é a vontade de
Deus em Cristo-Jesus para convosco. Não
extingais o Espírito; não desprezeis as
profecias, mas ponde tudo à prova. Retende o que
é bom; abstende-vos de toda a forma do mal. O
mesmo Deus de paz vos santifique em tudo, e o
vosso Espírito, Alma e corpo sejam conservados
completos, irrepreensíveis para a vinda de Nosso
Senhor Jesus Cristo. Fiel é aquele que vos chama
e ele também o é. Irmãos, orai por nós. Saudai
a todos os irmãos com ósculo santo”.
Atentemos, agora, no comentário de Joanna de
Ângelis2 acerca dessas diretrizes:
“(...) todos estes ensinamentos estão centrados
nos mais avançados códigos de saúde mental e de
equilíbrio moral. Mediante uma análise correta,
chega-se à conclusão de que muitos conceitos
hodiernos, em favor do inter-relacionamento
pessoal sadio, parecem retirados do texto em
referência, como de outros da sua pluma de ouro.
Havendo sido vítima do próprio, como do ódio
alheio, compreendeu a excelência do amor e
aplicou as técnicas para cultivá-lo no coração.
Desprezado, inúmeras vezes, fortaleceu o ânimo
na oração e na irrestrita confiança em Deus, que
jamais desampara aqueles que O buscam. Médium de
invulgares faculdades recomendou respeito ao
Espírito e, identificando os elementos que
constituem o homem – Espírito, Alma e corpo – ou
em termos atuais: Espírito, perispírito e
matéria, propôs o equilíbrio moral como recurso
terapêutico para a saúde total e a construção do
templo eterno, no íntimo, no qual o Senhor Jesus
habitará sublimando os sentimentos e as
realizações do indivíduo”.
Na obra acima mencionada, finaliza Emmanuel:
“(...) Se és discípulo do Senhor, aproveita a
oportunidade na construção do bem. Semeando a
paz, colherás harmonia; santificando as horas
com o Cristo, jamais conhecerás o desamparo”.