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por Cláudio Bueno da Silva

 

Irmãos e amigos lutando comigo


Acompanhando mais esta crise moral, dentre tantas que já se abateram sobre o mundo, sentimos forte impacto. Não se trata apenas de uma nova pandemia que veio com força, mas da explosão amplificada de comportamento doentio de grupos e populações. É como se os porões escuros dos indivíduos fossem remexidos, vasculhados, exalando poeira tóxica, mau cheiro, contaminação.

A influência deletéria desse fenômeno global é tão perturbadora que temos a impressão de que imensas barreiras à nossa frente nos impedem não só de continuar caminhando, mas também de decidir sobre o que realmente queremos e o que é melhor para nós. Nos sentimos miúdos e impotentes, pois parece que os seres loucos, cruéis, brutalizados ganham sempre, mandam e comandam impunemente. As decisões tomadas pelos que dirigem o mundo vêm sempre de cima para baixo, dos grandes sobre os pequenos, dos dominadores ambiciosos sobre as massas que ignoram a força que têm.

Sabemos que “eles” não querem compreender que a vida tem uma alta finalidade.

Particularmente, torço para que o tal “expurgo” de que falam os espíritas e tantos filiados de outras doutrinas esteja em andamento. Essa teoria diz que os homens maus por opção não mais renascerão na Terra, facilitando a vida dos que querem realmente melhorar as condições por aqui.

Meu pensamento não é de impiedade. Não desconheço que devemos uns aos outros o sentimento de compreensão e fraternidade. Mas é que avaliando-se os métodos e estratégias de atuação dos maus na Terra, desde sempre, não dá para crer que só o mecanismo das encarnações continuadas vá resolver o problema desses espíritos. Principalmente quando se sabe que a escolha do caminho é agora, o tempo chegou.

A Terra e a humanidade inteira correm hoje sério risco. Talvez até de extinção. Ah, mas Deus não permitirá isso! – dirão os crédulos, com os pés nas nuvens. Bem possivelmente não permitirá. A questão é que o problema é do homem, ele é que tem que resolver suas mazelas. Deus não interfere, senão através das Suas leis, e estas funcionam sempre a favor do equilíbrio. Aqueles que não conseguirem dar um sentido adequado às suas vidas, terão que sair daqui e deixar de obstruir quem queira avançar, progredir, criar luz própria.

De minha parte, continuarei defendendo com empenho os princípios de amor e justiça que a doutrina espírita esclarece. E fico bem feliz ao ver muitos, muitos irmãos e amigos pensando como eu e lutando comigo por um mundo mais saudável para se viver. Já compreendemos o nosso dever moral de transformação de nós mesmos. Pretendemos continuar por aqui, humildemente, lutando por dias cada vez melhores, se possível longe, bem longe dos seres que não podem mais continuar entre nós sem que nos prejudiquem seriamente. Quem serão estes? Não temos acesso à lista, que está nas mãos de Deus.


 
 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita