Dever e reencarnação
João vai nascer... Mas nas culpas
Que lhe amargam na lembrança,
Roga um problema nervoso
Que lhe guarde a temperança.
Prejudicou tanta gente
O construtor João Teixeira...
Vive agora noutro corpo
Servindo numa pedreira.
Liberando-se da intriga,
Temendo queda outra vez,
Téo espera regressar
Na provação da surdez.
Quem despreza a lei do bem
Não foge ao próprio dever,
Torna apenas mais difícil
O que se tem a fazer.
Renasceu Téo que vivia
De tomar a terra alheia...
Tem agora o ganha-pão,
Suando a pá de areia.
Leonel vendendo tecidos,
Morreu de tanta ambição...
Encontrei-o reencarnado
Na lavoura de algodão.
Do livro Coisas deste Mundo, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.