Joias da poesia
contemporânea

Autor: Cornélio Pires

 

Dever e reencarnação

 

João vai nascer... Mas nas culpas

Que lhe amargam na lembrança,

Roga um problema nervoso

Que lhe guarde a temperança.

 

Prejudicou tanta gente

O construtor João Teixeira...

Vive agora noutro corpo

Servindo numa pedreira.

 

Liberando-se da intriga,

Temendo queda outra vez,

Téo espera regressar

Na provação da surdez.

 

Quem despreza a lei do bem

Não foge ao próprio dever,

Torna apenas mais difícil

O que se tem a fazer.

 

Renasceu Téo que vivia

De tomar a terra alheia...

Tem agora o ganha-pão,

Suando a pá de areia.

 

Leonel vendendo tecidos,

Morreu de tanta ambição...

Encontrei-o reencarnado

Na lavoura de algodão.

 

Do livro Coisas deste Mundo, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita