Chico Xavier devia carregar suas cruzes sem resmungos,
como um dublê de Jesus. Seu olho às vezes sangrava.
Durante uma das crises, ele ficou dois dias em casa
deitado. Era o fim de uma semana. Contudo, teve o
repouso interrompido pela aparição de Emmanuel, que lhe
perguntou:
- Por que você está aí parado?
- O senhor não vê que meu olho está doente?
- E o que o outro está fazendo? Ter dois olhos é um luxo.
Em pouco tempo, Chico definiria a "enfermidade" como a "melhor
enfermeira", agradeceria a Deus por suas dores e abençoaria o
sofrimento como forma de evolução, uma maneira de resgatar
dívidas de encarnações anteriores e de compensar escorregões da
temporada atual.
Do livro As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior.
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