Perdão: remédio santo
“Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem...” –
Jesus. (Lucas, 23:34.)
Toda vez que a moléstia te ameaça, recorres
necessariamente aos remédios que te liberem da
apreensão.
Agentes calmantes para a dor... Sedativos para a
ansiedade...
Em suma, à face de qualquer embaraço físico, procuras
reabilitar as funções do órgão lesado.
Lembra-te de semelhante impositivo e recorda que há
pensamentos enfermiços de queixa e mágoa, de prevenção e
antipatia, a te solicitarem adequada medicação para que
se te restaure o equilíbrio. E se nas doenças vulgares
reclamas despreocupação, em favor da cura, é natural que
nos achaques do espírito necessites de esquecimento para
que se te refaçam as forças.
O perdão é, pois, remédio santo para a euforia da mente
na luta cotidiana. Tanto quanto não deves conservar
detritos e infecções no vaso orgânico, não mantenhas
aversão e rancor na própria alma.
Perdoa a quantos te aborreçam, perdoa a quantos te
firam.
Perdoa agora, hoje e amanhã, incondicionalmente.
Recorda que todas as criaturas trazem consigo as
imperfeições e fraquezas que lhes são peculiares, tanto
quanto, ainda desajustados, trazemos também as nossas.
É por isso que Jesus, o Emissário Divino, crucificado
pela perseguição gratuita, rogou a Deus, ante os
próprios algozes: – “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o
que fazem...”
E, deixando os ofensores nas inibições próprias a cada
um, sustentou em si a luz do amor que dissolve toda
sombra, induzindo-nos à conquista da luz eterna.
Do livro Palavras de Vida Eterna, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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