De: Jornal Mundo Maior (Santa Adélia, SP)
Terça-feira, 25 de maio de 2021 às 21:38
Assunto: Consolando sempre
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“Vivemos na Terra dias de graves dificuldades, especialmente agravadas pela pandemia que se abateu sobre o planeta, desde o primeiro semestre de 2020.
Mudanças de toda ordem aconteceram.
Pessoas adoeceram. Pessoas morreram.
Pessoas em luto choram a partida de seus entes queridos.
Pessoas conseguiram driblar o vírus cruel, mas sobrevivem com sequelas, que lhes atormentam as horas.
Pessoas perderam seus empregos e não encontram solução para os problemas que se avolumam.
São dias de muita dor para as almas, que se encontram sobre a Terra, nesta conjuntura histórica. Mas, ao mesmo tempo, há muitas pessoas fazendo o bem e procurando levar consolo àqueles que sofrem.
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O vocábulo consolo tem sua origem na língua latina, da junção de duas palavras: com, que significa junto, e solari, que significa suavizar, e também deriva da ideia de solo, chão. Isso quer dizer que consolar é buscar amenizar a dor do outro ou, dar-lhe um chão.
É comum, na linguagem popular, quando alguém recebe uma notícia impactante, dizermos que a pessoa está sem chão. Consolar é oferecer esse chão. Levar aos nossos irmãos uma base sólida construída a partir dos ensinos cristãos. Pavimentar esse solo com os valores da bondade, da esperança e do amor. É levar o acolhimento àquele que sofre, com palavras, ideias, sentimentos. Com a nossa presença, mesmo que seja virtualmente.
A situação pandêmica que vivemos não nos permite, muitas vezes, estarmos fisicamente presentes com aqueles que queremos ajudar, aqueles pelos quais nutrimos afeição. Mas, podemos estar juntos de forma virtual, graças aos abençoados meios tecnológicos.
Jesus, nosso Modelo e Guia, consolou muitas pessoas enquanto esteve entre nós. Acalentou aqueles que sofriam dores morais. Levou alívio àqueles que padeciam ante doenças físicas. Através de suas palavras, semeou esperança e reconforto a muitos desalentados. Acolheu, com Seu olhar e com Seus braços, os que se encontravam caídos.
Foi Ele quem nos legou o ensino precioso: Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados. E nos acenou com seu acolhimento amoroso: Vinde a mim, vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei.
É a promessa de que todos seremos consolados.
Consolar não é tirar a dor que o outro está sentindo. Consolar é buscar o entendimento das razões do sofrimento. É partilhar da fé no amor de Deus. É possibilitar a compreensão sobre a vida futura. É propiciar o saber de que as Leis Divinas são perfeitas.
Consolar é semear o chão do outro com estímulos para a resignação, a fé, a calma e a coragem. É possibilitar a certeza de que tudo passa, nesta vida. Nada é para sempre.
Todos podemos nos tornar esses consoladores que transmitem a renovação do bom ânimo. Todos temos o poder de pronunciar a palavra que conforta, anima, a quem já está quase desistindo da vida.
Pensemos nisso e não deixemos de oferecer consolo, hoje, agora, enquanto a necessidade se faz presente.” (Redação do Momento Espírita.)
Direção do Jornal Mundo Maior