Quem mais gostaria de ver seu
filho curado do que a própria mãe?
Marmande é uma pequena cidade no interior da
França, com pouco menos de 20 mil habitantes e
que está localizada a aproximadamente 700 Km de
Paris. Nesta pequena cidade francesa, no século
19, vivia um homem chamado Dombre, e que dirigia
o Grupo Curador de Marmande.
O Sr. Dombre gozava da amizade de Allan Kardec
que, aliás, o estimava muito, fazendo, sempre
que possível, diversas referências positivas
acerca das qualidades morais do Sr. Dombre que,
mesmo diante das saraivadas de críticas
recebidas em virtude da prática espírita, não
esmorecia, ao contrário, prosseguia firme em seu
trabalho de divulgação da doutrina dos Espíritos
e das já famosas curas obtidas pelo grupo por
ele – Sr. Dombre – coordenado.
O Sr. Dombre costumava escrever para a Revista
Espírita e narrar os sucessos obtidos pela
técnica aplicada pelo Grupo Curador de Marmande,
que consistia, basicamente, na aplicação de
passes por meio de parentes. Como diz o próprio
Sr. Dombre, uma mãe, um irmão, o marido que,
sensibilizados pela doença do ente querido,
impõem a mão sobre o doente e aplicam o passe,
utilizando, sobretudo, a poderosa ferramenta do
amor.
Em junho de 1867, Kardec traz, na Revista
Espírita, mais relatos feitos pelo Sr. Dombre
sobre as curas realizadas em Marmande e cidades
vizinhas, haja vista que, por conta do bom
trabalho, o Sr. Dombre recebia pedidos e mais
pedidos de ajuda daqueles que não mais
encontravam lenitivo na medicina convencional e,
portador da autêntica caridade, inclusive
atestada por Kardec, acudia os aflitos sempre
que solicitado.
O mais interessante é que a técnica de aplicação
de passes pelos entes queridos é encorajada por
Kardec, que chama, textualmente, de ideia nova e
possivelmente promissora, além de grande
propagadora da mediunidade de cura.
O texto da Revista Espírita, como já mencionado,
é de junho de 1867, o que significa dizer que,
menos de dois anos depois, morria Allan Kardec e
encerrava os relatos enviados pelo Sr. Dombre e
a possibilidade de um estudo mais profundo feito
por Kardec no que se refere à “ideia nova” já
mencionada por ele.
Tempos atrás, eu e mais alguns amigos testamos
em algumas situações a técnica apresentada pelo
Sr. Dombre a Kardec e obtivemos relativo
sucesso.
Vale destacar que a técnica aplicada pelo Grupo
de Marmande faz todo sentido quando a colocamos
em conjunto com o estudo de elementos como:
fluidos, pensamento e vontade.
Quem mais gostaria de ver seu filho curado do
que a própria mãe?
Como duvidar que a vontade impressa por um
marido e materializada na imposição de mãos não
possa trazer benefícios orgânicos à esposa
enferma?
Esses passes ministrados pelos entes queridos
são ações que poderiam ser trabalhadas pelas
casas espíritas. Poder-se-ia, aliás, realizar
estudos mais profundos deste tema, com
observação criteriosa, controle das variáveis
implicadas em cada caso e, naturalmente,
produção de resultados que comprovariam ou não a
ideia praticada pelo Grupo de Marmande e
encorajada por Kardec.
É uma ideia a se pensar...