Reencarnação: um ponto e vírgula da vida
“É
semeado um corpo natural e ressuscita um corpo
espiritual.” 1
Coríntios 15:44.
“A ideia da reencarnação é encontrada praticamente em
quase todos os sistemas religiosos do mundo, mesmo entre
as tribos selvagens mais afastadas umas das outras e em
todos os continentes da Terra. Essa disseminação de uma
crença tão uniforme é observada também entre os povos
muito antigos.
(Livro “Você e a reencarnação”, pág. 22, de
Hernani Guimarães.)
No livro “As vidas sucessivas”, pág. 29, de
Albert de Rochas, há referência de Sir Oliver Lodge que
diz em entrevista: “(...) A ideia de existirmos no
passado e de que devemos existir no futuro é tão velha
quanto Platão; não há nada de novo nela. Um poeta disse
que "somos maiores do que pensamos", o que significa que
a totalidade de nosso ser jamais está totalmente
encarnada”.
Considerando que Deus é misericordioso, bom e justo, a
reencarnação não poderia ficar ausente desse amor,
constituindo-se numa dádiva divina para todos nós.
Através de Jesus, ficou evidente que o verdadeiro Deus é
a essência do bem e aquele “deus” das guerras e
vingativo teve seu significado para que, à época de sua
exaltação, viesse a tornar-se temido e não amado, para
que fossem cumpridas as leis em face da rudeza daquele
povo. Jesus transformou aquele conceito com seu
sacrifício trazendo a concepção sobre o Deus que deveria
prevalecer na mente e no coração dos seres humanos,
afastando o “deus" da força e da intolerância.
Nesse contexto deu-se a conhecer o Deus do amor e da
misericórdia infinita que concedeu a reencarnação como
forma corretiva das más atitudes que tomamos em nossas
existências. Por longos períodos, estivemos afastados
das Leis Divinas, transgredindo-as sem avaliar as
consequências. Precisamos refazer os caminhos
equivocados para comungarmos com aquelas Leis que emanam
do amor de Deus. Os frutos que ora colhemos refletem
aquilo que semeamos no pretérito e necessitam ser
reavaliados pela nossa consciência consoante a questão
621 de O Livro dos Espíritos: “Onde está escrita a
Lei de Deus? - Na consciência”.
Como Pai de bondade infinita Ele nos oferece oportunidades para
a devida reparação, afastando-nos da condenação eterna
que não se coaduna com um Deus justo. A Doutrina
dos Espíritos, à luz das observações científicas, aponta
inúmeros casos de reencarnação estudados com muita
responsabilidade, trazendo-nos uma realidade inconteste
e não hipotética pela fé cega não fundamentada. Observemos
os inúmeros trabalhos de terapias de vidas passadas e
outras obras que tratam do assunto como: “Muitas
vidas, muitos mestres”, de Brian Weiss; “Reencarnação
– estudos científicos de casos reais na Europa” e “Vinte
Casos Sugestivos de Reencarnação”, de Yan
Stevenson; “Reencarnação na Bíblia” e “Sobrevivência
e Comunicabilidade”, de Hermínio C. Miranda e muitas
outras que evidenciam a realidade da reencarnação.
Os fatos do dia a dia corroboram essa linha de
raciocínio, a exemplo de crianças de tenra idade que
executam com mestria peças musicais complexas, pinturas
e outras expressões artísticas, além dos destaques no
campo da ciência por inteligências “excepcionais”.
Outrora, tudo isso era considerado fenômeno, genialidade
e talento “dados” por Deus. Mas Deus sendo justo jamais
daria “privilégio” para alguns dos seus filhos. As
oportunidades ocorrem para todos, só que uns aproveitam
e outros desperdiçam. A
reencarnação é uma cobrança da nossa consciência para
que nos depuremos e tenhamos condições de evoluir e
merecer o Reino Celeste.
Esse caminho é irreversível e destina-se para todos nós.
A Justiça de Deus sempre estará presente! “Segundo
afirmou Allan Kardec: “Nascer,
morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a
lei”. Podemos
dizer, ainda: (O desencarne é a porta do
renascimento; as existências, os estágios probatórios.)
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