Joias da poesia
contemporânea

Autor: Marcelo Teixeira

 

Vim para que todos tenham vida

 

Eu vim para que todos tenham vida

Vim para erguer dos escombros a moral combalida

Orientar quem atenta contra a própria vida

Amparar tanta gente desvalida

Perfumar a mão que se estende plena de acolhida.

 

Vim para que o bom trabalho nos estimule na lida

Para que a educação de qualidade seja aprendida e repartida

Para que a saúde do espírito seja para o corpo vertida

Para que a justiça social seja para sempre garantida

E para que o lazer seja momento de alegria incontida

Afinal, eu sou vida!

 

Vim para banir a violência contra Maria da Penha ou Maria Aparecida

Para que a infância seja cada vez mais garrida

Vim para acolher os que se amam de forma pouco compreendida

Para abrir os braços aos que fogem da batalha genocida

Para os da raça preta, branca, amarela ou multicolorida

Não importa! O que importa é que sou vida!

 

Vim para iluminar a consciência ressequida

Para embainhar a espada do que apela à vindita

Para me compadecer do infeliz homicida

Da alma pela corrupção movida

Do déspota, que só faz aumentar a própria ferida.

Eu sei que é difícil. Mas um dia eles também terão vida!

 

Vim para que a água seja tratada como preciosa jazida

Para que os animais em nosso regaço encontrem guarida

Para que o solo seja farto de fruta, de grão, de verde, de comida!

Para que a praça esteja sempre florida.

E finalmente para que a morte transborde vida após nossa partida.

 

Vim porque sou o Cristo

Vim porque sou o caminho

Vim porque sou a verdade

Vim porque sou abundância de vida!


Marcelo Teixeira 
é natural de Petrópolis, cidade serrana do Rio de Janeiro, onde reside



 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita