Vim para que todos tenham vida
Eu vim para que todos tenham vida
Vim para erguer dos escombros a moral combalida
Orientar quem atenta contra a própria vida
Amparar tanta gente desvalida
Perfumar a mão que se estende plena de acolhida.
Vim para que o bom trabalho nos estimule na lida
Para que a educação de qualidade seja aprendida e
repartida
Para que a saúde do espírito seja para o corpo vertida
Para que a justiça social seja para sempre garantida
E para que o lazer seja momento de alegria incontida
Afinal, eu sou vida!
Vim para banir a violência contra Maria da Penha ou
Maria Aparecida
Para que a infância seja cada vez mais garrida
Vim para acolher os que se amam de forma pouco
compreendida
Para abrir os braços aos que fogem da batalha genocida
Para os da raça preta, branca, amarela ou multicolorida
Não importa! O que importa é que sou vida!
Vim para iluminar a consciência ressequida
Para embainhar a espada do que apela à vindita
Para me compadecer do infeliz homicida
Da alma pela corrupção movida
Do déspota, que só faz aumentar a própria ferida.
Eu sei que é difícil. Mas um dia eles também terão vida!
Vim para que a água seja tratada como preciosa jazida
Para que os animais em nosso regaço encontrem guarida
Para que o solo seja farto de fruta, de grão, de verde,
de comida!
Para que a praça esteja sempre florida.
E finalmente para que a morte transborde vida após nossa
partida.
Vim porque sou o Cristo
Vim porque sou o caminho
Vim porque sou a verdade
Vim porque sou abundância de vida!
Marcelo Teixeira é
natural de Petrópolis, cidade serrana do Rio de Janeiro,
onde reside