Cartas

Ano 15 - N° 728 - 4 de Julho de 2021

De: Ricardo Baesso de Oliveira (Juiz de Fora, MG)

Domingo, 27 de junho de 2021 às 10:38:42

Assunto: A hora da morte

Na edição 727 desta revista, quanto à indagação proposta pela leitora Natalia Russo sobre a hora do morte, a resposta do editor contemplou apenas os casos referentes a pessoas adultas. E com relação às crianças? Devemos pensar de forma diferente?

Ricardo


Resposta do Editor
:

Muitos anos depois da edição d´O Livro dos Espíritos, entre 31 de outubro de 1939 e 8 de março de 1940, em Pedro Leopoldo (MG), a questão relativa ao instante da morte foi proposta a Emmanuel, como podemos ler na pergunta 146 de O Consolador, de sua autoria, psicografia de Chico Xavier.

Eis a pergunta e a resposta dada por Emmanuel:

– É fatal o instante da morte?

”Com exceção do suicídio, todos os casos de desencarnação são determinados previamente pelas forças espirituais que orientam a atividade do homem sobre a Terra. Esclarecendo-vos quanto a essa exceção, devemos considerar que, se o homem é escravo das condições externas da sua vida no orbe, é livre no mundo íntimo, razão por que, trazendo no seu mapa de provas a tentação de desertar da vida expiatória e retificadora, contrai um débito penoso aquele que se arruína, desmantelando as próprias energias. A educação e a iluminação do íntimo constituem o amor ao santuário de Deus em nossa alma. Quem as realiza em si, na profundeza da liberdade interior, pode modificar o determinismo das condições materiais de sua existência, alcançando-a para a luz e para o bem. Os que eliminam, contudo, as suas energias próprias, atentam contra a luz divina que palpita em si mesmos. Daí o complexo de suas dívidas dolorosas. E existem ainda os suicídios lentos e gradativos, provocados pela ambição ou pela inércia, pelo abuso ou pela inconsideração, tão perigosos para a vida da alma, quanto os que se observam, de modo espetacular, entre as lutas do mundo. Essa a razão pela qual tantas vezes se batem os instrutores dos encarnados, pela necessidade permanente de oração e de vigilância, a fim de que os seus amigos não fracassem nas tentações.”

O ensino contido em O Livro dos Espíritos, acrescido da informação dada por Emmanuel, ajuda-nos a entender os diversos tipos de mortes que se verificam no mundo, esclarecendo, porém, que no tocante à criança – nesse período em que, segundo os instrutores espirituais, não existe ainda perfeita integração entre o Espírito e a matéria orgânica – podem ocorrer óbitos antes da época inicialmente programada, por ocasião do processo reencarnatório.

Essa informação colhemos no cap. X, págs. 62 a 64, do livro Entre a Terra o Céu, de André Luiz, obra psicografada pelo médium Chico Xavier e publicada em 1954 pela Federação Espírita Brasileira, na qual o Ministro Clarêncio diz que uma criança pode, sim, desencarnar antes da época indicada para a sua libertação. O fato, porém, segundo ele explicou, decorre da ação ou omissão dos responsáveis pela criança.

Eis as palavras com que o Ministro explicou o fato: “Em regra geral, multidões de criaturas cedo se afastam do veículo carnal, atendendo a serviços de socorro e sublimação, mas, em numerosas circunstâncias, a negligência e a irreflexão dos pais são responsáveis pelo fracasso dos filhinhos".

Dando sequência a essa informação, irmã Blandina acrescentou: "Aqui, recebemos muitas solicitações de assistência, a benefício de pequeninos ameaçados de frustração. Temos irmãs que por nutrirem pensamentos infelizes envenenam o leite materno, comprometendo a estabilidade orgânica dos recém-natos; vemos casais que, através de rixas incessantes, projetam raios magnéticos de natureza mortal sobre os filhinhos tenros, arruinando-lhes a saúde, e encontramos mulheres invigilantes que confiam o lar a pessoas ainda animalizadas, que, à cata de satisfações doentias, não se envergonham de ministrar hipnóticos a entezinhos frágeis, que reclamam desvelado carinho... Em algumas ocasiões, conseguimos restabelecer a harmonia, com a recuperação desejável, no entanto, muitas vezes somos constrangidas a assistir ao malogro de nossos melhores propósitos". (Obra e págs. citadas.)

Esperamos que estes esclarecimentos atendam à expectativa dos nossos leitores. 

 

De: Maria Ester Silva Rodrigues Caetano (Rio de Janeiro, RJ)

Sábado, 26 de junho de 2021 às 23:10:03

Assunto: Prece pelos desencarnados.

Devemos rezar pelos desencarnados dentro de casa? Neste caso, não os atraímos para dentro de nossa casa?

Agradeço antecipadamente.

Saúde e paz.

Maria Ester


Resposta do Editor
:

Já respondemos a esse tipo de pergunta inúmeras vezes nesta revista. Reiteramos, portanto, o que dissemos. Orar pelas pessoas enfermas é um ato de caridade e nada há que se possa opor a isso. Essa prática é mesmo comum no chamado Culto do Evangelho no Lar, que, todavia, não deve transformar-se em sessão de atendimento a desencarnados, porque essa tarefa, como sabemos, deve ser realizada no ambiente de uma instituição espírita.

O receio de atrair os desencarnados e se influenciar não se justifica. Lembra Roque Jacintho ("Passe e passista", cap. 19) que a influenciação negativa que disso poderia advir só ocorre quando se estabelece sintonia com a zona inferior, por parte daquele que ora. Se este se encontra equilibrado, não há por que temê-la.

Se a pessoa que ora está bem, nenhuma diferença existe entre orar dentro de casa ou orar em outro local. O importante na oração são o pensamento e o sentimento que a revestem, não o local em que é feita. 

 

De: Mariliz Evangelista da Rosa (Ponta Grossa, PR)

Terça-feira, 29 de junho de 2021 às 14:55:16

Boa tarde, faço parte de um grupo de teatro espírita da casa Obreiros do Evangelho e achei uma historinha num site evangelização, em que estava indicada como fonte a revista de vocês. Gostaria de saber se tem direitos autorais nessa história porque queria fazer um teatrinho e postar no nosso canal do Centro do YouTube. Podemos utilizar esta história para divulgação da doutrina?

Mariliz


Resposta do Editor
:

De nossa parte não existe restrição nenhuma ao aproveitamento dessa e de qualquer outra matéria que ajude, sem interesses comerciais, a divulgação dos ensinamentos espíritas. Assim sendo, fica a leitora autorizada a utilizar a matéria a que se referiu em sua mensagem. 

 

De: Aécio Emmanuel César (Sete Lagoas, MG)

Quarta-feira, 30 de junho de 2021 às 00:25

Assunto: O caso Lázaro

Crimes... Flagelos esses, de uma humanidade – vítima ou vilã – em que não se lhe aplacam tão somente enquanto viva na Terra. O Além se nos apresentará sobre mesmo prisma à medida em que alimentarmos nossos sentimentos com a sintonia com o mal. Já parou para refletir que o crime não compensa? Digo não apenas aquele crime em que venha tirar vidas diretamente, aquele que dá ibope nas redes sociais, mas também aqueles outros – na surdina – em que o ódio em suas várias máscaras tornam, momentaneamente, muitas pessoas em lobos em peles de cordeiros.
Um exemplo por demais catastrófico o foi com o rebelde Lázaro. Com certeza esse espírito lutava consigo mesmo para arrefecer as correntes do mal que, em viva-voz, hoje, veio inspecionar seu mundo íntimo obscuro de vidas passadas, ou não. Temos nosso livre-arbítrio. Livre? Os pais dele, de certa forma, talvez apegassem às preces salutares, mas pecaram, contudo na educação espiritual que muitas vezes os pais, hoje em dia em sua maioria, são isentos. A cultura da sociedade dos tempos atuais não aceita tal barbárie, mas cala-se diante de tantos absurdos que a sã consciência teria vergonha de os praticarem. Enfim... estamos sendo manipulados? Difícil inspecionar, não somente esse criminoso expresso nas redes televisivas, mas convenhamos que, a sociedade em si, não fica longe de atos tão inverossímeis quanto os dele. Devo esclarecer aqui antes que me joguem calhaus de incompreensão, que não estou do lado nem do bandido e muito menos dessa sociedade medíocre e hipócrita que grassa no país malfadada em contextos de cidadania e de democracia que a olhos de ver não existem. Vivem de pura aparência. Até quando? O que seria vida digna, proba de bons princípios numa pátria que não se digne seu povo, da sua bandeira – Ordem e Progresso? Estamos longe, sim, de um contexto de vivência e convivência exemplar uns com os outros. Matanças várias e diárias se nos prendem ao medo, à ansiedade, à violência, ao descrédito em todos os seus graus de insubordinação às Leis de Deus. Se bem que, se não procuramos nos enquadrar na Constituição vigente do nosso país, o que dirá das Leis Morais, não é mesmo? E por isso, hajam choros e ranger de dentes...
A procura desse fugitivo pela justiça terrena despendeu horas e dias de policiais de todos os setores de segurança do país. Até mesmo ventilou o apelo para as Forças Armadas no sentido de facilitar na procura desse criminoso em série. Reconheço nada mais que justo.
Mas fico aqui pensando com meus botões: Por que todo esse aparato de centenas de homens para prender um meliante, e não se movimentou até então com o mesmo diapasão de altruísmo, com essa mesma garra de guerreiros, à procura e prisão dos milhares de malfeitores que se encontram, não em um local determinado, mas espalhado por todo o território brasileiro?
O Brasil precisa de homens como soe vimos em alguns dias na procura e morte de Lázaro, unidos numa corrente coesa contra um malfeitor. E quantos aqueles outros que vem grassando corações sofredores, que não desejam – de forma alguma – a Prosperidade, a Ordem e nem o Progresso do país onde vivem? Ficaremos mais uma vez a ver navios?
Quem nos dera se todas as redes sociais proclamassem a uma só voz a verdadeira Justiça nos seus dedos sem controle nos teclados de computadores, tablets e celulares de que as Forças Militares junto com o povo estarão se reunindo para banir do país os Lázaros de colarinho branco que estão deixando matar dia a dia pessoas inocentes que infelizmente irão fazer parte tão somente das estatísticas!
Daí a pergunta que não quer calar: Onde o Presidente, o Congresso, o Senado diante de tantas mortes em peso no Brasil que, em momento algum, não lhes sensibilizam de forma tal, tanto quanto vieram a se importarem diretamente à procura, à captura e morte de um degenerado?  Quem seria quem nessa história, meu Deus?

Atirem, pois, a primeira pedra.

Aécio César

 

De: Sérgio Bernardi (Mirassol, SP)

Quarta-feira, 30 de junho de 2021 às 11:35

Assunto: Informativo do IEEAK - Instituto de Estudos Espíritas "Allan Kardec"

Irmãos, irmãs da lide espírita...

Anexo, nosso Informativo Espírita Mensal, referente a JULHO/21, com assuntos garimpados na literatura espírita, que poderão levar-nos à reflexão diante do nosso dia a dia.

Abraços Fraternos,

Sérgio Bernardi 

 

De: Jornal Mundo Maior (Santa Adélia, SP)

Terça-feira, 29 de junho de 2021 às 19:30

Assunto: Projeto para hoje.

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Acesse o site do Jornal Mundo Maior - website mundo maior - e leia mensagens espíritas como esta que adiante transcrevemos:

“Hoje é o dia especialmente criado por Deus para a realização de um sonho. O seu sonho. Afinal, que ideias você anda guardando secretamente?

Qual o projeto ao qual você tem, nos últimos tempos, dedicado mais horas dos seus pensamentos?

Pois hoje é o dia de, pelo menos, dar início às obras. Este dia está para você, hoje, como esteve uma manhã para Beethoven, quando acordou com as notas básicas da Quinta Sinfonia na cabeça.

Apesar de já se dedicar ao seu talento, ele certamente não imaginava que mais de duzentos anos depois, quase todos os habitantes do planeta, mesmo crianças, conheceriam aquelas poucas notas que iriam se repetir durante toda a sua sinfonia.

O dia de hoje está para você exatamente como esteve para Chopin, na tarde em que, escutando o tamborilar de uma goteira na sacada de sua casa, correu ao piano e compôs uma valsa.

É um dia com todas as horas semelhantes àquelas que levaram Michelangelo a esboçar o projeto de pintura da Capela Sistina, em Roma. Projeto que levaria quatro anos para ficar pronto.

Projeto que lhe valeu quase a perda da visão e o deixou doente, pelas condições precárias de trabalho, tanto quanto pela posição incômoda que a pintura da abóbada exigia.

Pense que todos os gênios e pessoas importantes da História da Humanidade tiveram o mesmo tempo que você tem para colocar suas ideias em prática.

Mesmo grandes pessoas de sucesso, que não estão nos livros de História da Humanidade, vêm fazendo as coisas com o mesmo número de horas disponíveis que você tem.

Naturalmente, cada pessoa vive dentro de uma circunstância. Mas, a partir de sua realidade, o que você vai fazer, hoje, para realizar o seu projeto pessoal?

Ele pode ser grandioso e ser dirigido para muitas pessoas. Ele pode ser especial e ser dedicado a alguém em particular ou até a você mesmo.

O seu projeto pode ser ter a coragem de apanhar o celular e digitar o número daquele amigo com o qual você se desentendeu e pedir-lhe desculpas.

O seu projeto pode ser reatar um namoro, retornar para o lar, que você acabou de descobrir ser um ninho de aconchego.

O seu projeto pode ser se matricular no curso de culinária, jardinagem ou de pós-graduação, de mestrado ou doutorado.

O seu projeto pode ser uma viagem para o Oriente ou a velha Europa, ou simplesmente até a casa de sua mãe, para lhe dizer, sorrindo:  Oi, como vai a velhinha mais amada do meu coração?

*   *   *

Está no ar um novo dia. Programe já o que você vai fazer. O tempo está a seu favor.

Use bem a sua inteligência, o seu talento, a sua força de vontade, a sua emoção.

Este será um dia para você subir um degrau a mais na escada do progresso. Exatamente hoje, você pode criar as condições para chegar lá.

Por isso, escolha bem os seus pensamentos. Não perca tempo com o que lhe traz aborrecimentos. Não perca tempo com maus pressentimentos.

Entregue-se a Deus. Confie n'Ele, na sua capacidade, e vá em frente.” (Redação do Momento Espírita.)

Direção do Jornal Mundo Maior

 


 
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