O verdadeiro sentido do
Cristianismo
Abraçar o Cristianismo é avançar para a vida
melhor
"Eu sou o caminho..." Jesus (Jo., 14:6.)
Enganam-se todos aqueles que acreditam ser o
Cristianismo a "Pedra Filosofal" para
todos os males, ou, uma panaceia para a salvação
das Almas...
Não raras criaturas voltam-se para os templos da
fé ou mesmo para a oração quando o horizonte
existencial se cobre de densas nuvens,
levando-as ao sofrimento.
Em tais ocasiões, postam-se, contritas, joelhos
e cerviz dobrados, aguardando a intervenção
Celeste em regime de total passividade e
inércia... Procuram os templos à guisa de
hospital e utilizam-se da oração "(...) à
maneira de pomada miraculosa, somente
aconselhável à pele, em ocasiões de ferimento
grave". São os cristãos de superfície que
ainda não acrisolaram no imo d’Alma o verdadeiro
sentido do Cristianismo. Assim, quando se
afastam as nuvens tenebrosas, voltando o brilho
do Sol e a serena brisa da tranquilidade,
esquecem-se dos templos e orações, retomando as
viciações e os gozos de superfície na
horizontalidade da matéria, reservando-se a luz
da fé para as ocasiões de sofrimento
irremediável.
Pela mediunidade de Divaldo Franco e segundo o
nobre mentor Marco Prisco, no Cristianismo
podemos manter a posição de crente e consciente:
o crente apenas ouviu notícias a respeito do
Senhor, e, quase sempre deserta à hora do
testemunho; já, o consciente, não menoscaba a
oportunidade de conviver com o Senhor,
silenciando na dor, e edificando o Reino de Deus
na própria Alma, confiando incondicionalmente
até o fim...
Pelas abendiçoadas mãos de Chico Xavier,
Emmanuel desenha o perfil do verdadeiro sentido
do Cristianismo para o nosso entendimento:
"(...) a maioria dos estudantes do
Evangelho parece esquecer que o Senhor Se nos
revelou como sendo o caminho, e não se
compreende estrada sem proveito.
Abraçar o Cristianismo é avançar para a vida
melhor. Aceitar a tutela de Jesus é marchar na
companhia d’Ele, é aprender sempre e servir
diariamente, com renovação incessante para o bem
infinito, porque o trabalho construtivo, em
todos os momentos da vida, é a pomada sublime da
Alma, no rumo do conhecimento e da virtude, da
experiência e da elevação.
Zonas sem estradas que lhes intensifiquem o
serviço e o transporte são regiões de economia
paralítica.
Cristãos que não aproveitam o Caminho do Senhor
para alcançar a legítima prosperidade espiritual
são criaturas voluntariamente condenadas à
estagnação”.
Saibamos, pois, buscar os arraiais da fé, tanto
nos momentos graves quanto nos bonançosos, não
transformando o verdadeiro Cristianismo em
refúgio para as nossas inseguranças, mas estrada
luminosa, roteiro divino para a nossa definitiva
alforria e redenção.
A Doutrina Espírita, que é o Cristianismo
Redivivo, não estimula atitudes de meros adeptos
que apenas escutam e passam, mas acoroçoa quem
pratica e produz ao mesmo tempo que ouve a
mensagem da fé viva.
Por tudo isso, admoesta Marco Prisco1: "(...)
registre nas telas de sua mente a posição em que
você se encontra no campo da fé e, quanto antes,
fixe com seus atos a diretriz para onde segue,
como segue, com quem segue e para quem segue",
não perdendo de vista que o Caminho é Jesus e,
sem Ele, não existe verdadeiro sentido no
Cristianismo que afirmamos integrar.