De: Édio Xavier de Freitas (Rio de Janeiro, RJ)
Domingo, 4 de julho de 2021 às 06:37:42
Como se sente o suicida cremado?
Édio
Resposta do Editor:
Para entendermos a questão proposta pelo leitor, é necessário lembrar que nada existe nas obras Allan Kardec sobre o tema cremação, um fato curioso tendo em vista que a cremação era e continua sendo um procedimento comum em alguns países importantes. Em face disso, as opiniões no meio espírita são divergentes.
Léon Denis, por exemplo, preferia a inumação, em vez da cremação, tendo em vista que a cremação provoca desprendimento mais rápido, mais brusco e violento da entidade desencarnante, além de ser muito dolorosa para as almas apegadas à Terra. Como sabemos, alguns Espíritos permanecem algum tempo imantados ao corpo material após o transe da morte, como acontece principalmente com os suicidas. O rompimento do cordão fluídico nem sempre se consuma num curto espaço de tempo. Nessas condições, o desencarnado é como se fosse um morto-vivo cuja percepção sensória, para sua desventura, continua presente e atuante. A cremação viria causar-lhe um angustiante trauma, o que seria "aumentar a aflição ao aflito".
De forma semelhante pensava Richard Simonetti, que entendia que, embora o cadáver não transmita sensações ao Espírito, este experimentará obviamente "impressões extremamente desagradáveis" se no ato crematório a entidade estiver ainda ligada ao corpo.
Outro autor espírita importante, Paul Bodier, achava que "a incineração, tal como se pratica entre nós, é, com efeito, prematura demais". Talvez, por isso a inumação devesse ser o processo normal, só se cremando os cadáveres com sinais evidentes de putrefação.
Em que pesem esses argumentos, Emmanuel afirmou por intermédio de Chico Xavier que "a cremação é legítima para todos aqueles que a desejam, desde que haja um período de, pelo menos, 72 horas de expectação para a ocorrência em qualquer forno crematório". Ao considerá-la legítima, Emmanuel quer dizer que não se trata de algo que fira as leis naturais, sendo, porém, importante que o falecido haja feito tal escolha e que se observe o prazo mencionado.
Respondendo então objetivamente à questão proposta, podemos dizer que o suicida, caso o Espírito esteja imantado ao corpo, poderá experimentar o desconforto e a aflição a que se referem Léon Denis e Simonetti. |
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De: Ana Paula Ribeiro (Tampa, Flórida, Estados Unidos)
Sábado, 3 de julho de 2021 às 14:13:07
Em um artigo publicado nesta revista o autor diz: "O termo mônada não aparece nas obras da codificação da doutrina espírita."
Para efeito de esclarecimento, somente na obra "O Céu e o Inferno" - Primeira Parte, Cap. II - item 5 - Tradução de Guillon Ribeiro/FEB, Allan Kardec menciona o termo "mônadas".
Obrigada.
Ana Paula
Resposta do Editor:
Sim, é verdade. Em toda a obra de Allan Kardec, o termo “mônada” aparece uma única vez, mas citado de forma marginal, não como um conceito inerente à doutrina espírita. Esse foi certamente o pensamento que moveu o autor do artigo a que se refere a leitora.
Eis o trecho do livro “O Céu e o Inferno” em que essa palavra é mencionada:
5. - Este estado de coisas é entretido e prolongado por causas puramente humanas, que o progresso fará desaparecer. A primeira é a feição com que se insinua a vida futura, feição que poderia contentar as inteligências pouco desenvolvidas, mas que não conseguiria satisfazer a razão esclarecida dos pensadores refletidos. Assim, dizem estes: "Desde que nos apresentam como verdades absolutas princípios contestados pela lógica e pelos dados positivos da Ciência, é que eles não são verdades." Daí, a incredulidade de uns e a crença dúbia de um grande número. A vida futura é-lhes uma ideia vaga, antes uma probabilidade do que certeza absoluta; acreditam, desejariam que assim fosse, mas apesar disso exclamam: "Se todavia assim não for! O presente é positivo, ocupemo-nos dele primeiro, que o futuro por sua vez virá". E depois, acrescentam, definitivamente que é a alma? Um ponto, um átomo, uma faísca, uma chama? Como se sente, vê ou percebe? É que a alma não lhes parece uma realidade efetiva, mas uma abstração. Os entes que lhes são caros, reduzidos ao estado de átomos no seu modo de pensar, estão perdidos, e não têm mais a seus olhos as qualidades pelas quais se lhes fizeram amados; não podem compreender o amor de uma faísca nem o que a ela possamos ter. Quanto a si mesmos, ficam mediocremente satisfeitos com a perspectiva de se transformarem em mônadas. Justifica-se assim a preferência ao positivismo da vida terrestre, que algo possui de mais substancial. É considerável o número dos dominados por este pensamento. (O Céu e o Inferno, 1ª Parte, capítulo II, item 5.) (Grifamos.)
Lembramos aos nossos leitores que o vocábulo mônada designa, em Biologia, os organismos simples ou muito pequenos. Certamente essa foi a ideia com que a palavra aparece no texto acima transcrito, ou seja, que o ser humano, na concepção dos que negam a continuidade da vida pós-morte, se reduziria - finda a existência corpórea – a um mero e insignificante organismo. |
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De: Ricardo Baesso de Oliveira (Juiz de Fora, MG)
Domingo, 4 de julho de 2021 às 10:07:56
Assunto: Iniciação à Doutrina Espírita
Há sempre dúvida em muitos de nós em indicarmos livros para um entendimento preliminar da doutrina espírita entre os neófitos. Penso que agora temos uma obra que fará esse papel com muita propriedade. Trata-se do livro Iniciação à Doutrina Espírita, partes 1 e 2, de Astolfo Olegário de Oliveira. Saúdo o autor e a EVOC pela bela iniciativa.
Ricardo Baesso |
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De: Marcele Barreto (Niterói, RJ)
Domingo, 4 de julho de 2021 às 16:23:42
Boa tarde.
Acredito que com a Pandemia podemos dizer em conclusão, como complemento, que chegamos, como parte da humanidade, ao fundo do poço. E que a corrupção, a desigualdade, preconceitos e desumanidade ainda estão no cerne do homem. Ainda haverá muita dor e sequelas de diversas matizes. Aqui, estamos valendo 1 dólar.
Muito bom seus esclarecimentos.
Obrigada.
Marcele |
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De: Editora Correio Fraterno (São Bernardo do Campo, SP)
Sexta-feira, 2 de julho de 2021 às 16:28
Assunto: Eurípedes Barsanulfo também enfrentou pandemia
Olá! Boa tarde!
Tudo bem com você? Espero que sim!
Embora estejamos hoje mergulhados no assunto pandemia, muitas vezes esquecemos que a humanidade já enfrentou muitas delas, como a da gripe espanhola que, em 1918, causou a morte de 50 milhões de pessoas em todo o mundo.
Entre as vítimas, estava Eurípedes Barsanulfo.
“A sua coragem no enfrentamento da doença foi um reflexo do que fez ao longo de toda a sua vida. Assim que foi atingido pelo vírus, Barsanulfo não quis parar de trabalhar no atendimento aos doentes em sua farmácia ou nas visitas aos enfermos em suas casas”, é o que relata a jornalista Rita Cirne para o Baú de Memórias do jornal Correio Fraterno:
www.bit.ly/BarsanulfoPandemia
Leia a matéria e saiba porque, nascido em uma família extremamente católica, Barsanulfo acabou por se dedicar à divulgação do espiritismo, a fazer a caridade e a trabalhar na cura, com a ajuda do dr. Bezerra de Menezes.
Espero que você também goste dessa leitura.
Até a próxima,
Izabel Vitusso
Editora Correio Fraterno |
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