O
Espiritismo e o
progresso
No artigo "Os
escândalos", Pedro de
Camargo (Vinícius)
apresenta aspectos
interessantes, dos quais
destacamos: "De outra
sorte, para que a
verdade e o bem
floresçam e triunfem é
indispensável que haja
quem os combata, calunie
e persiga. É por esse
processo que a verdade
se alteia soberana e
resplendente,
despertando interesse e
vencendo a apatia e o
marasmo das massas
populares. Ora, tendo a
adoção do erro e a
defesa da impostura como
a perseguição à verdade
e o menosprezo à
justiça, constituem
escândalos necessários e
úteis do bem contra o
mal, da luz contra as
trevas".
Vinícius diz que assim
se explica o incremento
que vai tomando o
Espiritismo no mundo.
Combatido e caluniado
por ambições contrárias,
ele avança, numa
arrancada incontida,
numa ascensão jamais
igualada por nenhuma
outra ideologia, em
prazo tão curto.
Num país onde a própria
Constituição assegura o
direito à prática
religiosa, aqueles que
combatem o Espiritismo
estão, na realidade,
despertando a atenção
dos Espíritos
inteligentes, afeitos à
leitura e à pesquisa,
seguindo, muitas
vezes, caminhos
contrários aos que
pretendiam os
caluniadores.
O Espiritismo marcha com
o progresso. É uma
Doutrina libertadora.
Tudo explica à luz da
razão. Compreende que
cada um acredita na sua
verdade de acordo com a
sua própria evolução, de
seu nível de
entendimento. Importa-se
não com a quantidade de
seus adeptos, mas com a
qualidade deles.
O Livro dos Espíritos, no
capítulo referente à Lei
do Progresso -
Influência do
Espiritismo no progresso
-, destaca a pergunta de
Allan Kardec: 798. O
Espiritismo tornará uma
crença comum, ou ficará
sendo partilhado, como
crença, apenas por
algumas pessoas?
Resposta dos Espíritos:
Certamente que se
tornará crença geral e
marcará nova era na
história da Humanidade,
porque está na natureza
e chegou o tempo em que
ocupará lugar entre os
conhecimentos humanos.
Terá, no entanto, que
sustentar grandes lutas,
mais contra o interesse,
do que contra a
convicção, porquanto não
há como dissimular a
existência de pessoas
interessadas em
combatê-lo, umas por
amor-próprio, outras por
causas inteiramente
materiais. Porém, como
virão a ficar insulados,
seus contraditores se
sentirão forçados a
pensar como os demais,
sob pena de se tornarem
ridículos.