Em casa de Dona Naná, proprietária do Hotel Diniz, Chico
Xavier chegou para consolá-la, em virtude de estar
passando por provas dolorosas e para lhe dar o resultado
auspicioso de uma sessão que fizera na qual recebera um
expressivo esclarecimento para aquela irmã. O médium,
orientado pelos seus amigos de mais Alto, à frente seu
abnegado guia, ajuda e passa, ampara em silêncio,
colabora com todos, sem ferir, sem magoar. Deixando com
a cara irmã, mãe extremosa e leal servidora do Cristo,
uma réstia de luz, uma palavra de bom ânimo, partiu para
a Fazenda.
No caminho, revelou-me suas observações, suas inquietações pela
hora que vivemos. Na sessão feita, a benefício de irmãos
desencarnados, aparecem-lhe espíritos turbulentos, insensíveis
aos sofrimentos alheios e que, formando legiões, agem aqui e
ali, neste e naquele lar, agravando-lhes as provas. Precisamos
orar por eles, — diz o Chico — e, se possível, amá-los com
sinceridade. Quando em contato conosco, precisamos auxiliá-los,
oferecendo-lhes nossa ajuda. Não sabem o que fazem. Moços, na
flor da idade, instrumentos mediúnicos incontroláveis, sem
convicções sinceras em matéria de fé, vivem por aí, presos aos
seus interesses, atarantados, atristando os corações maternos,
tornando-se vítimas fáceis daqueles espíritos. Um favor que
fazemos a um seu parente encarnado constitui já um motivo para
lhes fazer parar os golpes contra nós e despertar-lhes um pouco
de carinho em nosso benefício. Ajudemo-los com as nossas
orações. Auxiliemo-los com nossos pensamentos de amor.
Ensinemo-los com nossas boas ações e Jesus finalizará o nosso
começo.
Do livro Lindos Casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.
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