Numa das reuniões no já famoso abacateiro, Chico Xavier
contou-nos certa vez a experiência dos irmãos de Santa
Rita do Passa Quatro com a Cantina do Leite. Aliás, essa
cantina de Santa Rita começou também com orientação do
próprio Chico.
Os irmãos da referida cidade distribuíam então, diariamente, o
leite, a canjica e a coalhada para as crianças que às vezes iam
à escola de estômago vazio.
Não foi preciso mais para que a ideia se espalhasse.
Pelo que ficamos sabendo, um grupo já fundou a Cantina do Leite
em São Paulo, outro a fundou em Uberaba e a ideia se alastra.
O próprio Chico é quem sempre repetia: - Começando a trabalhar,
a ajuda do Alto vem... Se alguma ideia, relativa a algum bem por
fazer, saltou do silêncio para a nossa cabeça, não devemos
perguntar, demasiadamente, aos outros sobre a maneira de
executá-la; devemos começar a trabalhar, porque o próprio
trabalho trará os companheiros que colaborarão conosco.
Para esse ângulo luminoso da mediunidade de Chico é que
desejamos chamar a atenção. Chico não era só um médium do livro,
ou da palavra, ou da perseverança. Era também o médium da
própria grandeza, da caridade na sua mais legítima expressão.
Ele via o que não enxergamos. Certa vez ele nos disse assim: -
Precisamos veicular ao máximo a mensagem espírita para o povo,
também pelo trabalho, porque se algum dia alguém quiser fazer
alguma coisa contra a ideia espírita o povo não vai deixar.
Será que estamos percebendo o esforço dos espíritos superiores
para criar no Brasil essa atmosfera de “cristianização”?
Do livro Lições de Sabedoria, de Marlene Rossi Severino
Nobre.
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