Olimpíadas no Japão e busca por 3ª dose
da vacina
A disciplina e a educação, a escola e a cultura, o
esforço e a obra, são flores e frutos na árvore da vida,
todavia, o amor é a raiz eterna. Mas, como amaremos no
serviço diário? Emmanuel (1)
Dois temas empolgantes do momento: as disputas por
medalhas nas olimpíadas que se realizam no outro
hemisfério – quando são 17 horas lá, aqui são 5 horas da
matina – e os fura-filas, ou melhor, os
indivíduos que já obtiveram as duas doses da vacina
contra a Covid-19 e agora estão em busca da 3ª. dose.
O carioca pesquisador sobre regressão de memória e
reencarnação e escritor de sucesso, Hermínio Corrêa de
Miranda, foi funcionário na Companhia Siderúrgica
Nacional – CSN desde 1942, onde se aposentou no primeiro
escalão em 1980, tendo servido no escritório de Nova
Iorque, EUA, de 1950 a 1954.
Lembrei-me dele e das questões dos temas acima quando li
esta citação em sua obra Cristianismo: a mensagem
esquecida – "O Reino de Deus – tema central da
pregação de Jesus – se resume na realização do amor na
intimidade de cada um. Feito isso, descobriremos,
felizes e perplexos, que também no mundo em que vivermos
– seja ele onde for – estará implantado o império da
paz”. (2)
As notícias dão conta de que onze Estados
investigam busca por 3ª dose da vacina contra Covid-19,
estratagema que pode ser crime; e o número de casos pode
ser maior do que o apurado até agora, considerando que
muitas denúncias não chegam às autoridades. (3)
Após os sommeliers de vacina (pessoa que recusa a
imunização no período de sua idade e que só será
incluído novamente na programação após o término da
vacinação dos demais grupos previamente estabelecidos) e
os fura-filas; os “caçadores da terceira dose”
são mais um desafio à campanha brasileira contra a
Covid-19. São pessoas que dizem não se sentir seguras
com apenas duas doses e buscam um “reforço”. Para órgãos
de Justiça, isso é crime. O ato pode ser enquadrado como
tentativa de fraude e estelionato. As punições podem
incluir multa e até prisão.
No momento, quando menos de 50% da população brasileira
têm apenas a primeira dose contra a Covid, Ministérios
Públicos de ao menos sete Estados acompanham casos de
pessoas que burlaram o processo de vacinação e tomaram
uma terceira aplicação. Secretarias de Saúde de outros
quatro Estados relatam tentativas e casos de pessoas
“revacinadas” após as duas doses.
Olimpíadas de 2020 em 2021: o uso de máscaras faz parte
da cultura japonesa há séculos. Há uma crença falsa de
que os japoneses adotaram essa medida porque seus
governos são autoritários e há uma obediência cega aos
regulamentos. O que se sabe é que a sociedade japonesa é
disciplinada e adotou o uso de máscaras por vários
motivos, lembrando que o uso retrata confiança na
ciência (evitar contágio de doenças respiratórias), além
de preservar sua privacidade, ou para esconder a falta
de maquiagem.
Mas a produção de máscaras no formato atual se acentuou
durante a gripe espanhola, em 1918, quando o Japão,
naquela pandemia, sofreu cerca de 23 milhões de
infecções e 390 mil mortes (o país tinha 57 milhões de
habitantes). Com a epidemia de H1N1, em 2009, as
máscaras fazem parte do seu dia a dia.
Pensando no outro, meditemos na Providência Divina, para
que não venhamos a derrapar na soberba e nos interesses
mesquinhos em proveito próprio, quando milhares de
irmãos clamam por oportunidade que já desfrutamos. (4)
(1) Emmanuel (Chico Xavier) – Vinha de
luz – FEB.
(2) Cristianismo: a mensagem esquecida,
Hermínio C. Miranda – Clarim.
(3) O Globo - Sociedade e saúde em
26/07/2021.
(4) Este artigo foi escrito quando se
realizavam no Japão os Jogos Olímpicos.
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é
diretor da Editora EME.
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