Cartas

Ano 15 - N° 737 - 5 de Setembro de 2021

De: Sebastião Francisco Vieira (Florianópolis, SC)

Quarta-feira, 1º de setembro de 2021 às 21:10:11

Boa noite.

Primeira pergunta: Gostaria de saber qual o tempo ideal para o médium inconsciente permanecer acoplado ao Espírito comunicante e se existe um tempo certo para isso.

Segunda pergunta: Por que o médium inconsciente tem muita dificuldade de retornar ao corpo físico? Gostaria de uma resposta o mais rápido possível.

Grato e boa noite.

Sebastião Francisco


Resposta do Editor:

Respondendo à primeira pergunta, esclarecemos que, pelo que sabemos, não existe nas obras espíritas uma definição do tempo ideal que deva durar uma manifestação psicofônica. As circunstâncias é que determinarão qual é o tempo necessário para a comunicação se tornar compreensível sem prejuízo da saúde do médium.

Há, no entanto, no livro Desobsessão, de André Luiz, psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira, uma recomendação genérica que pode guiar-nos em tal assunto. O leitor a encontrará no cap. 37 (Esclarecimento), em que o autor nos recomenda o seguinte:

“A conversação será vazada em termos claros e lógicos, mas na base da edificação, sem qualquer toque de impaciência ou desapreço ao comunicante, mesmo que haja motivos de indução ao azedume ou à hilaridade. O esclarecimento não será, todavia, longo em demasia, compreendendo-se que há determinações de horário e que outros casos requisitam atendimento. A palestra reeducativa, ressalvadas as situações excepcionais, não perdurará, assim, além de dez minutos.

Se o comunicante perturbado procura fixar-se no braseiro da revolta ou na sombra da queixa, indiferente ou recalcitrante, o diretor ou o auxiliar em serviço solicitará a cooperação dos benfeitores espirituais presentes para que o necessitado rebelde seja confiado à assistência de organizações espirituais adequadas a isso. Nesse caso, a hipnose benéfica será utilizada a fim de que o magnetismo balsamizante asserene o companheiro perturbado, amparando-se-lhe o afastamento da cela mediúnica, à maneira do enfermo desesperado da Terra a quem se administra a dose calmante para que se ponha mais facilmente sob o tratamento preciso.” (Desobsessão, cap. 37.)

Quanto à segunda pergunta, a dificuldade citada pelo leitor se deve à falta de preparo e à indisciplina do próprio médium, o que é explicado com clareza pelo instrutor Aulus no livro Nos Domínios da Mediunidade, como o leitor pode verificar lendo a matéria publicada na seção O Espiritismo responde da edição 417. Para acessá-la, clique aqui

 

De: Maria Tereza Veloso (Monte Carmelo, MG)

Sábado, 28 de agosto de 2021 às 20:35:44
Boa noite, por favor poderia me enviar a parte onde, na Revista Espírita, Kardec confere à expressão princípio espiritual a ideia de elemento espiritual?

Maria Tereza

 

Resposta do Editor:

Na Revue Spirite, em inúmeras passagens, Kardec usa a expressão princípio inteligente como sinônimo de alma, o que é possível verificar na Revue de 1861, pág. 242; na Revue de 1864, pp. 138 e 139; na Revue de 1865, pág. 95, e na Revue de 1868, págs. 259 e 260, conferindo à expressão princípio espiritual a ideia de elemento espiritual, em oposição a elemento material. E o faz também em A Gênese e em O Livro dos Espíritos, como a leitora poderá verificar clicando aqui

 

De: Eurides Sellin (Vitória, ES)

Quinta-feira, 26 de agosto de 2021 às 22:29:32

Boa noite, amigos.

No número 459, do ano 9, de 3 de abril de 2016, na coluna O Espiritismo responde, na matéria que responde a uma leitora não identificada, a seguinte pergunta: "Os Espíritos das trevas podem ou conseguem comandar/dirigir um processo reencarnatório?”, é mencionada uma fala de Divaldo Franco num Seminário com o título Tormentos da Obsessão. Pode-nos ajudar a encontrar esse seminário? Já assistimos a um realizado no Rio, com duração de mais de 3h40, no qual nada ele fala sobre o assunto da matéria, então pensamos que pode haver outro. Pode-nos ajudar?

Eurides

 

Resposta do Editor:

Com o decorrer do tempo, mais de cinco anos transcorridos, não sabemos se o dito seminário ministrado por Divaldo Franco ainda se encontra disponível no YouTube. Sugerimos, portanto, que o leitor, caso tenha dúvida sobre o texto publicado naquela oportunidade, se dirija ao próprio orador e lhe pergunte se ele confirma ou não a fala a ele atribuída reproduzida na aludida edição 459. Para que os leitores da revista se inteirem do assunto e possam acessar a matéria, basta clicar neste link

 

De: Fernando Rosemberg Patrocinio (Uberaba, MG)

Quinta-feira, 26 de agosto de 2021 às 05:45
Assunto: E-book escrito por Paulo Neto sobre Os Quatro Evangelhos, de Roustaing
Caríssimos Amigos:
Fizemos nossa leitura do respeitável e-book do amigo Paulo Neto sobre a obra de "Os Quatro Evangelhos".
Todos sabem, pelos nossos 95 e-books, de minha opinião a respeito de tal temática, e, lógico, não preciso externá-la novamente.
Apenas gostaria de comentar, para não irmos muito longe, duas questões do Prefácio de Célio de Oliveira, que, talvez, pudessem ser revistas pelo autor Paulo Neto.
Em seu Item 1 temos as considerações de que o nosso honestíssimo Chico Xavier fora desfavorável à inserção das obras de Pietro Ubaldi ao meio espírita kardecista.
No que questiono:
Será que o querido Chico disse realmente isto, ou fora ele mal interpretado?
Pois que, afinal, sabemos que o Chico, em carta ao nosso ilustre confrade Clóvis Tavares:
1) Falava da excepcional mediunidade de Ubaldi, de suas venerandas vozes, e, inclusive da Voz Suave e Branda do nosso Senhor Jesus Cristo;
2) E inclusive Emmanuel, através do mesmo Chico, prefaciou a "A Grande Síntese" donde a pudera denominar: "Evangelho da Ciência";
3) E, mais ainda, quem nunca ouvira falar do encontro de Pietro Ubaldi justamente com o Chico, donde tais estiveram psicografando Mensagens Nobilíssimas da Espiritualidade Maior?
E, pois, de retorno, ainda, ao referido Prefácio, ao seu item 10, temos o comentário de que a mediunidade do Chico não teria aprofundado a questão do "Corpo" de Jesus por meio de André Luiz, de Bezerra, etc. e etc. Entretanto, isso não está com a mais pura verdade, pois a obra do Chico, com André Luiz prefaciado por Emmanuel, aborda o tema sim, no cap. 26 do importante "Mecanismos da Mediunidade" (1959) donde ele acrescenta que Jesus: "Em Jerusalém, no templo, desaparece de chofre, desmaterializando-se", e logo a frente ministra que Jesus governava a matéria, "dissociando-lhe os agentes e reintegrando-os à vontade", o que confirma seus altíssimos poderes e sua roupagem "transfísica", ou, de "natureza quântica", em linguagem moderníssima, e não uma roupagem como a nossa, ou seja, grosseira roupagem, ou veículo, simplesmente, material, biológico e carnal.
E a obra de Divaldo Franco, do Espírito Vianna de Carvalho, aliás, prefaciada por Joanna de Ângelis, de título "À Luz do Espiritismo" (2006-Alvorada Editora), informa o mesmo da obra de André Luiz, de que o Cristo era: Sim, muito diferente de nossa grosseira roupagem física, biológica e carnal, pois se desmaterializava e tornava a materializar-se como Espírito Puríssimo que o Era e que, afinal, o É.
Aliás, recordemos que tanto Emmanuel como Joanna de Ângelis colaboraram com instruções altíssimas de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" (1864-AK), no século 19, e que, pois, são Espíritos nobilíssimos, e, pois, credores do nosso maior respeito por estarem adesos, há tanto tempo, à plêiade do Espírito de Verdade assessorado por Jesus.
Porém, apenas digo isto supra:
Pelo fato de que pessoas mais exigentes e cultas, e que, de repente, em sabendo das mesmas informações de que agora comento, e que, as identificando na obra de Paulo Neto, que, afinal, são questões discutíveis, poderão, da mesma forma que eu, refutá-las como inverdades, e, pois, chamar a atenção do 'Consolador' por tal falha doutrinária.
No mais, um grandessíssimo abraço aos amigos, abraço este extensivo, é claro, ao sábio espiritista e escritor Paulo Neto.
Despeço-me agradecido a Jesus por nos ter agraciado com amigos tão relevantes, tão educados e tão cultos como vocês.
Respeitosamente!
O Amigo de sempre:
Fernando Rosemberg Patrocinio

Nota do Editor
:

Dirigida à direção da EVOC, editora que publicou o e-book acima mencionado, a mensagem foi encaminhada também, simultaneamente, ao autor do livro, nosso colega Paulo Neto, que encaminhou à revista a seguinte resposta:


“Primeiramente, gostaria de agradecer a Fernando Rosemberg a avaliação positiva do meu e-book Os Quatro Evangelhos, obra publicada por Roustaing, seria a revelação da revelação?

Sobre as duas questões do Prefácio do escritor Célio de Oliveira, que recomendou revisar, farei os devidos comentários.

Em seu Item 1 temos as considerações de que o Chico fora desfavorável à inserção das obras de Pietro Ubaldi ao meio espiritista.

Será que o Chico disse isto? Ou teria sido ele mal interpretado? Pois que, afinal, sabemos que o Chico, em carta ao confrade Clóvis Tavares:

1) Falava da excepcional mediunidade de Ubaldi, de suas venerandas vozes, e, inclusive da Voz suave e branda do nosso Senhor Jesus Cristo;

2) E inclusive Emmanuel, através do mesmo Chico, prefacia “A Grande Síntese” (PU) donde a chamava de “Evangelho da Ciência”;

3) E quem nunca ouvira falar do encontro de Ubaldi com Chico, donde tais psicografaram Mensagens Nobilíssimas da Espiritualidade Maior?

Descobrimos que a carta de Chico Xavier ao amigo Clóvis Tavares tem a seguinte data: “Pedro Leopoldo, 30 de março de 1950” (1). Nela se nota que o médium tinha a obra de Ubaldi em alta conta. A questão é: Teria ele, Chico Xavier, mantido essa posição até o final da vida?

A razão de minha pergunta reside neste fato que Jorge Rizzini narra em J. Herculano Pires: o apóstolo de Kardec, no tópico “Caso Pietro Ubaldi”, do qual transcrevo o seguinte trecho:

Herculano Pires, admirador de “A Grande Síntese” (ele possuía a terceira edição impressa na Itália) foi, no entanto o primeiro a apontar publicamente, “falhas de percepção e alguns desajustamentos” na obra máxima do sensitivo italiano. E mais tarde assumiria atitude enérgica em relação às pretensões e críticas de Pietro Ubaldi à obra da Codificação. O fato deu-se por ocasião do Sexto Congresso Espírita Pan-americano, realizado em outubro de 1963 em Buenos Aires. Ubaldi enviara ao congresso uma tese […] cujo teor absurdo os ubaldistas de São Paulo divulgaram antes pela imprensa profana e cujas conclusões insólitas são estas:

1. O Espiritismo estacionou na teoria da reencarnação e na prática mediúnica;

2. Não possuindo um “sistema conceptual completo”, não pode ele ser levado a sério pela cultura atual;

3. A filosofia espírita é limitada, não oferece uma visão completa do todo e “não abrange todos os momentos da lei de Deus”;

4. O Espiritismo não construiu uma “teologia espírito-científica”, que explique o que a católica não explica”.

5. O Espiritismo corre o perigo de ficar parado no nível Allan Kardec, como o catolicismo ficou no nível São Tomás e o protestantismo no nível Bíblia.

E, para “salvar” o Espiritismo, Pietro Ubaldi propunha que seus livros fossem adotados pelo movimento doutrinário…

Herculano Pires, com a rapidez que o assunto exigia, redigiu um artigo que fez publicar no “Diário de São Paulo” e na “Revista Internacional de Espiritismo”, […]. (2)

Esse desencantamento de Herculano Pires com relação a obra de Ubaldi poderia também ter acontecido com Chico Xavier, convém lembrar que à época era bem próximo do jornalista, razão pela qual suponho, teve conhecimento dessa polêmica e, certamente, ficou do lado dele.

E, no Item 10 daquele Prefácio, mais ainda, temos que a mediunidade do Chico não teria aprofundado a questão do “Corpo” de Jesus por meio de André Luiz, de Bezerra, etc. e etc.

Entretanto, isso não está com a verdade, pois a obra do Chico, com André Luiz prefaciado por Emmanuel, aborda o tema sim, no Cap. 26 de “Mecanismos da Mediunidade” donde ele fala que Jesus:

“Em Jerusalém, no templo, desaparece de chofre, desmaterializando-se”, e, logo a frente diz que Jesus governava a matéria, “dissociando-lhe os agentes e reintegrando-os à vontade”, o que confirma seus altíssimos poderes e sua roupagem “transfísica”, ou, de “natureza quântica”, e não como a nossa grosseira roupagem carnal.

Entendo que “aprofundar” não é a mesma coisa que “abordar”. Inclusive, se verificarmos na obra citada, veremos que é uma abordagem bem rápida.

É importante esclarecer que o trecho de Mecanismos da Mediunidade, mencionado consta do capítulo intitulado “Jesus e a mediunidade”, que trata dos fenômenos mediúnicos acontecidos com o Mestre de Nazaré. Mais especificamente, faz parte do tópico “Efeitos Físicos”. Assim as informações do trecho transcrito deve se restringir a esse fenômeno mediúnico.

A desmaterialização que supostamente ocorreu com Jesus, só faz sentido se ele estivesse materializado, ou seja, encarnado num corpo de carne e osso, em nota o autor espiritual, André Luiz, a relaciona a João 7,30. Para melhor análise, vou transcrevê-la junto com outras três passagens em que se relata que queriam prender Jesus:

João 7,30: “Então tentaram prender Jesus. Mas ninguém pôs a mão em cima dele, porque a hora dele ainda não tinha chegado.”

João 8,20: “Jesus falou essas coisas enquanto estava ensinando no Templo, perto da sala do Tesouro. E ninguém o prendeu, porque a hora dele ainda não havia chegado.”

João 8,59: “Então eles pegaram pedras para atirar em Jesus. Mas Jesus se escondeu e saiu do Templo.”

João 10,39: “Eles tentaram outra vez prender Jesus, mas ele escapou das mãos deles.”

Em O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, R. N. Champlin, explica: “’… pôs a mão…’ é uma antiga expressão idiomática que quer dizer aprisionar, e que era frequentemente empregada em sentido formal ou legal.” (3)

Portanto, em João 7,30, a meu ver, não se trata de nenhum fenômeno de desmaterialização de Jesus, até mesmo porque se fosse, como explicar que não ocorreu o mesmo em João 8,59 onde narra que ele “se escondeu” e em João 10,39 em que apenas é dito que “ele escapou”. É preciso coerência na interpretação dos textos bíblicos.

E já que foi citado João, vejamos isto que ele disse: “[…] todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio na carne é de Deus.” (1 João 4,2) (4). Assim, temos o próprio João dizendo que Jesus não era um agênere.

Em Um Caso de Desmaterialização, Alexandre Aksakof narra o fenômeno de desmaterialização ocorrido com a médium Sra. d’Esperance. Samuel Nunes Magalhães, em Anna Prado: a mulher que falava com os mortos, também relata essa ocorrência com a médium. Diante disso, não há como concluir que a desmaterialização não implica que o agente causador seja um agênere.

Por oportuno, vejamos esta fala de Aulus, em Nos domínios da Mediunidade, no cap. 28 – Efeitos físicos:

– Se pudéssemos contar com mais ampla educação do instrumento, decerto menos teríamos a temer, de vez que a própria individualidade do servidor colaboraria junto de nós, evitando-nos preocupações e contratempos prováveis. A materialização de criaturas e objetos de nosso plano, para ser mais perfeita, exige mais segura desmaterialização do médium e dos companheiros encarnados que o assistem, porque, por mais nos consagremos aos trabalhos dessa ordem, estamos subordinados à cooperação dos amigos terrestres, assim como a água, por mais pura, permanece submetida às qualidades felizes ou infelizes do canal por onde se escoa. (5)

Na materialização de um Espírito terá em contrapartida a desmaterialização do médium, ainda que parcialmente.

E a obra de Divaldo, do Espírito Vianna de Carvalho:

"À Luz do Espiritismo", diz o mesmo que André Luiz e Emmanuel, que o Cristo era: Sim, muito diferente de nossa corporeidade física e carnal, pois se desmaterializava e tornava a materializar-se como Espírito Puríssimo que o Era e que o É.

No capítulo intitulado Hipnotismo e Mediunidade, da obra citada, a certa altura, Vianna de Carvalho lista “Os fenômenos mediúnicos na vida pública do Rabi”, lá pelo final diz:

Leitura psíquica, visão à distância, voz direta, sonambulismo, passes, transfiguração, cura à distância, materialização, desmaterialização, previsão do futuro foram alguns dos fenômenos operados pelo Divino Instrutor, honrando a Mediunidade.

Conclui o nobre Espírito:

O Evangelho é uma fonte mediúnica a cascatear na História.

Jesus é o Médium de Deus, por Excelência. (5)

Aqui valem as mesmas observações que fiz a respeito de André Luiz, sobre a obra Mecanismos da Mediunidade. Ainda que se considere que Jesus tenha se desmaterializado, fato que não vejo como ponto pacífico, isso é um fenômeno mediúnico de efeito físico, cuja ocorrência se dá com qualquer médium possuidor dessa aptidão mediúnica.

Forte abraço.

Paulo Neto.”

 

Referências:

(1) Carta de Chico datada de 30 de março de 1950: para acessar, clique aqui

(2) RIZZINI, J. J. Herculano: o apóstolo de Kardec. São Paulo: Paideia, 2001, p. 248-249.

(3) CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – vol. 2. São Paulo: Hagnos, 2005, p. 385.

(4) Bíblia Sagrada, 8ª ed. Petrópolis: Vozes, p. 1445.

(5) XAVIER, F. C. Nos Domínios da Mediunidade. Rio de Janeiro: FEB, 1987, p. 262-263.

(6) FRANCO, D. P. À Luz do Espiritismo. Salvador, BA Livr. Espírita Alvorada, 2000, p. 23.

 


 
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