“[...] Façamos de conta que eu sou um pescador, no dizer
de um Espírito amigo. Hei de enviar-te sempre o
resultado da pescaria, para examinares o material, antes
de ir ao mercado, não é? Lançarás apenas o que achares
de utilidade. [...]”
Somente a plena identificação entre Chico Xavier e Wantuil de
Freitas justificariam esta frase e este pedido. Chico Xavier
está tão seguro e confiante na fidelidade de Wantuil de Freitas
ao compromisso assumido que deixa ao seu encargo a seleção de
suas páginas psicográficas. E, de fato, dali em diante, cada vez
mais Chico confiaria ao amigo a incumbência de analisar e
selecionar o material que deveria ser dado à luz da publicidade.
Mais adiante veremos isto confirmado e que Chico Xavier não se
apoiaria nele em vão. É de relevância o fato de Chico ser
denominado pescador por um “espírito amigo”. E ele
próprio diz a Wantuil: “façamos de conta que eu sou um
pescador”; admite o fato apenas como hipótese ou comparação. O
tempo veio demonstrar quanto de acerto houve na palavra desse
espírito amigo, pois Chico Xavier foi em toda a sua existência
um verdadeiro pescador de almas, tal como os apóstolos e os
missionários de Jesus.
Ele se refere à pescaria como sendo as suas páginas
psicográficas. Mas, essa pescaria é muito mais abrangente e se
estende e se aprofunda pelo vastíssimo oceano das inquietudes e
dos sofrimentos humanos, como quem pesc/a/dor e,
simultaneamente, oferece o bálsamo dos ensinos da Doutrina
Espírita — O Consola/dor Prometido. Como se pode ver, há
perfeita identidade de objetivos e tarefas.
Do livro Testemunhos de Chico Xavier, de Suely Caldas
Schubert.
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