A esperança que consola
Há um ditado popular, que é de conhecimento de
todos, que a esperança é a última que morre.
Será que ela morre mesmo? Já pararam para pensar
sobre isso?
Há um outro dito a respeito: quem espera
sempre alcança.
Há, também, uma canção de Tavito e Zé Rodrix,
popularizada na voz de Elis Regina, que diz: Eu
quero a esperança de óculos.
Pois bem! Dados esses exemplos, vamos ao que nos
interessa, que é a esperança divulgada pela
doutrina espírita.
Sabemos que a finalidade dos trabalhos espíritas
é orientar, esclarecer e consolar.
Quantos chegam à casa espírita em busca de
orientação, de esclarecimento e de consolo?
Certamente são inúmeras pessoas. Cada qual, em
particular, buscando respostas aos seus
questionamentos. É um problema de saúde, ou de
relacionamento. É a perda de um ente querido. E
tantos outros.
A doutrina espírita vem prestar orientação sobre
condutas de uma pessoa de bem na sociedade.
Esclarecer, por exemplo, sobre a lei de causa e
efeito; sobre a imortalidade da alma; o porquê
das nossas existências; de onde viemos e para
onde vamos; etc. Assim, vai passando a mensagem
consoladora de que estamos em evolução
espiritual; que a morte não existe; que estamos
sempre aprendendo, inclusive com os próprios
erros; que nada perdemos; que um dia poderemos
nos reencontrar, no mundo espiritual ou através
da reencarnação, a fim de aperfeiçoarmos a
convivência e fortalecermos os laços de amor
entre nós.
O consolo surge através da esperança, essa
virtude que exige de cada um de nós paciência
nas provas e nas expiações.
A esperança que nos consola na caminhada
evolutiva.
A esperança que não é a última que morre, porque
a esperança nunca morre.
A esperança que nem sempre alcança aquilo que
desejamos; mas a esperança que nos consola para
a compreensão daquilo que realmente merecemos.
A esperança que não precisa de óculos para se
chegar ao seu objetivo; pois ela se traduz na
caminhada do dia a dia, resolvendo os desafios
de cada momento, através da caridade.
Logo, se não alcançamos aquilo que esperávamos,
não tem problema, não vamos chorar nem
desesperar, porque a esperança é uma virtude
orientada pelo tempo. E o tempo é mestre e nos
ensina em sua linha. A linha do tempo que
promove a esperança que consola.