Somos ajudados e podemos ajudar
também
“A vida não reclama o teu sacrifício integral,
em favor dos outros, mas, a benefício de ti
mesmo, não desdenhes fazer alguma coisa na
extensão da felicidade comum.” – (Emmanuel,
psicografia de Francisco C. Xavier, no livro
“Fonte Viva”, item 28.)
Criatura alguma consegue sobreviver no
isolamento. Na caminhada evolutiva, seguindo
para a perfeição a que todos estamos destinados,
conforme preceituam as Leis Divinas,
indispensável se torna a ajuda mútua.
Somos seres individuais que possuímos
personalidade própria e independência nas
decisões, no entanto, só é possível obter
aprendizado estando em relação com o próximo, no
contexto social em que vivemos.
Dentro do nosso âmbito de ação exercemos
influências sobre muitas criaturas e somos
influenciados também. A convivência e o
relacionamento entre as pessoas permitem o
desenvolvimento de todas.
Para lenir as dores e os males físicos que nos
atormentam precisamos do socorro dos
profissionais da saúde, no entanto, de nossa
parte podemos também diminuir os padecimentos de
outros contribuindo com a doação de remédios a
um necessitado, por exemplo.
Buscando saciar a nossa fome contamos com o
esforço e a dedicação de lavradores e
pecuaristas, que produzem os alimentos servidos
à nossa mesa, mas por nossa vez temos a condição
de alimentar um faminto com a distribuição de
uma cesta básica.
Precisamos de fábricas e lojas que nos garantam
roupas e calçados, que assegurem o conforto do
nosso corpo, mas não estamos impedidos de vestir
e calçar alguém que segue pela vida em situação
de penúria.
Visando à nossa locomoção carecemos de
montadoras de veículos e mecânicos que nos
proporcionem os benefícios do transporte, mas,
com o nosso carro, temos plenas condições de
transportar um irmão diante de uma necessidade
qualquer.
Jamais podemos dispensar o trabalho
imprescindível do professor em nosso favor, na
formação do nosso cabedal de conhecimento, e por
extensão, com boa vontade, conseguirmos ensinar
aqueles que seguem conosco, momentaneamente, em
condição intelectual de inferioridade.
Para a ordem social contamos com a participação
de autoridades que administram e garantem o
cumprimento das leis, assegurando a liberdade
coletiva, e nós, conscientes da nossa
responsabilidade, podemos contribuir,
decididamente, sabendo respeitar e cumprir os
deveres que nos competem.
Diante da necessidade do abrigo das intempéries
e a necessidade do conforto de uma residência,
dispomos do trabalho de engenheiros e pedreiros,
no entanto, ante uma família sem teto, usando a
solidariedade, podemos ajudá-la a pagar o
aluguel de um imóvel.
Com maturidade vamos entendendo que ninguém vive
para si só. Somos peças de uma grande engrenagem
social, onde o defeito de um prejudica a muitos
e a virtude de outro beneficia o todo.
Conscientes dessa realidade, onde em que
condições estivermos, nos preocupemos em fazer
parte do grupo daqueles que desejam construir
uma sociedade mais justa, fraterna e humana.
Reflitamos.