Joias da poesia
contemporânea

Autor: Adelmar Tavares

 

Trovas depois da morte

 

O regozijo da morte

Que ninguém sabe dizer

Tem a beleza da noite

No instante do amanhecer.

 

Ouvi alguém que dizia:

- Lá se vai o poeta morto,

Sem perceber a alegria

Do sonho chegando ao porto.

 

No momento derradeiro,

Antes do sono feliz,

Compus em gotas de pranto

A trova que nunca fiz.

 

Afeições enternecidas,

Meus derradeiros amores!...

Deus vos salve, mãos queridas,

Que me cobristes de flores!...

 

Morte!... No termo das provas,

Senhor, agradeço a luz

Com que adornaste de trovas

As trevas de minha cruz!

 

Do livro Trovas do Outro Mundo, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita