A bagagem
de retorno
Sim, isso mesmo! Como
está sendo preparada?
Afinal, todos, sem
exceção, farão a viagem
de retorno para a
verdadeira pátria do
Espírito. Esse
questionamento não é
feito com o devido zelo,
atendendo às
necessidades tão
importantes para esse
retorno. Negligenciamos
muito essa
responsabilidade que
será cobrada na época
oportuna. Nossos débitos
e créditos, aqueles em
muito maior quantidade,
estarão na balança
Divina para nos mostrar
o resultado e,
certamente, teremos um
grande desequilíbrio
pendendo para as dívidas.
Isso é evidente, já que
no Orbe em que habitamos
só tem espaço para seres
imperfeitos e sujeitos
às provações e expiações
próprias das suas
conduções evolutivas.
Essa perspectiva não é
ilusão e sim uma
realidade, bastando tão
somente escutarmos as
nossas consciências.
Fugir do dever de nos
melhorar é adiar os débitos que
já se avolumam em nós.
Enfrentar o desafio em
nosso benefício e dos
irmãos que navegam no
mesmo barco da vida é
caminhar em direção da
esperança que nos espera
confiantes nas
Bem-Aventuranças
anunciadas por Jesus.
Devemos ter em mente que
o encargo dessa bagagem
recairá sempre sobre nós
em qualquer época de
nossas existências.
Lembremo-nos das
palavras de Jesus,
conforme encontramos em
Mateus 11:28-30: “Vinde
a mim, todos os que
estais cansados e
oprimidos, e eu vos
aliviarei. Tomai
sobre vós o meu jugo, e
aprendei de mim, que sou
manso e humilde de
coração; e encontrareis
descanso para as vossas
almas. Porque
o meu jugo é suave e o
meu fardo é leve”.
Conscientes dessa
verdade é chegado o
tempo de despertar para
o amanhã que é
inexorável e somente nós
poderemos construí-lo
para desfrute da
felicidade prometida
pelo Mestre. Nossas
imperfeições já foram
muito maiores do que as
atuais, e por que não
buscamos o aprimoramento
que sabemos ser o
caminho da luz? Reportando-nos
às palavras de Divaldo
Pereira Franco, temos:
“O
que temos nós deixamos. O
que somos nós levamos”.
(Grifo nosso.)
As nossas
responsabilidades são
cumulativas no processo
evolutivo. Quanto mais
ampliada a consciência
mais cobrados todos nós
seremos. Nos dias atuais
a humanidade já possui
um grau de discernimento
bem mais elevado e, por
isso, cumpre a cada um
atentar para essa
realidade. No livro Trocando
Ideias, do médico e
escritor Ricardo Orestes
Forni, Editora EVOC,
pág. 143, temos: “A
dor, os obstáculos, as
dificuldades, os
problemas são cercas de
Deus para que não nos
afastemos D’Ele e, por
consequência, não nos
distanciemos da
felicidade e da paz para
a qual fomos criados”. É
com essa visão que
precisamos nortear as
nossas vidas superando
os percalços que são
experiências adquiridas
no caminhar infinito. A
vida constitui-se numa
escola de aprendizados
constantes e decorrentes
deles, e que corrigimos
rumos à busca dos
caminhos auspiciosos da
felicidade.
Valendo-nos do otimismo
e mantendo o sentimento
da Fé, poderemos tornar
os fardos mais leves, já
que estaremos sempre
amparados pelo Divino
Mestre, como Pastor
devotado, segundo suas
palavras contidas em
Mateus 18:12: ”O
que acham vocês? Se
alguém possui cem
ovelhas, e uma delas se
perde, não deixará as
noventa e nove nos
montes, indo procurar a
que se perdeu?” (A
bagagem de retorno será
tão mais leve, quanto
esteja a nossa
consciência.)