Um minuto
com Chico Xavier

por Regina Stella Spagnuolo

   

Chico Xavier era muito estimado por todos em Pedro Leopoldo (MG). Todos lhe queriam bem, homens, mulheres e crianças.

Um grupo de senhoras comentava a solteirice do Chico, quando ele passava. E uma delas:

— Falávamos coisas boas de você, Chico. Que você deveria casar-se, ter uma companheira, um lar seu, viver assim diretamente para alguém...

— Agradeço-lhes muito, mas, minhas irmãs, cada um tem a missão que pediu.

Ele abraçou-as satisfeito e partiu. E foi pensando no que lhe disseram as caras irmãs. À noite, a sós, no seu quarto, veio-lhe à lembrança, de novo, aquele assunto de casamento. Entrando em colóquio com a sua consciência, entendeu que era, de fato, muito infeliz. Escreveu uma carta ao seu grande amigo Manoel Quintão e nela exteriorizou seu estado de alma combalido. Era ele, terminava, como uma árvore seca, de galhos mirrados, sem ninhos, sem flores, sem frutos. E dormiu. Sonhou então um lindo sonho. Alguém, com quem conversava, certamente inspirado pelo seu querido guia, explicava-lhe:

— Chico, você sabe bem entender a lição do perfume no vaso. Enquanto aí está, apenas beneficia o vidro que o prende. Fora do vidro, perfuma a tudo e a todos. Você, Chico, procure viver não apenas para uma pessoa, mas sim para muitos. E na tarefa, com Jesus, você não se pertencerá porque estará a serviço dele. Lembre-se de que o perfume do Evangelho pertence a todos.

Chico acordou mais alegre. Ficou satisfeito com a sua tarefa; apenas não pôde acreditar que fosse perfume.

 

Do livro Lindos casos de Chico Xavier, de Ramiro Gama.



 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita