Não vim trazer a paz, mas a
espada
“Não vim trazer a paz e sim a espada e verão
muitos serem separados por amor a mim.” - Jesus
Jesus, dentro da sua visão atemporal do mundo,
já sabia que os seus ensinos iriam mudar todo o
planeta.
O planeta sempre viveu sob concepções
filosóficas e religiosas ultrapassadas,
falseadas em seus princípios, pois sempre
permitiu que os mandatários e os poderosos
tivessem um total domínio sobre tudo e todos.
Sempre jogando com a ignorância das pessoas e se
sobrepondo com promessas vazias, sem qualquer
conteúdo, oferecendo apenas a vida material, ou
quando muito um céu destinado apenas aos eleitos
e predestinados.
Mesmo após a vinda de Jesus, demorou para que os
povos acordassem e começassem a realizar
profundas reflexões sobre os ensinamentos
deixados por Ele. Muitas vezes até sem qualquer
ligação entre a boa nova e as suas novas formas
de ver a vida, começamos a perceber a
transitoriedade material, mas começando a
questionar sobre a continuidade da vida e suas
múltiplas possibilidades.
Após a vinda de Jesus, outros estiveram
reencarnados para nos explicar com mais detalhes
sobre os Seus ensinamentos, mas o acordar da
humanidade tem se processado de forma lenta e
gradual, em função do ego que sempre bloqueou
não permitindo que pudéssemos ver muito longe.
Construíram-se terríveis guerras, conflitos de
todos os tipos, sistemas políticos voltados a
interesses de grupos particulares, entre tantas
outras situações sempre para defender o ego, a
vaidade, o orgulho, a exaltação do prazer e
desviar a atenção do ensino profundo que Jesus
nos deixou. Esses ensinos têm como princípio um
mundo melhor para todos encarnados e
desencarnados.
A Terra chegou num ponto que começa a se
realizar a separação do joio e do trigo,
conforme ensinou Jesus. Tendo como pano de fundo
a transformação planetária onde estamos vendo a
queda de sistemas políticos nefastos, apesar de
seus seguidores estarem procurando mantê-lo a
todo custo, pois muitos tentam manter essas
velhas estruturas de domínio, aplicando uma
falsa lei de amor, que na verdade procura levar
a humanidade apenas a separações e conflitos.
Sempre com o objetivo de não permitir a
implantação do mundo de regeneração tão
necessário ao bem de todos e ao progresso da
humanidade em todos os sentidos, sejam os
encarnados e desencarnados.
Forças espirituais negativas têm lutado ao lado
de seres encarnados para gerar a luta entre a
sombra e a luz, mas os ensinos de Jesus, ou
seja, a luz, sempre vence. Ele disse: Não vim
trazer a paz, mas a espada, pois os conflitos de
interesse, de todas as formas dominantes e de
poder, pretendem, como sempre fizeram, eliminar
os ensinos do Mestre. Ensinos esses que propõem
o Amor, a paz, a alegria e a felicidade para
todos.
Nunca, em toda existência da humanidade, foram
tão importantes os ensinos de Jesus como agora,
quando Ele disse: “A casa do meu Pai tem
muitas moradas”, nos ensinando que não
estamos sozinhos no Universo, mas que fazemos
parte de uma grande família universal. Em outro
momento Ele nos ensina: “Procure primeiro o
reino de Deus, pois o resto lhe será dado por
acréscimo”, agora nos mostrando que toda a
conquista material é transitória e o que ficará
são os valores da alma e do conhecimento com a
construção do reino de amor no coração de cada
criatura. Disse também o Mestre: “Eu sou o
caminho a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai
senão por mim”, nos apresentando que os seus
ensinamentos são a base para a nova geração onde
prevalece o respeito e o amor ao próximo como
sendo a única e verdadeira saída para um mundo
melhor. Ainda vivemos ao lado de concepções
ultrapassadas, odientas, dominadoras e
exclusivistas que tentam se opor ao Amor
universal. Muitas vezes até ludibriam pessoas
desavisadas com uma falsa aparência humanitária,
onde procuram a todo custo derrubar os ensinos
do Mestre Jesus, impondo-nos outros mestres e
apresentando muitas vezes o nada como
continuidade da vida, e levando às criaturas
apenas valores puramente materiais, do prazer,
da exaltação do ego, vaidade e, sem qualquer
base, transcendente para as suas vidas. Também
outros nos apresentam um futuro repleto de
fantasias e falsas espiritualidades, onde é
necessário apenas o exercício de mecanismos e
procedimentos muitas vezes ridículos em seus
princípios.
Muitos trabalhadores de diferentes searas
trabalham com profundas expressões de amor e na
divulgação de princípios e descobertas
transcendentais da vida. Alguns ainda mantêm um
posicionamento de entenderem ter a verdade
absoluta, e ainda se revoltam se forem
contrariados, quando sabemos, conforme disse
Sócrates: A única coisa que eu sei, é que nada
sei.
O Espiritismo não é a tábua da salvação, mas é
uma revelação que nos oferece a oportunidade de
aprendizado, uma visão diferente da vida,
mostrando o lado espiritual, a evolução, a
reforma íntima tão necessária à nossa verdadeira
felicidade.
Estamos aqui falando e tentando refletir em cima
do Espiritismo, em função de seus aspectos
científicos, filosóficos e religiosos. Confunde-
se a doutrina com seus seguidores, mas
precisamos lembrar sempre que a essência do
Espiritismo é de liberdade, fraternidade e
igualdade, como nos ensina Kardec. Mesmo sendo o
Espiritismo uma ciência baseada em um trabalho
experimental, uma filosofia que transcende a
vida física, importante sempre é estar atento
que o ponto alto são os ensinos de Jesus na sua
mais alta expressão de amor.
Por isso, quando Jesus nos diz que ele não veio
trazer a paz, mas a espada, deixou muito claro
para quem quiser ver, que seus ensinos não
seriam assimilados por toda a humanidade de
forma fácil, pois, respeitando o livre-arbítrio,
essa assimilação é lenta e gradual e tem como
alavanca, muitas vezes, a dor.
Chegou a hora da mudança e Ele disse ainda: “Eu
vim pôr fogo na terra, e quero que esse fogo se
alastre e tenho pressa que isto aconteça”, assim
ficando claro que não há mais tempo, pois a
doutrina espírita juntamente com concepções
espiritualistas de vanguarda procuram apresentar
um novo rumo para a vida, onde não há mais
espaço para o ego, orgulho, ódio, dominação,
entre outros comportamentos pequenos, mas agora,
sim, uma nova forma de viver onde prevalecerá a
fraternidade, a igualdade, o amor e todo
comportamento superior, não somente entre os
povos da Terra mas entre todas as formas de
vida, e todos os povos do Universo.
O Espiritismo não propõe um novo caminho para as
nossas vidas, mas sim uma nova forma de trilhar
o caminho de nossas vidas.