Waldenir Cuin: 40 anos de coluna espírita
no Diário de
Votuporanga
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No dia 28 de outubro de 1981, com o artigo “Pena de
Morte”, Waldenir Aparecido Cuin, um dos colaboradores
mais assíduos de nossa revista, dava início a uma |
parceria entre ele o periódico A Vanguarda,
hoje Diário de Votuporanga, com uma
coluna espírita semanal que completou no mês
passado 40 anos sem interrupção. |
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No dia 29 de outubro último, quatro décadas após a
estreia da coluna, o próprio Diário de Votuporanga publicou
uma matéria de página inteira repercutindo o
fato. |
Nessa
matéria, em que foi reproduzido o artigo de estreia da
coluna, o Diário publicou depoimentos de alguns
dos leitores da coluna e uma entrevista feita com nosso
colega, em que ele fala sobre sua trajetória no campo da
divulgação espírita.
A entrevista é reproduzida na íntegra, para conhecimento
dos nossos leitores e, ao mesmo tempo, como uma singela
homenagem ao estimado companheiro, cuja participação em
nossa revista muito nos honra.
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– Quando
você começou a escrever?
A vocação para a escrita surgiu na infância. Uma vez
alfabetizado sempre senti uma imensa vontade de me
expressar pela escrita, então rascunhava poesias e
textos que enchiam cadernos. Alguns deles tenho até
hoje.
Na juventude mantínhamos um jornal na Mocidade Espírita
Humberto de Campos e depois, já como funcionário da CESP
- Companhia Energética de São Paulo, fundamos o jornal
“Circuito Fechado”, em parceria com o meu amigo Ideval
Geraldo Freitas.
Em outubro de 1981, sentindo vontade de divulgar a
Doutrina Espírita, procuramos o senhor Antonio Carlos de
Camargo, na antiga "A Vanguarda", hoje “Diário de
Votuporanga” e, também com a aquiescência do nosso
grande amigo saudoso Nelson Camargo, começamos nossas
colunas espíritas, semanais, pelas páginas desse jornal.
MIL CENTO E OITENTA E TRÊS ARTIGOS
- Quanto tempo escreve seus artigos para o Diário de
Votuporanga?
Começamos no dia 28 de outubro de 1981, com o artigo
“Pena de Morte” e de lá até os dias atuais estamos
semanalmente, nas páginas do Diário, tendo publicado até
o momento 1.183 artigos e mais de cinquenta entrevistas
feitas com renomados expoentes do Espiritismo.
- Qual a sensação que fica nesses 40 anos escrevendo
para o Jornal?
Uma sensação muito gratificante de poder espalhar ao
público leitor os conhecimentos que adquirimos ao longo
do tempo e que inúmeros benefícios nos renderam, pois é
dever cristão compartilhar o que temos, exercer a
cooperação para contribuirmos visando a formação de uma
sociedade mais justa, fraterna e humana.
- Escrever é um dom ou consequência de muita leitura e
transpiração?
Cremos que seja as duas coisas. Muitas vezes escrevemos
com uma facilidade imensa, sob uma forte inspiração, já
em outras oportunidades precisamos de muito esforço e
transpiração para a elaboração de um texto. Sem dúvida a
leitura ajuda muito, principalmente na construção do
nosso vocabulário, além, obviamente, dos conhecimentos
que adquirimos.
- O que exatamente é a escrita para você?
É forma mais eficaz de transmitir uma ideia, pois que o
pensamento fica gravado. Na fala muita coisa é perdida.
CLÁSSICOS DA LITERATURA ESPÍRITA
- Quais os “clássicos” da literatura que você mais
admira?
Sempre gostamos da literatura espírita, por ser muito
objetiva e autêntica, além de mostrar a realidade
existente fora do mundo físico. Os livros Espíritas
decorrentes de autores idôneos dispensam as fantasias e
ficções, transmitindo conhecimentos reais que nos
enriquecem de valores dignos, sempre esclarecendo que a
vida nos devolve o que a ela damos. Citamos livros como
“Paulo e Estêvão”, “Há dois mil anos” e “Renúncia” de
Emmanuel, psicografia de Francisco Candido Xavier.
Também “Nosso Lar”, “Missionários da Luz” e
“Libertação”, de André Luiz, psicografia de Francisco C.
Xavier, e por último “Memórias de um Suicida”, de Camilo
Cândido Botelho, psicografia de Yvonne do Amaral
Pereira. Por Humberto de Campos, “Brasil, coração do
mundo e Pátria do Evangelho”, “Cartas e crônica”, dentre
outros tantos.
- Quais autoras e autores influenciaram a sua escrita?
Sempre apreciamos o estilo claro e objetivo de Emmanuel,
André Luiz e Humberto de Campos, através da psicografia
de Francisco C. Xavier.
12 LIVROS PUBLICADOS
- Você escreveu livros em sua trajetória, quantos
foram? Pode citar alguns?
Aproveitando o material divulgado pelo “Diário de
Votuporanga”, ao longo desses 40 anos, publicamos doze
livros, tais como “Perguntando e aprendendo”, “Usando os
nossos talentos”, “Respostas dos Espíritos”, “Histórias
reais e reflexões” e outros. Os livros foram publicados
pela Editora
EME, de Capivari (SP). Nossos
livros alcançaram, até o momento, uma vendagem de mais
de 60 mil exemplares.
- Como destinou os direitos autorais?
Para que o livro espírita tenha um custo mais acessível
e alcance o maior número possível de leitores, abrimos
mão dos direitos autorais. Mesmo assim a editora nos
envia de cada edição 200 exemplares, que comercializamos
e destinamos os recursos obtidos para as obras
assistências e de promoção humana da Associação
Beneficente Irmão Mariano Dias, que acolhe diariamente
115 crianças e adolescentes, socorrendo também muitas
famílias carentes.
- Você escreve para a imprensa espírita?
Sim, escrevemos para a revista “O Consolador”, de
Londrina-PR, “Folha Espírita”, de São Paulo, revista
“Verdade e Luz”, de Lisboa, Portugal, e ainda, em
Votuporanga, também para o Jornal “A cidade”.
- Em que momento da vida você se sentiu “sou um
escritor”?
Achamos que a denominação de escritor fica um pouco
pesada. Gostamos de escrever e isso muito nos alegra.
- Deixe uma mensagem para o leitor de fé e esperança.
Qualquer criatura em sã consciência e plena lucidez do
seu raciocínio deseja ser feliz e viver em paz. Sendo
assim, vivamos de tal maneira a contribuir para o bem
estar de todos, movimentando nossas ações com muita fé
no potencial que temos.
Quando plantamos a alegria de viver nos corações
alheios, por certo, estamos emitindo mensagens de
esperança àqueles que caminham conosco, pois somos
filhos de Deus, irmãos de Jesus e amigos dos Benfeitores
Espirituais, que tudo fazem para o nosso bem. Cultivemos
o otimismo e a vida será otimista conosco.