Mediunidade: o que é e qual a sua
função
“Para conhecer as coisas do mundo visível e
descobrir os segredos da natureza material, Deus
concedeu ao homem a vista corpórea, os sentidos
e instrumentos especiais. Com o telescópio, ele
mergulha o olhar nas profundezas do Espaço e,
com o microscópio, descobriu o mundo dos
infinitamente pequenos. Para penetrar no mundo
invisível, Deus lhe deu a mediunidade” (Kardec,
Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo,
cap. XXVIII, it. 9.)
Diante da quantidade de informações sobre a
realidade do mundo espiritual, onde é impossível
não saber sobre a continuidade da vida após a
morte, sendo a existência na Terra apenas uma
etapa da vida total, a mediunidade se
caracteriza como o meio de contado entre os dois
planos: o físico e o espiritual.
Se na Terra temos inúmeros meios de contato e
comunicação entre as pessoas, de forma imediata
e abrangente, imaginemos os recursos de que
dispõe a providência divina para manter os
relacionamentos humanos entre aqueles que se
amam e se buscam, estejam em qualquer quadrante
do universo.
Mediunidade é a capacidade humana que permite a
comunicação entre encarnados e desencarnados.
Manifesta em todos os indivíduos de forma mais
ou menos intensa, independente de religião, raça
ou sexo. O termo médium é usado para quem possui
uma sensibilidade especial ou mais intensa,
tornando-se canal de comunicação entre o mundo
físico e o espiritual.
O objetivo dessa notável faculdade é criar
condições mais amplas para o exercício e a
prática do bem, pois que, se devidamente usada,
a mediunidade contribui sobremaneira para o
esclarecimento, consolo e maturidade das
criaturas humanas.
Amplamente usada nos Centros Espíritas, onde se
baseia na segurança de “O Livro do Médiuns”, de
Allan Kardec, e numa infinidade de obras
decorrentes desse livro. Possibilita a
comunicação dos Espíritos conosco, a produção de
páginas de consolo e instrução, o serviço de
passes, a inspiração para palestras e uma
infinidade de outras realizações.
Visando ao uso correto e produtivo da
mediunidade, a mesma precisa ser devidamente
educada, sob os moldes morais, de
responsabilidade, renúncia, dedicação, respeito,
fraternidade e amor, não dispensando estudos
constantes e sistemáticos.
A disciplina é indispensável, pois que seu
exercício necessita de hora e dia previamente
programados, em Casas Espíritas ajustadas aos
padrões de Allan Kardec, para que tal
compromisso mediúnico possa contar com o apoio e
presença dos benfeitores espirituais, que não
dispensam régia organização e pontualidade.
Usá-la de forma diferente, exceto em raríssimas
exceções, será sempre um risco para os médiuns e
para aqueles que se utilizam dela.
Aqueles que detectam em si essa valiosa
faculdade não devem perder a rica oportunidade
de exercitá-la em favor do bem geral, depois de
educada, usando as mais amplas formas de
caridade e socorro aos que necessitam e que
estão ao nosso redor.
Indistintamente, estudemos de forma contínua e
sistemática as obras de Allan Kardec e livros de
tantos outros autores encarnados ou
desencarnados, que enxameiam à nossa volta, e
nos prestemos a ser um cooperador de Jesus na
Terra, entendendo que aquele que se prontifica a
amparar o irmão do caminho sempre encontra, por
sua vez, o amparo de Deus.
Ser médium não é possuir um dom especial, um
privilégio, mas sim contar com uma ficha de
trabalho e responsabilidade que lhe
possibilitará seu próprio progresso espiritual e
daqueles a quem serve.
A mediunidade é um vasto e proveitoso campo de
trabalho...
Reflitamos...