Natal de amor
Se vieres, Jesus, de novo, agora
Para a celebração do teu Natal,
Não nos deixes falar de cousas tristes,
Queremos recordar tão somente que existes
Para o amor imortal.
Desejamos contar-te, Amado Amigo,
Ao clarão que teu nome nos descerra,
Que o teu aniversário é cada vez mais lindo
E que há muitos irmãos sonhando e construindo
O teu reino na Terra.
Hoje, os barcos singelos que aceitaste,
A fim de entretecer a fé que nos conduz,
São templos relembrando em toda parte
Nosso dever de honrar-te
Em lições de bondade e cânticos de luz.
Os vales para enfermos de outros tempos,
Na imensa provação que nos dói na lembrança,
Aos teus ensinos regeneradores,
Hoje são hospitais plantados entre flores,
Refúgios de conforto e lares de esperança.
Toda a desolação que viste, de altos montes,
Por sombras de doença, pranto e dor,
Vai desaparecendo dia a dia,
Ao sol do teu amparo que irradia
Alvoradas de amor.
O progresso caminha, povo a povo,
A ciência do mundo alteia a voz,
Erros, temos ainda… Mas sabemos
Que precisamos de teus dons supremos
Para que a paz esteja sobre nós.
Ouve, Jesus!… Na exaltação da vida,
Cantamos nos louvores sempre teus:
— “Glória a Deus nas Alturas,
E paz na Terra a todas as criaturas,
Ante a bênção de Deus.”
Do livro Os
dois maiores amores, obra
psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.