“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em
dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência
e devem agir em relação uns aos outros com espírito de
fraternidade.”,
art. 1º da Declaração Universal dos direitos Humano,
adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações
Unidas (resolução 217 A III) em 10 de dezembro de 1948.
“Todos los seres humanos nacen libres e iguales en
dignidad y derechos. Son dotados de razón y conciencia y
deben obrar en relación unos a los otros con espíritu de
fraternidad.”,
art. 1º de la Declaración Universal de los derechos
Humano, adoptada y proclamada por la Asamblea General de
las Naciones Unidas (resolución 217 A III) en 10 de
diciembre de 1948.
“Os Estados Partes comprometem-se a assegurar e promover
a plena realização de todos os direitos humanos e
liberdades fundamentais por todas as pessoas com
deficiência, sem qualquer tipo de discriminação por
causa de sua deficiência.”,
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência,
adotada pela ONU a 13 de dezembro de 2006.
“Los Estados Partes se comprometen a asegurar y promover
la plena realización de todos los derechos humanos y
libertades fundamentales por todas las personas con
deficiencia, sin cualquier tipo de discriminación por
causa de su deficiencia.”,
Convención sobre los Derechos de las Personas con
Deficiencia, adoptada por la ONU a 13 de diciembre de
2006.
Tantos anos passados desde a elaboração e a adoção
destes dois documentos fundamentais para a construção de
uma vida de relação positiva na sociedade, baseada no
respeito mútuo, a harmonia, a cooperação, que conceda, a
todos em conjunto e a cada um em particular, o direito
de ser feliz, é caso para nos colocarmos algumas
questões:
Tantos años pasados desde la elaboración y la adopción
de estos dos documentos fundamentales para la
construcción de una vida de relación positiva en la
sociedad, basada en el respeto mútuo, la armonía, la
cooperación, que concede, a todos en conjunto y a cada
uno en particular, el derecho de ser feliz, es caso para
colocar algunas cuestiones:
Estarão os objetivos a ser atingidos?
¿Estarán los objetivos para ser alcanzados?
Estará a humanidade a caminhar efetivamente para a busca
conjunta de soluções que nos levem a um mundo melhor,
onde todos se sintam parte integrante de pleno
direito?
¿Estará la humanidad caminando efectivamente para la
búsqueda conjunta de soluciones que nos lleven a un
mundo melhor, donde todos se sientan parte
integrante de pleno derecho?
Se não, o que estará a falhar?
Si no, ¿qué estará fallando?
São algumas das muitas questões que nos ocorrem e nos
devem preocupar a todos. Como ensina o Espiritismo,
somos todos cocriadores com o Pai. O que quer
isto dizer? Num mundo em constante mutação, que caminha
(ou deve caminhar) no sentido do progresso, cada passo,
cada ação, cada decisão, cada pensamento de cada um de
nós, coletiva ou individualmente, contribui positiva ou
negativamente para a construção do mundo que Deus nos
tem destinado: um mundo de paz, equilíbrio, harmonia,
onde os valores cristãos prevaleçam e contribuam para a
felicidade e aperfeiçoamento constante. Ou para o atraso
no alcance desse destino, caso a nossas contribuições
sejam negativas, destrutivas, em vez de construtivas.
Son algunas de las muchas cuestiones que nos ocurren y
nos deben preocupar a todos. Como enseña el Espiritismo,
somos todos cocreadores con el Padre. ¿Qué quiere
decir esto? En un mundo en constante mutación, que
camina (o debe caminar) en el sentido del progreso, cada
paso, cada acción, cada decisión, cada pensamiento de
cada uno de nosotros, colectiva o individualmente,
contribuye positiva o negativamente para la construcción
del mundo que Dios nos ha destinado: un mundo de paz,
equilibrio, armonía, donde los valores cristianos
prevalezcan y contribuyan para la felicidad y
perfeccionamiento constante. O para el atraso en el
alcance de ese destino, caso nuestras contribuciones
sean negativas, destructivas, en vez de constructivas.
Nós espíritas (convictos, estudiosos ou simplesmente
simpatizantes), vivemos ansiando pelo anunciado mundo de
regeneração e sonhamos vir, um dia, a habitar um mundo
feliz e “perfeito”. O problema é que, maioritariamente,
vivemos à espera. À espera do dia em que esse dia
chegará. Esquecemo-nos desse pormenor tão importante:
somos todos cocriadores com o Pai. Deus não nos
dará de presente, como num passe de mágica, um mundo
melhor do que o que temos, como se fosse um prémio por
um merecimento que, convenhamos, não temos. Somos nós
que temos de o construir, passo a passo, paulatinamente,
com o nosso esforço, com a mudança de atitudes, com o
evoluir de crenças, convicções e mentalidades que
presidem à mudança nas leis humanas e, mais importante
que tudo, às mudanças nas atitudes quotidianas de cada
um de nós. Estamos neste mundo atual por merecimento:
não merecemos estar num melhor. Nesse seguimento, também
só nos mudaremos para um melhor (que poderá muito bem
ser a Terra, se assim todos quisermos), quando o
merecermos.
Nosotros espíritas (convencidos, estudiosos o
simplemente simpatizantes), vivimos ansiando por el
anunciado mundo de regeneración y soñamos ver, un día,
habitar un mundo feliz y “perfecto”. El problema es que,
mayoritariamente, vivimos a la espera. A la espera del
día en que ese día llegará. Olvidándonos de ese pormenor
tan importante: somos todos cocreadores con el Padre.
Dios no nos dará de regalo, como en un pase mágico, un
mundo mejor del que tenemos, como si fuese un premio por
un merecimiento que, convengamos, no tenemos. Somos
nosotros que tenemos que construir, paso a paso,
paulatinamente, con nuestro esfuerzo, con la mudanza de
actitudes, con el evolucionar de creencias, convicciones
y mentalidades que presiden a la mudanza en las leyes
humanas y, más importante que todo, a las mudanzas en
las actitudes cotidianas de cada uno de nosotros.
Estamos en este mundo actual por merecimento: no
merecemos estar en uno mejor. En ese seguimiento,
también solo nos mudaremos para uno mejor (que podrá muy
bien ser la Tierra, si así todos quisieramos), cuando lo
merezcamos.
Continuando na mesma linha de pensamento, temos de ter
bem presente a ideia de que jamais subiremos na escala
evolutiva sozinhos. Temos o nosso crescimento
individual, pelo qual somos inteiramente responsáveis,
que temos vindo a empreender desde há milénios, desde
que fomos criados por Deus. Mas temos, também há
milénios, caminhado em conjunto, desde que fomos
colocados neste planeta Terra que nos acolheu e nos
serve de lar. Tem sido uma jornada coletiva, em que cada
ação de um contribui para a ascensão ou retardamento de
todos. É uma responsabilidade mútua porque somos irmãos
nos trilhos da vida, cabendo a cada um uma quota parte
de trabalho para benefício coletivo. Para isso, nascemos
dentro de uma família, previamente estruturada no Plano
Espiritual, com as caraterísticas que nos fazem falta
para as aprendizagens específicas de que necessitamos.
Para isso, nascemos dentro de uma sociedade, num dado
país, numa dada comunidade mais ou menos alargada
(escola, trabalho, vizinhos…) que nos proporcionarão as
experiências que tenderão, se devidamente aproveitadas,
a fazer-nos evoluir, moral e intelectualmente.
Continuando en la misma línea de pensamiento, tenemos de
tener bien presente la idea de que jamás subiremos en la
escala evolutiva solos. Tenemos nuestro crecimiento
individual, por el cual somos enteramente responsables,
que hemos venido a emprender desde hace milenios, desde
que fuimos creados por Dios. Mas hemos, también hace
milenios, caminado en conjunto, desde que fuimos
colocados en este planeta Tierra que nos acoge y nos
sirve de hogar. Ha sido una jornada colectiva, en que
cada acción de uno contribuye para la ascensión o
retardamiento de todos. Es una responsabilidad mútua
porque somos hermanos en los caminos de la vida,
cabiendo a cada uno una cuarta parte de trabajo para
beneficio colectivo. Para eso, nacemos dentro de una
familia, previamente estructurada en el Plano
Espiritual, con las características que nos hacen falta
para los aprendizages específicos de que necesitamos.
Para eso, nacemos dentro de una sociedad, en un país
dado, en una dada comunidad más o menos alargada
(escuela, trabajo, vecinos…) que nos proporcionarán las
experiencias que tenderán, si debidamente es
aprovechadas, a hacernos evolucionar, moral e
intelectualmente.
Se pensássemos evoluir sozinhos, seria um puro ato de
egoísmo, precisamente um dos piores entraves ao conceito
de evolução e uma das causas (podemos mesmo dizer a
principal) do nosso retardamento atual.
Se pensásemos evolucionar solos, sería un puro acto de
egoísmo, precisamente uno de los peores obstáculos al
concepto de evolución y una de las causas (podemos
incluso decir la principal) de nuestro retardamiento
actual.
Voltando aos Direitos Humanos, gostaríamos de nos focar
mais concretamente nos Direitos da Pessoa com
Deficiência. Ou seja: da pessoa que, apresentando um
desenvolvimento humano atípico, seja por doença ou
deformidade física, seja por desajuste mental, problema
psíquico, etc., seja ele congénito ou adquirido ao longo
da vida, necessita de adaptações, por parte da Sociedade
em que se insere, para que possa desenvolver o seu
crescimento pleno, viver na liberdade e respeito que as
leis acordadas pela maioria dos países (Portugal e
Brasil incluídos, felizmente), lhe conferem e
convencionaram trabalhar para que se tornem efetivos. As
legislações de cada país (pelo menos dos que temos como
desenvolvidos e evoluídos, respeitadores dos Direitos
Humanos) têm vindo a ajustar-se a este novo paradigma:
Mais do que deficiências, existem incapacidades.
Incapacidade de mobilidade, incapacidade de utilizar os
serviços comuns; incapacidade de aprender dentro dos
padrões instituídos, incapacidades de vária ordem e a
vários níveis. Essas incapacidades, mais do que
inerentes às caraterísticas individuais com que cada um
nasce ou desenvolve, são-lhe impostas pelo contexto,
pelo meio do qual faz parte mas que não lhe proporciona
os recursos adequados. Num planeta de cegos, em que a
forma comum de ler fosse o braile, por exemplo, nenhuma
criança seria considerada “deficiente” e deixaria de
aprender a ler por não ter visão. Num planeta em que
todos, em geral, comunicassem por língua gestual, ou por
transmissão de pensamento, não haveria surdos. Por isso,
sublinho a imprescindibilidade de a Sociedade se
adaptar a todos, cada um com as suas diferenças,
dando a todos, sem exceção, os recursos de que
necessita para aproveitar esta passagem pelo mundo
terreno da melhor forma, tendo oportunidade de sair
daqui renovado e em melhor situação do que quando aqui
chegou. É essa a finalidade da vida. A finalidade de
todos, quer nos ajustemos aos moldes padronizados, quer
pertençamos a qualquer minoria. Minorias são realidades
impostas pela sociedade egoísta.
Volviendo a los Derechos Humanos, gustaríamos de enfocar
más concretamente en los Derechos de la Persona con
Deficiencia. O sea: de la persona que, presentando un
desenvolvimiento humano atípico, sea por dolencia o
deformidad física, sea por desajuste mental, problema
psíquico, etc., sea el congénito o adquirido a lo largo
de la vida, necesita de adaptaciones, por parte de la
Sociedad en que se inserta, para que pueda desenvolver
su crecimiento pleno, vivir y la libertad y respeto que
las leyes acordadas por la mayoría de los países
(Portugal y Brasil incluídos, felizmente), le confieren
y convinieron en trabajar para que se hagan efectivos.
Las legislaciones de cada país (por lo menos de los que
tenemos como desarrollados y evoluciondos, respetadores
de los Derechos Humanos) ha venido a ajustarse a este
nuevo paradigma: Más de lo que deficiencias, existen
incapacidades. Incapacidad de mobilidad, incapacidad de
utilizar los servicios comunes; incapacidad de aprender
dentro de los patrones instituídos, incapacidades de
variado orden y a varios níveles. Esas incapacidades,
más que inherentes a las características individuales
con que cada uno nace o desenvuelve, le son impuestas
por el contexto, por el medio del cual forma parte mas
que no le proporciona los recursos adecuados. En un
planeta de ciegos, en que la forma común de leer fuese
el braile, por ejemplo, ningún niño sería considerado
“deficiente” y dejaría de aprender a leer por no tener
visión. En un planeta en que todos, en general, se
comunicasen por lengua gestual, o por transmisión de
pensamiento, no habría sordos. Por eso, subrayo la
imprescindibilidad de la Sociedad adaptarse a todos,
cada uno con sus diferencias, dando a todos, sin
excepción, los recursos de que necesita para
aprovechar estos pasajes por el mundo terreno de la
mejor forma, teniendo oportunidad de salir de aquí
renovado y en mejor situación que cuando aquí llegó. Es
esa la finalidad de la vida. La finalidad de todos, sea
nos ajustemos a los moldes patronizados, sea
pertenezcamos a cualquier minoría. Minorías son
realidades impuestas por la sociedad egoísta.
Quem é esta Sociedade de que falamos? Os governos que
têm de fazer as leis? São “os outros”? Somos nós. De
nada adiantam as leis muito bem concebidas e promulgadas
com as melhores das intenções, se cada um continuar com
o seu egoísmo a cultivar discriminações, olhando “o
outro” como “o outro que nada tem a ver comigo”. Valores
ético-morais como equidade – ver e reconhecer
todos como detentores de direitos iguais, mas seres
diferentes, portadores de caraterísticas, gostos, modos
de vida diferentes e necessidades diferentes) -,
respeito mútuo, solidariedade,
partilha (inclusive partilha dos desejos de ascensão
a mundos mais perfeitos e felizes), empatia
(capacidade nos colocarmos no lugar do outro), são os
valores da nova Sociedade que muito a custo vamos
construindo. São, na realidade, os valores do Evangelho,
os valores do Espiritismo. À medida que as sociedades
terrenas vão evoluindo, também elas se vão ajustando às
Leis Divinas, portanto, aos valores preconizados e
ensinados pelo Mestre Jesus, Governador Planetário, e
pelo Consolador Prometido – a Doutrina Espírita - que
veio recordar e procura reviver a essência dos Seus
ensinamentos.
¿Quién es esta Sociedad de que hablamos? ¿Los gobiernos
que tienen que hacer las leyes? ¿Son “los otros”? Somos
nosotros. De nada adelantan las leyes muy bien
concebidas y promulgadas con las mejores de las
intenciones, si cada uno continuara con su egoísmo
cultivando discriminaciones, mirando “al otro” como “el
otro que nada tiene que ver conmigo”. Valores
ético-morales como equidad – ver y reconocer
todos como detentores de derechos iguales, mas seres
diferentes, portadores de caraterísticas, gustos, modos
de vida diferentes y necesidades diferentes) -,
respeto mútuo, solidariedad,
partición (inclusive partición de los deseos de
ascensión a mundos más perfectos y felices), empatía
(capacidad de colocarnos en el lugar del otro), son los
valores de la nueva Sociedad que muy a costa vamos
construyendo. Son, en la realidad, los valores del
Evangelio, los valores del Espiritismo. A medida que las
sociedades terrenas van evolucionando, también ellas se
van ajustando a las Leyes Divinas, por tanto, a los
valores preconizados y enseñados por el Maestro Jesús,
Gobernador Planetario, y por el Consolador Prometido –
la Doctrina Espírita - que vino a recordar y procura
revivir la esencia de Sus enseñanzas.
Este tema, segundo nos parece, está bem atual e a
precisar de sérias reflexões. Afigura-se-nos muitas
vezes (damo-nos conta disso em variadíssimas conversas
com diferentes interlocutores) que, na atualidade, somos
“invadidos” por cada vez maior número de pessoas que
conotamos como “deficientes”. Talvez não seja bem
verdade. Isso deve-se, em parte, a uma cada vez maior
visibilidade que é dada a essas minorias. Vimos de um
tempo, ainda demasiado presente, em que os ditos
“deficientes” eram escondidos da comunidade, mantidos em
casa pela família, por vergonha, como se fosse um
estigma, uma maldição, a par dos escassos recursos que
eram dados para que esses cidadãos de direito pudessem
usufruir da sua cidadania em pleno, como quaisquer
outros. A título de exemplo, há pouco mais se vinte
anos, raramente se encontrava uma criança com
deficiência numa escola de ensino regular. Na melhor das
hipóteses, eram colocadas em escolas especiais; grande
número nem sequer tinha direito à educação, por serem
consideradas “não educáveis” e permaneciam encerradas em
casa. Podemos considerar que ideia de inclusão,
apesar de não ser totalmente nova, está agora a
desabrochar nas leis, nos locais de trabalho, na
educação, nos conceitos de acessibilidade e mobilidade,
nas instituições, e nas mentalidades da sociedade que
custa a adaptar-se a todos.
Este tema, según nos parece, es bien actual y precisa de
serias reflexiones. Se nos figura muchas veces (nos
damos cuenta de eso en variadísimas conversaciones con
diferentes interlocutores) que, en la actualidad, somos
“invadidos” por cada vez mayor número de personas que
connotamos como “deficientes”. Tal vez no sea bien
verdad. Eso se debe, en parte, a una cada vez mayor
visibilidad que es dada a esas minorías. Venimos de un
tiempo, aun demasiado presente, en que los dichos
“deficientes” eran escondidos de la comunidad,
mantenidos en casa por la familia, por verguenza, como
si fuese un estigma, una maldición, a la par de los
escasos recursos que eran dados para que esos ciudadanos
de derecho pudiesen usufructuar de su ciudadania en
pleno, como cualquiera otros. A titulo de ejemplo, hace
poco más de veinte años, raramente se encontraba un niño
con deficiencia en una escuela de enseñanza regular. En
la mejor de las hipótesis, eran colocados en escuelas
especiales; gran número ni siquiera tenían derecho a la
educación, por ser considerados “no educables” y
permanecían encerrados en casa. Podemos considerar que
idea de inclusión, a pesar de no ser totalmente
nueva, está ahora brotando en las leyes, en los locales
de trabajo, en la educación, en los conceptos de
accesibilidad y mobilidad, en las instituciones, y en
las mentalidades de la sociedad que cuesta a adaptarse a
todos.
Por outro lado, como espíritas, sabemos que o nosso
mundo atual está a passar por uma fase decisiva e muitas
oportunidades estão a ser dadas a um vasto leque de
Espíritos necessitados de expiação e renovação. Também
muitos outros Espíritos, mais adiantados, estão descendo
ao nosso planeta, para trabalhar no nosso
aperfeiçoamento, dando-nos exemplos, fazendo-nos
refletir, impulsionando o progresso intelectual e moral,
em suma, ajudando-nos na preparação para a transição
planetária “iminente”. Nesse sentido, é expectável que
surja, entre nós, uma gama variadíssima de pessoas com
as mais variadas caraterísticas, minorias entre uma
população mais ou menos padronizada, que nos cabe
acolher de igual forma, respeitar, ajudar, amar,
incluir.
Por otro lado, como espíritas, sabemos que nuestro mundo
actual está pasando por una fase decisiva y muchas
oportunidades están siendo dadas a una vasta gama de
Espíritus necesitados de expiación y renovación. También
muchos otros Espíritus, más adelantados, están
descendiendo a nuestro planeta, para trabajar en nuestro
perfeccionamiento, dándonos ejemplos, haciéndonos
reflexionar, impulsando el progreso intelectual y moral,
en suma, ayudándonos en la preparación para la
transición planetaria “inminente”. En ese sentido, es
probable que surja, entre nosotros, una gama variadísima
de personas con las más variadas características,
minorías entre una población más o menos patronizada,
que nos cabe acoger de igual forma, respetar, ayudar,
amar, incluir.
Por que nascem pessoas deficientes? Por que nascem
alguns “perfeitos” e, por doença ou acidente, adquirem
caraterísticas incapacitantes? O que nos diz o
Espiritismo sobre isso?
¿Por qué nacen personas deficientes? ¿Por qué nacen
algunos “perfectos” y, por dolencia o accidente,
adquieren características incapacitantes? ¿Qué nos dice
el Espiritismo sobre eso?
“As vicissitudes da vida são de duas espécies, ou, se
quisermos, têm duas origens bem diversas, que importa
distinguir: umas têm sua causa na vida presente; outras,
fora desta vida.”,
Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo V, Causas
Atuais das Aflições
“Las vicisitudes de la vida son de dos especies, o, si
quisiéramos, tienen dos órigenes bien diversos, que
importa distinguir: unas tienen su causa en la vida
presente; otras, fuera de esta vida.”,
Evangelio según el Espiritismo, Capítulo V, Causas
Actuales de las Aflicciones
“As vicissitudes da vida têm, pois, uma causa, e como
Deus é justo, essa causa deve ser justa.”,
Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo v, Justiça das
Aflições
“Las vicisitudes de la vida tienen, pues, una causa, y
como Dios es justo, esa causa debe ser justa.”,
Evangelio según el Espiritismo, capítulo v, Justicia de
las Aflicciones
“As tribulações da vida podem ser impostas aos Espíritos
endurecidos, ou demasiado ignorantes para fazerem uma
escolha consciente, mas são livremente escolhidos e
aceites pelos Espíritos arrependidos, que querem reparar
o mal que fizeram e tentar fazer melhor. Assim é que
aquele que, tendo feito mal a sua tarefa, pede para
recomeçá-la, a fim de não perder as vantagens do seu
trabalho. Essas tribulações, portanto, são ao mesmo
tempo expiações do passado, que castigam, e provas para
o futuro, que preparam. Rendamos graças a Deus que, na
sua bondade, concede aos homens a faculdade da
reparação, e não o condena irremediavelmente pela
primeira falta.
“Las tribulaciones de la vida pueden ser impuestas a los
Espíritus endurecidos, o demasiado ignorantes para hacer
una escogida consciente, pero son libremente escogidos y
aceptados por los Espíritus arrepentidos, que quieren
reparar el mal que hicieron e intentar hacer mejor. Así
es que aquel que, habiendo hecho mal su tarea, pide para
recomenzarla, a fin de no perder las ventajas de su
trabajo. Esas tribulaciones, por tanto, son al mismo
tiempo expiaciones del pasado, que castigan, y pruebas
para el futuro, que preparan. Rindamos gracias a Dios
que, en su bondad, concede a los hombres la facultad de
la reparación, y no lo condena irremediablemente por la
primera falta.
Não se deve crer, entretanto, que todo sofrimento por
que se passa neste mundo seja necessariamente o indício
de uma determinada falta: trata-se frequentemente de
simples provas escolhidas pelo Espírito, para acabar a
sua purificação e acelerar o seu adiantamento. Assim, a
expiação serve sempre de prova, mas a prova nem sempre é
uma expiação.”,
Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo V, Causas
Anteriores das Aflições
No se debe creer, entre tanto, que todo sufrimiento por
el que se pasa en este mundo sea necesariamente el
indicio de una determinada falta: se trata
frecuentemente de simples pruebas escogidas por el
Espíritu, para acabar su purificación y acelerar su
adelantamiento. Así, la expiación sirve siempre de
prueba, pero la prueba no siempre es una expiación.”,
Evangelio según el Espiritismo, Capítulo V, Causas
Anteriores de las Aflicciones
Mas, é também o Evangelho segundo o Espiritismo que nos
diz:
Pero, es también el Evangelio según el Espiritismo que
nos dice:
“O Espírito nasce frequentemente no mesmo meio em que
viveu, e se encontra em relação com as mesmas pessoas,
afim de reparar o mal que lhes tenha feito.”,
capítulo V, Esquecimento do Passado.
“El Espíritu nace frecuentemente en el mismo medio en
que vive, y se encuentra en relación con las mismas
personas, a fin de reparar el mal que les haya hecho.”,
capítulo V, Olvido del Pasado.
Esta integração e interação do Espírito com o meio de
que necessita para se reeducar e evoluir, está em
consonância com o moderno conceito de “contexto” da
psicologia do desenvolvimento humano, segundo a qual o
indivíduo se desenvolve num determinado contexto, é por
ele influenciado e o influencia. Indivíduo e contexto
desenvolvem-se e crescem, influenciando-se mutuamente.
Para se compreender as caraterísticas do indivíduo, para
além da análise biológica - deficiência como condição de
saúde física ou mental, imutável – é necessário conhecer
o contexto onde nasceu, cresceu, que o influenciou, que
lhe proporciona ou não as condições de superação das
incapacidades, em suma onde faz a sua “aprendizagem
social”.
Esta integración e interacción del Espíritu con el medio
de que necesita para reeducarse y evolucionar, está en
consonancia con el moderno concepto de “contexto” de la
psicología del desenvolvimiento humano, según la cual el
individuo se desenvuelve en un determinado contexto, es
por el influenciado y o influencia. Individuo y contexto
se desenvuelven y crecen, influenciándose mutuamente.
Para comprender las características del individuo, para
más allá del análisis biológico - deficiencia como
condición de salud física o mental, inmutable – es
necesario conocer el contexto donde nació, creció, qué
lo influenció, qué le proporciona o no las condiciones
de superación de las incapacidades, en suma donde hace
su “aprendizaje social”.
Transpondo para a análise à luz do Espiritismo, não
importa apenas saber o que o indivíduo é, como pessoa
deficiente, mas, acima de tudo, de que modo lhe
deveremos proporcionar condições de vida e crescimento
moral, intelectual, espiritual. Se, mais uma vez,
pensarmos de forma egoísta e individualista, poderemos
ser levados a perguntar: Mas por que tem a sociedade que
acarretar com a responsabilidade de indivíduos que estão
no mundo incapacitados porque estão em expiação? É fácil
de responder: Temos responsabilidade coletiva. Ninguém
erra sozinho. A pessoa com deficiência, seja qual for o
motivo que a levou a essa condição, está e sempre
esteve, nesta e noutras vidas que podem ter contribuído
para a sua condição atual, integrado numa sociedade –
meio, contexto – errou em conjunto com outros (nós) que
em grau maior ou menor, influenciaram de algum modo as
suas más decisões, por egoísmo, orgulho, falta de amor,
desinteresse, incapacidade para ajudar… É justo que essa
mesma sociedade contribua, na atualidade, para o resgate
desses erros. É uma prova para todos nós; saindo o
indivíduo vencedor, toda a comunidade ganhará com essa
interação e aprenderá com a experiência coletiva.
Transponiendo para el análisis a la luz del Espiritismo,
no importa apenas saber lo que el individuo es, como
persona deficiente, pero, por encima de todo, de que
modo le deberemos proporcionar condiciones de vida y
crecimiento moral, intelectual, espiritual. Si, más una
vez, pensamos de forma egoísta e individualista,
podremos ser llevados a preguntar: ¿Pero por qué tiene
la sociedad que acarrear con la responsabilidad de
individuos que están en el mundo incapacitados porque
están en expiación? Es fácil de responder: Tenemos
responsabilidad colectiva. Nadie yerra solo. La persona
con deficiencia, sea cual fuera el motivo que la llevó a
esa condición, está y siempre estuvo, en esta y en otras
vidas que pueden haber contribuido para su condición
actual, integrado en una sociedad – medio, contexto –
erró en conjunto con otros (nosotros) que en grado mayor
o menor, influenciaron de algún modo sus malas
decisiones, por egoísmo, orgullo, falta de amor,
desinterés, incapacidad para ayudar… Es justo que esa
misma sociedad contribuya, en la actualidad, para el
rescate de esos errores. Es una prueba para todos
nosotros; saliendo el individuo vencedor, toda la
comunidad ganará con esa interacción y aprenderá con la
experiencia colectiva.
Por outro lado, quem nos diz que alguns desses cidadãos,
até nem estarão entre nós como expiação, mas acima de
tudo, para nos fazerem refletir, aprender, estudar,
através da experiência da convivência comum, e com isso,
termos mais uma oportunidade de apressar o progresso,
seja moral, seja intelectual e científico? Que sabemos
nós do passado de cada um (inclusive os nosso), se o
esquecimento é realidade inalienável em cada
reencarnação?
Por otro lado, ¿quien nos dice que algunos de esos
ciudadanos, hasta ni estarán entre nosotros como
expiación, mas por encima de todo, para hacernos
reflexionar, aprender, estudiar, a través de la
experiencia de la convivencia común, y con eso, tener
más una oportunidad de apresurar el progreso, sea moral,
sea intelectual y científico? ¿Qué sabemos nosotros del
paso de cada uno (inclusive los nuestros), si el olvido
es realidad inalienable en cada reencarnación?
Disse Jesus que “pobres sempre os tereis convosco”.
Podemos igualmente, afirmar que pessoas com deficiência
as teremos sempre conosco, enquanto a sociedade não se
livrar do mal, do egoísmo, do orgulho. É caso para nos
questionarmos: Quem, nós ou eles, terá mais a ganhar com
a sua inclusão?
Dice Jesús que “pobres siempre los tendréis con vosotros”.
Podemos igualmente, afirmar que personas con deficiencia
las tendremos siempre con nosotros, en cuanto la
sociedad no se libre del mal, del egoísmo, del orgullo.
Es caso para cuestionarnos: ¿Quién, nosotros o ellos,
tendrá más que ganar con su inclusión?