Animais de estimação e infância
Tão
bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...
Mario Quintana
Os animais de estimação são graciosos, amorosos e fazem
bem à saúde e à imunidade do ser humano. Eles também têm
a capacidade de ajudar a combater o estresse, ajudar a
criar imunidade, diminuir o risco de crianças
desenvolverem alergias, além de fazerem bem para o
coração e para a saúde emocional.
Já sabemos que ter um animal de estimação é benéfico
para todas as áreas da vida, mas muitas mães/pais ainda
encontram dificuldades em conviver com a ideia de ter um
animalzinho e uma criança pequena dividindo o mesmo
espaço. Mas saiba que essa parceria é muito positiva
para a criança, para o animal e mesmo para a família.
Na realidade, quando as crianças convivem com animais de
estimação, elas costumam expressar afetividade mais
facilmente e aprendem regras de convívio. Além disso, a
companhia de animais de estimação faz com que as
crianças aprendam mais rápido as noções de
companheirismo, solidariedade e responsabilidade, por
exemplo.
De outro lado, crianças com transtornos físicos e
neurológicos se beneficiam muito do convívio com animais
de estimação. Estudos já confirmaram que crianças e
adolescentes autistas que crescem ao lado de animais têm
menos problemas para conviver em sociedade mais tarde,
pois adquirem noções de respeito e responsabilidade mais
cedo. Os animais também ajudam o controle da ansiedade e
agressividade, muito comum em crianças que estão dentro
de espectro autista.
Em um grupo de trabalho voluntário no estado de São
Paulo, uma mãe nos contou: na época em que dei a Canela,
o Pedro tinha apenas 4 anos e era uma criança muito
agitada. Com a presença da cachorra, ele foi pouco ao
pouco adquirindo tranquilidade, confiança e
responsabilidade. Hoje, ele está mais calmo, mais
obediente e consegue manter as coisinhas no lugar.
É importante lembrar que não existe uma raça de cachorro
ou gato específica que se relacione melhor com as
crianças, pois o comportamento do animal é reflexo da
criação que ele recebe dos seus tutores… Sem raça
definida ou vira-lata ou ainda as raças mais comuns,
qualquer animal, se bem cuidado e amado, pode aprender
as regras da casa e conviver bem com as crianças.
A convivência cotidiana com um animal transmite lições
importantes para a criança. Contar com um companheiro
leal ajuda no dia a dia a criança assimilar confiança,
empatia, além do estímulo à comunicação não verbal e do
respeito com o próximo.
Notinhas
Por causa da pandemia, o abandono de animais aumentou de
maneira assustadora no país. Assim se você decidir
adotar um animal para o seu filho ou a sua filha procure
aproveitar as suas redes sociais para seguir as ONGs da
sua cidade e acompanhar os bichinhos que foram
abandonados e estão disponíveis para adoção.
Cães, gatos, coelhos, tartarugas… Seja qual for o
animal, eles não são bichinhos de pelúcia que podem ser
abraçados apenas em alguns momentos e deixados para trás
quando crescem ou quando fazem uma grande bagunça na
casa. Ter um animal de estimação em casa dá trabalho,
gera despesas e exige paciência. Por isso, pense bem
antes de trazer um bichinho para dentro da sua casa, da
sua vida, da vida dos seus filhos. Pratique a posse
responsável e estimule todos os que você conhecem a
fazerem o mesmo! Com respeito, carinho e amor, o
abandono de animais diminuirá.
É tarefa dos adultos envolver as crianças nas atividades
de cuidado relacionadas aos animais, pois não são só
para diversão. Estar junto aos adultos para
alimentá-los, ajudar com o banho ou levá-los para
passear dão às crianças um ótimo senso de
responsabilidade que começa a ser desenvolvido desde os
primeiros anos de vida. Porém, essas atividades nunca
devem ser responsabilidade exclusiva de crianças com
menos de oito anos de idade. Ou seja, cuidar de um
animal, atendendo às suas necessidades, integra uma
atribuição familiar e sob o comando dos adultos da casa.