Durante toda a sua vida, Chico Xavier conservaria o
hábito de varrer seu próprio quarto e limpar seu
banheiro. De vez em quando, Chico desanimava.
Numa tarde, ele voltava da Fazenda Modelo, a pé e cabisbaixo,
rumo a sua casa. Imaginava quando toda aquela trabalheira,
cercada de desconfiança, iria terminar.
Emmanuel apareceu com mais uma lição. Apontou um lavrador, que
capinava, e usou uma metáfora:
- Reparou? A enxada, guiada pelo cultivador, apenas procura
servir. Não pergunta se o terreno é seco ou pantanoso, se vai
tocar o lodo ou ferir-se entre as pedras. Nós somos a enxada na
mão de Jesus. E a enxada que foge ao trabalho cai na tragédia da
ferrugem [...].
Do livro As vidas de Chico Xavier, de Marcel Souto Maior.
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