Foi assim que ensinou
Kardec
Há algum tempo participamos de uma live sobre
a identidade dos Espíritos.
Este tema da identidade nunca foi
primordial para Kardec e nem poderia.
Quando alicerçou o Espiritismo no
aspecto moral, muitas questões ficaram
apenas como acessórias, como a
relacionada à identidade dos Espíritos.
Entretanto, não desconhecemos que a
identidade do Espírito comunicante causa
em alguns adeptos do Espiritismo uma
grande comoção.
Afinal, quem não quer receber mensagens
de nomes conhecidos, como, por exemplo,
Dr. Bezerra de Menezes? Ou, então, Auta
de Souza, Anália Franco e Emmanuel?
Eis que diante deste fascínio pela
autoria da comunicação é que surge um
componente que pode prejudicar o livre
exame de uma comunicação mediúnica: A
idolatria pelo médium ou pelo próprio
Espírito, o que retira a importante
imparcialidade da verificação. Claro que
imparcialidade completa para uma análise
é quase utopia, porém, quanto menos
envolvidos emocionalmente estivermos,
melhor para o desenrolar deste trabalho
de reflexão em torno das ideias dos
Espíritos.
A realidade é que não nos habituamos a
analisar as mensagens dos Espíritos.
Kardec, aliás, recomenda esta análise,
mas, por razões milhares, não seguimos o
que disse o francês.
E quando se trata de personalidade
conhecida, então, aceita-se tudo sem
qualquer questionamento, como se a
palavra do Espírito fosse a plena e
absoluta verdade.
Há, contudo, dentre os pontos já
levantados aqui, um outro que considero
importante: Saber se aquele Espírito
comunicante é, realmente, quem diz ser.
Exposto o dilema, como livrar-se disto e
obter sucesso naquilo que Kardec
denomina como Espiritismo prático?
A resposta é dada pelo próprio Kardec, e
ante a grande dificuldade em sabermos
quem é que está do outro lado da linha,
vale ficar com a essência: prestar
atenção no conteúdo das comunicações e
não em quem as trouxe; esta metodologia,
aliás, foi ensinada pelo próprio Kardec
e livrar-nos-á de dores, dissabores e
mistificações.