Mergulhando no amor de
Deus
Muitas vezes falamos com nós mesmos, nos
questionando, nos justificando, tentando
entender os acontecimentos, os
sentimentos e nos surpreendemos com o
que descobrimos e do que somos capazes
de fazer, tanto na forma do mal viver
como na do bem viver.
Pedimos perdão a Deus inúmeras vezes
pelas falhas, porque sabemos que não
temos recursos e conhecimentos
suficientes para marchar de outra forma.
Choramos, porque não sabemos lidar com
tudo o que colhemos pela semeadura
inócua, ou porque, como crianças, ainda
não conseguimos lidar bem com o que
pedimos e não recebemos. Também choramos
de alegria quando tudo está bem e a
felicidade nos toca os corações.
Falamos com Deus, com Jesus, com Maria,
com os nossos anjos guardiões pedindo
força, coragem, proteção e sabedoria.
Muitas vezes, e não são poucas,
envergonhados, doídos, nem conseguimos
falar ou articular com a voz, mas
deixamos fluir o nosso sentimento e
pensamento em direção ao Pai.
Censuramo-nos por engolir tantos “sapos”
sem conseguirmos devolver as agressões
da mesma forma. Mas, isso é um grande
passo! Melhor ser quem recebe a pedrada
do que quem atira a pedra.
O nosso ego vive nos driblando, nos
direcionando, nos justificando e
terceirizando as nossas atitudes que já
começam a nos incomodar.
Mas, falamos sozinhos? Ledo engano.
Falamos com o Universo o tempo todo, ora
poluindo-o com nossos sentimentos e
ações nada nobres, ora alimentando-o com
ondas de serenidade, esperança,
solidariedade e amor. Somos esses dois
polos antagônicos que se entrelaçam em
um único dia.
Gastamos nosso tempo buscando
justificativas no passado e, em relação
ao futuro, procuramos elementos que não
conseguimos controlar, esquecendo que o
hoje é o único momento que temos para
semear, construir e nos modificar.
Portanto, deixemos emergir esse homem
novo, espiritualizado, que aprende com
seus erros e se fortalece interiormente
com seus acertos. O homem que contribui
de forma saudável e participativa na
renovação do planeta Terra. O homem que
sente que não está só no Universo, em
momento algum, em tempo algum,
entendendo que é parte ativa da criação
do Pai, que tem em sua alma a essência
divina e que está mergulhado no amor de
Deus em busca da plenitude da Vida.