Há 200 anos desencarnou sóror Joanna
Angélica de Jesus
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Num dia como hoje (20 de fevereiro), no ano de 1822,
faleceu em Salvador (BA) a sóror Joanna Angélica de
Jesus, considerada a |
primeira heroína da epopeia da
Independência do Brasil, assassinada ao impedir a
invasão do Convento de Nossa Senhora da Conceição da
Lapa por soldados portugueses. |
Como já mostramos em uma matéria publicada nesta revista
no dia 7 de junho de 2015 - clique
aqui para ler –
Joanna Angélica de Jesus tinha sido, em uma anterior
existência, a sóror Juana Inés De La Cruz, que havia
reencarnado em 1651 em San Miguel Nepantla, a 80
quilômetros da cidade do México, com o nome de Juanna De
Asbaje y Ramirez De Santillana. Juana Inés desencarnou
em 1695, aos 44 anos de idade, devido a uma epidemia de
peste que vitimou também suas irmãs religiosas. Sobre
Juana Inés, em 2016 estreou uma série que no Brasil foi
exibida pela Netflix.
Passados 66 anos do seu regresso à pátria espiritual,
ela reencarnou em 12 de dezembro de 1761, dessa vez na
Bahia, como filha de uma abastada família que residia
então em Salvador. Seus pais foram José
Tavares de Almeida e Catarina Maria da Silva.
Aos 21 anos de idade ingressou no Convento da Lapa com o
nome de sóror Joanna Angélica de Jesus, fazendo
profissão de Irmã das Religiosas Reformadas de Nossa
Senhora da Conceição.
No Convento foi irmã, escrivã e vigária, tornando-se
abadessa em 1815, função que desempenhou até 1817.
Voltou à posição de abadessa em 1821, até o dia de sua
trágica morte no dia 20 de fevereiro de 1822, quando, ao
defender corajosamente o Convento, assim como a honra
das jovens que ali moravam, foi assassinada por soldados
que lutavam contra a Independência do Brasil.
Um erro cronológico sobre o acontecimento permeia muitos
dos livros que tratam do assunto. É comum encontrarmos
que a data do ataque ocorreu no dia 19 de fevereiro de
1822. No entanto, de acordo com o termo de falecimento
de sóror Joanna Angélica, o fato ocorreu entre 11 horas
e meio dia de 20 de fevereiro de 1822. Corroborando essa
informação, lembramos que em 20 de fevereiro de 1922 o
Instituto Geográfico e Histórico da Bahia comemorou o
primeiro Centenário do martírio da madre Joanna Angélica
de Jesus.
Sólida construção colonial, ainda hoje existente na
capital baiana, o Convento da Lapa compõe-se de uma
clausura, cuja principal entrada é guarnecida por um
portão de ferro. A porta que testemunhou o sacrifício da
freira segue sendo a mesma atacada pelos soldados até
hoje.
Nos planos espirituais já havia uma programação para sua
vinda ao Brasil, desde antes, quando reencarnara no
México como sóror Juana Inés De La Cruz. Daí sua
facilidade para aprender o idioma português. O motivo
disso é que nas terras brasileiras estavam reencarnados,
e reencarnariam brevemente, Espíritos ligados a ela,
almas comprometidas com a Lei Divina, que faziam parte
de sua família espiritual e aos quais desejava auxiliar.
Dentre as inúmeras homenagens prestadas à sóror Joanna
Angélica, lembramos que em 26 de julho de 2018 foi ela
declarada Heroína da Pátria Brasileira pela Lei Federal
nº 13.697, tendo seu nome inscrito no "Livro dos Heróis
e Heroínas da Pátria", que se encontra no "Panteão da
Pátria e da Liberdade Tancredo Neves", situado em
Brasília, Distrito Federal.
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A madre é também tema do filme Joana Angélica,
produzido em 1979, com direção de Walter Lima Júnior e
roteiro de Washington Novaes, baseado na vida da sóror
Joanna Angélica. |