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por Fernando Rosemberg Patrocinio

 

Da pobreza à riqueza espiritual


Ainda vemos que o “Mundo é Morada de Provas” e de grandes “Expiações” para inumerável parte de seus integrantes humanos, nós todos: os homens terrenais.

Apesar dos muitos progressos conquistados, ainda vivemos, pois, com milhões e milhões de religiosos sob o império da fé cega, onde, ombreados a tais, vemos as consequências da ignorância, da violência e da desigualdade, e, por que não, da beligerância dentre os mais poderosos – sobretudo do Leste Europeu e vizinhanças que tais -, apesar dos esforços de nações mais moderadas pelo aconselhamento da razão e da paz, pela boa convivência dentre seus pares, seus vizinhos de fronteiras mais próximas, delimitantes de tais.

O Mundo, pois, é ainda um Mundo de dor, de grandes problemas por resolver, de desigualdades gigantescas, onde o mais rico massacra o mais pobre, onde nossos pares se ocupam, muito mais, em exportar os alimentos e grãos diversos de sua produtividade, enquanto que o mais pobre, de sua vizinhança mesma, não tem trabalho e, pois, do que se sustentar, vivendo, assim, a expensas de outrem, de suas humilhações, pois é sempre humilhante viver não do seu trabalho, mas sim de tais expectativas duvidosas e, pois, nem sempre certas de se ter o básico pra se alimentar e viver.

É certo e lógico, pois, que ainda experimentamos os achaques das muitas provas, das expiações coletivas, e não só da ordem pátria, mas sim planetária, da ordem, ou desordem, mundial.

Mas que não nos precipitemos...

Que não nos deixemos desanimar...

O Cristo não tinha onde recostar a cabeça...

Logo, riqueza não é sinal de virtude, pois que, em termos de sabedoria, é sinal de que se tem algo por fazer, por contribuir e por dar, e, pois, por matar a fome do pobre com a geração de empregos e trabalhos dignos, e, portanto, para a geração de outras riquezas mais ainda: não mais da matéria, mas sim do Espírito, gerando, com isso, uma nova ordem de coisas sociais: as espirituais e morais.

Mas, em nosso Mundo, ainda, vemos que as coisas se invertem e, pois, se subvertem! Porém, se serve de consolo, sabe-se que a pobreza, quando bem suportada, é também algo de relevante ao Espírito que a vive e a sofre, e quem disse que na riqueza se pode ser mais feliz que na pobreza, quando sabemos que assim não é?!

A verdadeira riqueza, pois, não é a do Mundo, não é do Ouro e tampouco da Prata!

A verdadeira riqueza, pois, é sim a do Espírito imortal que fora experimentado na dor, na miséria do Mundo para ser contemplado com a Riqueza da Luz, da Espiritualidade, da Paz, da Sabedoria que não morre, pois que é Imortal.

Assim, pois, “Da Pobreza à Riqueza Espiritual” – título deste modesto texto -, significa que logo após a tempestade do Mundo vem a “Paz e a Bonança do Espírito” em sua verdadeira vida, a espiritual, aquela mesma que nos fora prometida pelo Cristo em várias de suas passagens, do seu “Evangelho” salvífico, seu “Evangelho” redentor.

Logo, que não procuremos, sofregamente, a Riqueza do Mundo, mas sim a Riqueza do Espírito, das virtudes, pois, do Amor, da Humildade e da Caridade para com todos, pois que a vida mundana é curta, mas a Espiritual é longa, e, pois, com toda a pujança de Algo que É Muito Maior, Mais Verdadeiro e Mais Sábio que as falsidades deste Mundo de Provas e de Expiações sociais.

Assim, pois:

Lembremos que o Cristo fora pobre!

Lembremos que o Chico e também Pietro Ubaldi foram muito pobres...

Porém, todavia, contudo... Foram ricos de Espírito e de Espiritualidade, provando que o Mundo é passageiro, mas que nossa sobrevivência é certa e duradoura se vivida com sabedoria, com paciência e com virtudes de um Homem muito mais espiritual que mundano e material.

Logo, os mais pobres do Mundo poderão ser os mais Ricos do Espírito, daquilo que mais Importa e É mais Relevante, mais Verdadeiro, de durabilidade Duradoura, sendo, com isso, pois, algo redundante de nossas palavras, conquanto sua mais pura e mais franca realidade.


 
 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita