Elucidações de Emmanuel

por Francisco Cândido Xavier

  

Nossa cruz


“Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” - Jesus (Marcos, 8:34.)


Ninguém se queixe inutilmente.

A dor é processo.

A perfeição é fim.

Assim sendo, caminheiros da evolução ou da redenção têm, cada qual, a sua cruz.

Esse almeja, aquele deve.

E para realizar ou ressarcir, a vida pede preço.

Ninguém conquista algo, sem esforçar-se de algum modo; e ninguém resgata esse ou aquele débito, sem sofrimento.

Enquanto a criatura não adquire consciência da própria responsabilidade, movimenta-se no mundo à feição de semirracional, amontoando problemas sobre a própria cabeça. Entretanto, acordando para a necessidade da paz consigo mesma, descobre de imediato a cruz que lhe cabe ao próprio burilamento.

Encarnados e desencarnados, jungidos à Terra, vinculam-se todos ao mesmo impositivo de progresso e resgate.

No círculo carnal, a cruz é a dificuldade orgânica, o degrau social, o parente infeliz...

No plano espiritual, é a vergonha do defeito íntimo não vencido, a expiação da culpa, o débito não pago...

Tenhamos, pois, a coragem precisa de seguir o Senhor em nosso anseio de ressurreição e vitória.

Para isso, porém, não nos esqueçamos de que será preciso olvidar o egoísmo enquistante e tomar a nossa cruz.


Da obra Palavras de Vida Eterna, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita