Jesus todo dia e todo ano
Se tem amigos, a criança desenvolve o sentimento da
amizade. Criança bem aceita aprende a gostar de si
própria e dos outros. Agenda
Todo Dia (Editora EME)
Aquele menino que nasceu de improviso numa manjedoura
não era uma pessoa qualquer, mas um ser iluminado que
veio nos trazer o código divino das leis de Deus, para
nosso entendimento de uma forma muito especial – com
amor. Tornou-se iluminado, não por favor do Altíssimo,
mas porque vivenciou suas experiências em múltiplas
reencarnações em outros mundos, até ser eleito nosso
Governador há milhões de anos atrás.
Na infância, principalmente no Brasil, o maior país
católico do mundo e também o maior país espírita do
mundo, somos na maioria iniciados na caminhada com
Jesus. Mas esse tempo passa e poucos perseveram no ideal
dele, de servir e amar.
São decorridos mais de dois mil anos da vinda de Jesus,
como um igual a nós, homem, para edificar um novo modo
de vida para todos. E nós criamos muitas plataformas de
interpretações que se distanciam da humildade e do
desprendimento do jovem nazareno: emocional, material e
moral, e da prática do amor fraterno para com todos.
Ele é o homem que retornou, depois do corpo crucificado,
em espírito, para Madalena e para seus discípulos – ele
é o homem que deve retornar todo dia em nossas vidas. As
crianças não têm medo da morte, elas brincam ao lado do
velório, se são educadas que a vida continua. São os
adultos que transformam o morrer em uma questão de dor e
sofrimento, e de forma obscura. Dessa maneira, criamos
pessoas depressivas, ansiosas e angustiadas que não
sabem “perder” temporariamente a visibilidade, visto que
os mortos não são ausentes, são apenas invisíveis em sua
nova dimensão.
A mensagem do jovem que não envelheceu é que nos amemos
e nos tornemos amigos de todos que convivem conosco. “O
meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros,
assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que
este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós
sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos ordeno. Já
não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz
o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto
ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.” (João 15:12-15.)
E Jesus diz mais, se quereis a perfeição, “amai os
vossos inimigos”, do presente e do passado, porque uma
nuvem nebulosa oculta quem fomos e o que fizemos em
múltiplas experiências anteriores, ordenando que
prestemos socorro aos que nos maldizem ou nos ferem e
tenhamos as mãos estendidas aos que nos traíram e nos
prejudicaram, fazendo deles novos amigos.
A amizade é como a vivência do amor, um laço que abraça,
que não prende e nem aperta e que fortalece nossa estima
e engrandece a alma da gente.
Os valores da amizade se manifestam na solidariedade, no
respeito, na confiança, na lealdade durante as
dificuldades.
Cuidemos de nosso jardim de amizades, como disse Chico
Xavier em uma psicografia: “O bom lavrador vinga-se da
terra seca, adubando-a para que produza. Jesus mostrou
ao mundo o tipo de esforço ideal que realmente garante o
amor que regenera sem ruído”. (1)
1) Emmanuel (Chico Xavier) – Doutrina
e aplicação – CEU.
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é
diretor da Editora EME.
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