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por Wellington Balbo

 

O Espiritismo bem compreendido


Allan Kardec fala em toda sua obra que o objetivo do Espiritismo é a melhora moral das pessoas.

Melhoram-se as pessoas, melhoram as instituições.

Na contramão de Kardec pensamos que as instituições serão melhoradas com canetadas.

Políticos são eleitos e alçados ao patamar de “Salvador” da pátria, como se tudo fosse simples e resolvido da maneira mais fácil do mundo a depender da “bondade” e competência de um indivíduo.

Imaginemos, contudo, o erro lógico, ao menos para o espírita, de uma ideia com este teor.

Se o Espiritismo define Jesus como o ser mais evoluído que já passou por aqui, naturalmente que, se houvesse um “Salvador” da pátria, este alguém seria ele, por razões óbvias, afinal, trata-se de um Espírito de uma alta hierarquia.

Mas não é bem assim que as coisas funcionam; um indivíduo apenas não fará grandes transformações, embora pensemos, muitas vezes, que sim.

Eis por que a tese espírita de melhora moral ganha ainda mais sentido.

Não tem jeito.

Um mundo de gente boa produz boas instituições.

Um mundo de gente mais ou menos produz instituições mais ou menos.

Claro que é mais fácil pensar que as instituições e a sociedade serão modificadas para melhor com regras, leis e dispositivos e o já mencionado “Salvador” da pátria.

Há, ainda, a turma que considera melhor a revolução.

Tiram-se os poderosos e colocam-se os oprimidos.

Será que a coisa vai funcionar?

Não raro os oprimidos de outrora, quando subiram ao poder, tornaram-se opressores, aliás, a própria história do mundo comprova este fato.

Lógica de fácil entendimento, já descrita acima:

Nada mudará sem o aperfeiçoamento moral do ser humano, uma espécie de cumprir os deveres de respeito para com os outros já bem simplificados na máxima: - Faz ao próximo o que queres para você!

Eis que o Espiritismo bem compreendido pode fazer a diferença.

Será, porém, que o compreendemos?

 

 

     
     

O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita