O Espiritismo bem
compreendido
Allan Kardec fala em toda sua obra que o
objetivo do Espiritismo é a melhora
moral das pessoas.
Melhoram-se as pessoas, melhoram as
instituições.
Na contramão de Kardec pensamos que as
instituições serão melhoradas com
canetadas.
Políticos são eleitos e alçados ao
patamar de “Salvador” da pátria, como se
tudo fosse simples e resolvido da
maneira mais fácil do mundo a depender
da “bondade” e competência de um
indivíduo.
Imaginemos, contudo, o erro lógico, ao
menos para o espírita, de uma ideia com
este teor.
Se o Espiritismo define Jesus como o ser
mais evoluído que já passou por aqui,
naturalmente que, se houvesse um
“Salvador” da pátria, este alguém seria
ele, por razões óbvias, afinal, trata-se
de um Espírito de uma alta hierarquia.
Mas não é bem assim que as coisas
funcionam; um indivíduo apenas não fará
grandes transformações, embora pensemos,
muitas vezes, que sim.
Eis por que a tese espírita de melhora
moral ganha ainda mais sentido.
Não tem jeito.
Um mundo de gente boa produz boas
instituições.
Um mundo de gente mais ou menos produz
instituições mais ou menos.
Claro que é mais fácil pensar que as
instituições e a sociedade serão
modificadas para melhor com regras, leis
e dispositivos e o já mencionado
“Salvador” da pátria.
Há, ainda, a turma que considera melhor
a revolução.
Tiram-se os poderosos e colocam-se os
oprimidos.
Será que a coisa vai funcionar?
Não raro os oprimidos de outrora, quando
subiram ao poder, tornaram-se
opressores, aliás, a própria história do
mundo comprova este fato.
Lógica de fácil entendimento, já
descrita acima:
Nada mudará sem o aperfeiçoamento moral
do ser humano, uma espécie de cumprir os
deveres de respeito para com os outros
já bem simplificados na máxima: - Faz ao
próximo o que queres para você!
Eis que o Espiritismo bem compreendido
pode fazer a diferença.
Será, porém, que o compreendemos?